Capítulo 6, Alec.
— Então é um suborno, agora entendi o sentido da sua caridade.
— Não é um suborno — retruca. — Estou apenas... pagando pelo o seu serviço.
— E se eu não aceitar?
Ela fica emburrada.
— Eu deixarei que vá embora com o dinheiro, independentemente se vai aceitar ou não.
Está nítida a mentira em seus olhos.
— Sendo assim, então eu não aceito.
Contrai os maxilares, corando brevemente.
— Tudo bem, encare como um suborno.
Sorrio satisfeito por tê-la feito admitir.
— Sabe que eu serei condenado a morte caso me peguem, certo?
— Não, se quem ditará as ordens sou eu.
— Não tente me enganar, princesa. Só será coroada no início do próximo mês — recosto-me na cadeira. — E sei que haverá um período regencial.
Estou muito mais a vontade em saber que posso tomar a frente da situação agora. De certa forma, nunca gostei de ser o mandado.
Meu pai sempre diz que no mundo há dois tipos de pessoas: os pregos e os martelos. Se você é um plebeu, como eu, traz de berço a predestinação para ser um prego. E uma nobre, futura rainha, a de ser um martelo.
Tento tirar proveito, mesmo que fosse imprudente da minha parte.
— Eles sempre acreditarão na minha palavra, não na sua — ela rebate.
Caio na real.
— Se você se passará como um ladrão ou o herói da pátria, depende apenas de mim — completa.
Repenso sobre a ideia.
— Herói da pátria é?
Assente.
— Quero isso não — começo. — Mas terá que me prometer dar um futuro diferente para os meus irmãos.
— Quantos irmãos têm?
— Contando com Ivy, cinco. E um pai inválido.
Ela se retrai. Não quer se comprometer com um problema tão grande chamado de "os Colemans".
— Eu aceito.
Fico surpreso com a sua resposta, esperava que fosse voltar atrás.
— Então eu também aceito — preciso dizer.
{...}
Agarro a maçaneta do dormitório de Ivy, onde me avisaram que ela estava, repassando a história que precisarei fazê-la acreditar.
Respiro fundo antes de abri-la de vez. Encontro minha irmãzinha chorando compulsivamente agarrada aos joelhos.
— Pequena — chamo.
Ela desenterra o rosto dos braços.
— Desculpas — peço, indo me sentar à sua frente na cama.
O dormitório era pequeno, igual ao meu, mas ainda assim era melhor do que a nossa casa. Tínhamos que dividi-lo com outro empregado e o banheiro era comunitário. Nele só havia espaço para dois armários e duas camas.
— Você não podia ter feito isso com a gente, Alec. Eu te pedi tantas vezes...
Seguro suas mãos, vê-la chorando me magoa.
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A Resposta
Teen FictionSinopse - A Resposta: "Após a morte de Nice Morgenstern, Alexis terá que assumir o trono de Paatros no lugar de sua irmã. Porém, essa nunca foi a vida que quis ou se preparou para ter. Com a presença da família Rosenberg em sua casa e o príncipe Arc...