Capítulo 11

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*Gio narrando*

Mal sai de minha casa, comecei logo a atirar. Desta vez nem sei quem é que nos está a invadir e nem porquê.
Só quero acabar isto para poder voltar para perto da minha pie, ela deve estar tão assustada.

Subo o morro e no caminho olho para alguém que está a tentar abusar de Lígia, eu não me importo com ela mas mulher nenhuma merece isso, dou um tiro com a minha glock com silenciador e ele cai redondo no chão com os miolos a sairem. A Lígia olha para mim, e acente como agradecimento.

Sinto algo a ragar o meu ombro, olho para a zona onde sinto a dor, e vejo sangue a escorrer, foi um tiro de raspão. Vou na direção do invasor que me atingiu e aproveito que ele esta distraído a pôr balas na sua arma, e mando-lhe um tiro certeiro no meio do peito, ele cai para o lado, vejo outro amedrontado agarrado pelo Logan e o Xavier.

-Esperem que esse é meu. Levem-no para a base.-grito para que eles ouçam, o Logan acente com a cabeça e leva-o.

(...)
Estou cansado, os invasores já desertaram todos, á dezenas de mortos, maior parte dos invasores, mas para minha tristeza foram mortos moradores do morro. Que raiva, eu vou me vingar.
Resultado do dia de hoje, levei 5 tiros,três superficiais, mas não tenho tempo para cuidar de mim só quero descobrir quem foi o filho da puta que me causou tanta dor.
E não paro de pensar em como está a minha Pie.
E a minha mãe e a Leonor elas já estão habituadas a isto, mas a Pie de certeza que não.

Ligo o radinho.

-Ouçam todos moradores do morro. Hoje ganhamos mais uma batalha, mas esta ficou marcada, perdemos três dos nossos moradores, estamos de luto por três dias,este morro é quem é por cada um de vocês e acreditem que a vingança será pela perda de cada um de nós, perdemos amigos, perdemos família, mas ganhamos mais um inimigo. Juro por tudo o que me é de mais sagrado por tudo o que este morro já passou desde que eu era um moleque de joelho ralado, eles irão pagar...

Desligo o radinho.
Permito-me chorar na cadeira do meu escritório, choro pela perda de todo, choro por não ter pudido defender a minha comunidade e choro ainda mais por tentar controlar as dores todas.

Tenho de ir para casa, preciso de ver a minha família, preciso de abraçar a Pie...
Passo pelo posto médico da comunidade que estava um caos e tratam das minhas feridas apesar de tudo nem são tão graves assim.

...

Estive o caminho todo a pensar no que diria a Pie, eu não sei como ela vai reagir, ela deve estar cheia de medo de mim, ela não deve me querer ver a frente, para ela devo ser só um assassino, eu não tenho culpa tenho de defender a minha comunidade...

No fundo da rua já vejo a minha casa,mal entro em casa vou logo em direção ao cofre, digito a passe e mal abro o cofre a peste da minha irmã e a minha mãe vem logo abraçar-me.

-Ela estava com medo de que não voltasses...-disse a minha mãe a sussurar.
-Vai la.-disse a Nô.
Olho para a Pie que continua sentada e a secar as lágrimas, o meu coração apertou com aquilo.

Vou ter com ela e abaixo-me para a abraçar.
Ela aperta-me ainda mais no abraço como se quizesse ter a certeza que eu estava lá.
-Au.-digo quando ela toca nas zonas onde levei os tiros.
-Estás bem? O que aconteceu?!-disse a Pie a começar a chorar, nunca pensei vê-la tão frágil como está agora.
-Eu estou bem, depois conto mas por enquanto vamos sair daqui comer algo e depois vamos passear Okay?!

Ela assente.
-E a minha mãe e o meu pai?! Eles estão bem?
-Sim estão Pie, só estavam preocupados contigo, mas eu jálhes disse que estás bem e que logo a noite já estás em casa deles.
-Okay amoreh.
Fomos comer qualquer coisa e o meu pai já lá estava, ele quis falar comigo á parte por causa da invasão e aproveitou para dizer que tinha gostado muito da Pie.

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