Capítulo 2

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Capítulo 2, Alexis.

Toda a família Rosenberg veio, em exceção ao rei, o que me leva a esperar o pior da importância dada ao que vá acontecer hoje no Jornal.

Pego uma das passagens dos criados ao vê-los na sala de estar. Era a rainha Evangeline, sua irmã Eulalia e os dois filhos mais novos, princesa Elyse de 6 anos e o príncipe Ariel de 8. Não me incomodava com as crianças ou a própria Evangeline, eram normais — na medida do possível —, só que não suportava Eulalia, uma velha amargurada e palpiteira no meu ponto de vista.

Acelero o passo até o meu quarto, não desejava cruzar com mais ninguém da família de Archie até lá. Entro nele às pressas.

— Tudo bem, senhorita? — pergunta Olivia por como aceitaram me chamar.

— Sim.

Suzana e Teodora param de fazer suas tarefas ao escutar minha voz.

— Seu vestido está pronto, fizemos na mesma medida do da semana passada. Então esperamos não precisar de ajustes, não temos muito tempo — comenta, trabalhando em um vestido tomara que caia nude claro com bordados dourados.

Jogo-me na cama enquanto elas continuam citando mandos da minha mãe e comentando sobre a minha vestimenta. Queria ficar em silêncio e, se pudesse, dormir, mas gosto de sentir o movimento ao meu redor. Sendo assim não mando que parem, mesmo não querendo saber de nada daquilo.

Batidas soam na porta e corro para abri-la.

Duas meninas entram correndo pelo meu quarto acompanhadas de um Dirik quase roxo de vergonha.

— Mi-Mil desculpas por isso. Eu pedi para que voltassem, mas as princesas não me escutaram.

Ele estava empurrando um carinho com um cloche ao centro, guardanapos de pano e um garfo.

— Está perdoado — digo, abrindo mais a porta para que entre.

— Boa tarde, meninas — diz, acenando para as minhas mosqueteiras.

Rafaela e sua amiguinha do lado ruim da força, Elyse, riem com as mãos na boca.

— E desculpas novamente, Vossa Alteza — diz enquanto eu avanço para retirar o cloche antes dele.

— Pode ir, Dirik. Obrigada.

Ele se retira e volto a atenção para as meninas que se aproximam com seus olhares fuxiqueiros.

— Posso saber o que fazem aqui?

— É chocolate? — pergunta Rafa quase enfiando o nariz na minha tijela com morangos cobertos de chocolate derretido.

— Onde eu moro é proibido o consumo e venda de guloseimas fora das datas comemorativas — diz Elyse, repreendendo a minha comida.

— Onde você mora tem toque de recolher as dez horas, limite para quantidade de filhos e moradias por família. Sendo que se você precisasse sair de casa depois das dez da noite ou quisesse ter mais de um filho ou casa não seria punida ou enfrentaria dificuldade alguma.

"Está querendo mesmo parecer ser uma garota da realeza que cumpri todas as regras para mim?"

Fica me encarando por um tempo, talvez tenha pegado pesado. Logo depois passa o dedo pelo chocolate e experimenta.

— Boa garota — digo.

— Senhorita, precisa se arrumar — informa Teodora.

— Deem um jeito nessas duas que eu vou depois. Podem me responsabilizar pelo atraso.

A RespostaOnde histórias criam vida. Descubra agora