Matt Parker
Já se passou um mês do aniversário da Carolina e continuamos nos falando e tranzando não só em casa, mas na empresa também, porque agora ela é além de minha esposa - gostosa - de mentirinha, ela é minha ajudante no escritório. Ela tem me ajudado bastante e em troca lhe dou vários orgasmos na minha mesa, no sofá da minha sala, na minha poltrona... Acho que batizamos todos os lugares da sala.
- A Sra. Smitt ligou hoje cedo e disse que precisava revisar um depoimento que ela deu. - Carolina fala sentada na minha frente e mal consigo me concentrar em suas palavras, pois hoje ela decidiu usar uma saia preta maravilhosa que me deixa admirar as suas belas pernas. - Pare de me comer com os olhos e preste atenção! - Ela reclama.
- Não sei se foi uma ótima ou uma péssima ideia colocar você para trabalhar comigo.
- Ainda da tempo de conseguir uma vaga no hospital. - Ela fala sarcástica.
- Não me tente a deixa-la em casa. - Retruco no mesmo tom. - Você marcou algum horário para ela?
- Não. Estava esperando falar com você primeiro. - Ela muda sua expressão de séria para desconfiada. - Não queria me meter, mas acredito que ela esteja mentindo sobre ter sido abusada sexualmente. Ao meu ver ela está tranquila de mais, só fala em dinheiro pelo telefone. Ela não tem o medo no olhar, aquele medo que só quem foi violado sente.
- Estou ciente sobre a questão do dinheiro, mas como você sabe como fica uma pessoa fica depois de ter seu corpo violado? - Pergunto e vejo que seus olhos mudam para uma expressão de lembranças e mágoas e isso me deixa preocupado. - Por favor me diga que isso nunca aconteceu. - Ela não me olha e entro em pânico. - Carolina, olhe nos meus olhos e diga que nunca fizeram essa atrocidade com você.
- Tentaram, mas não conseguiram. - Ela inspira profundamente e expira devagar. - Um oficial do exército me agarrou e tentou me forçar a fazer sexo, mas consegui me livrar dele. Quando levei as acusações aos meus superiores eles fizerem de tudo para me calar e me expulsaram do exército.
- Não acredito, mas que filhos de uma puta! - Me levanto da poltrona e começo a andar pela sala de um lado para o outro. - Eles iram pagar, me diga os nomes dos desgraçados Carolina.
- Por favor se acalme. - Ela pede. - Para mim isso já passou, eu demorei, mas já superei. - Ela fica de frente para mim. - Na boate do Petrick quando aquele cara tentou me agarrar eu fiquei nervosa e não consegui me defender, pois eu só me lembrava do acontecido, mas quando defendi a Vanessa na praia isso tudo ficou para trás.
- Você não pode deixar isso passar assim tão facilmente. - Só de pensar em um homem a machucando isso me causa um aperto no peito.
- Conversei com alguns amigos que ainda estão lá e eles estão resolvendo isso para mim.
Um instinto protetor brota em mim e sinto a necessidade de abraça-la e lhe confortar, mesmo ela dizendo que está tudo bem. E é isso que eu faço, abraço ela bem forte e dou um beijo em sua testa.
- Não quero que fique me olhando assim com um olhar de pena.
- Me desculpe. Eu seu que você é uma mulher forte, mas ainda sim não consigo engolir isso.
- Obrigada por se importar, mas vamos mudar de assunto. - Ela sugere. - Que tal se fizermos um jantar simples para chamar nossos amigos?
- Você vai cozinhar?
- Sim. Por que?
- Já tem um tempo que você não cozinha e tenho que admitir que sinto falta da sua comida.
- Verdade. Dês que eu comecei a trabalhar não cozinhei mais.
Toc, toc.
Abro a porta para meus amigos entrarem e assim que se sentam faço o convite.
- Carolina vai cozinhar hoje a noite, que tal vocês levarem suas garotas para apreciar uma boa comida?
- Sem dúvidas estaremos lá. - Dylan responde animado e Scott concorda.
- Com certeza. - Scott assume um tom de preocupação. - Precisamos conversar sobre o caso da Sra. Smitt.
- Vou deixar vocês a sós. - Carolina se levanta e sai da sala.
- Já desconfio do que se trata. - Falo. - Carolina acha que ela está inventando para ganhar dinheiro.
- Uma prima dela me encontrou pessoalmente hoje mais cedo e contou que não é a primeira vez que ela tenta fazer isso. - Dylan fala. - Acredito que o melhor a se fazer é abandonar o caso.
- Esse é um assunto delicado, pois se ela estiver falando a verdade podemos deixar de ajudar uma vítima e deixar que alguém culpado se safe. - Preciso me certificar da verdade primeiro. - Vou pedir que investiguem mais a fundo para poder decidir algo concreto.
Carolina Montes
A reação do Matt me surpreendeu, pois não esperava que ele se preocupasse tanto ao ponto de querer punir os responsáveis pelo meu assédio. É como se eu tivesse tirado um peso dos meus ombros dividindo isso com ele.
- A que horas vai ser? - Vanessa corta meu pensamento.
- As oito. - Depois que sai da sala do Matt eu vim ver a Vanessa. - Eu estou com um pé atrás com esse caso da Sra. Smitt.
- Todos no prédio estão comentando sobre isso. - Vanessa hesita antes de falar. - Algumas pessoas também andaram comentando que ela fica se insinuando para o Matt.
- Eu sei, ela é uma vadia. Ela faz isso na minha frente, mas Matt sempre tenta se afastar.
A "Sra. Smitt" é Sofia Smitt, uma mulher de 30 anos com grandes seios siliconados - não estou jugando, pois acredito que muitas mulheres ficam com a alto estima muito alta quando vêem o resultado dos seios durinhos. - e tenho que admitir que ela é muito bonita, mas meu sexto sentido diz que ela é uma vadia das grandes.
- Carolina, desculpa eu me meter, mas não sou cega e já comentei isso com a Emy. - Olho para ela confusa. - Esse lance de casamento é falso mesmo?
- Mas é claro que é.
- Você e Matt estão se dando muito bem, sempre estão transando e o jeito que vocês se olham. - Ela suspira. - Isso não é algo falso, é verdadeiro.
Sempre que penso nesse assunto rapidamente mando de volta para dentro de uma caixinha na minha cabeça, pois embora não demonstre eu sinto tudo. Como posso me apaixonar por um homem que só vai ficar comigo por um ano?
Mas a pergunta não é mais essa e sim: Como eu faço para esquece-lo depois que o casamento acabar?
Sim eu estou apaixonada pelo homem de cabelos castanhos e olhos nebulosos que dorme comigo todas as noites e que antes do final do dia já tem me dado vários orgasmos. Não foi intencional, apenas aconteceu. Pouco a pouco ele foi roubando um pedacinho do meu coração e agora ele é dono de grande parte dele.
- Não sei sobre os sentimentos dele, mas os meus são verdadeiros. - Sou tomada por uma angústia repentina e desabo. - Eu não queria Vanessa, juro que não, mas acontece que eu me apaixonei por ele. - Falo com a voz embargada pelo choro e rapidamente ela me abraça.
- Não fica triste, isso é bom. Amar é bom e faz coisas maravilhosas com você.
- Eu sei o quanto amar pode ser bom e doloroso ao mesmo tempo. - Falo secando minhas lágrimas. - Mas sei que não vou ser correspondida sobre meus sentimentos, então peço a você que esqueça esse assunto, porque é isso que eu venho tentando fazer.
Vanessa concorda a contra gosto e continua me abraçando até eu me recompor e voltar para a sala do Matt.
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26/02/2018
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O Contrato
RomanceCarolina Montes é uma mulher de 26 anos com uma personalidade forte. Ela passou por uma situação nada agradável no hospital em que trabalhou. Após toda confusão sobre o assédio que sofreu, Carolina resolve ir para Las Vegas aproveitar para usar uma...