Bad queer

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Balada LGBT precisa dela... Se bem que na minha época, curtíamos Gala, Depeche Mode e Erasure, ahah... oh l'amour...♫

 🤩🤩🤩



Depois da beiçada no Celso, achei que devia desistir da ideia de paquerar macho com "patroa".  Até porque eu sou capaz de arrancar os olhos da vagabunda que der em cima do meu macho.  (quando eu tiver o meu)

E como sou livre, leve e solta, doida pra levar na boca, eu poderia ir pra balada, rebolar na cara dos boy e me fartarrrr. Tem muitos caras loucos de tesão pela vida que não param de viver só por causa de um lance ou dois, no meu caso, que não darão certo.

Fui vestida de bandida. Por cima, a melhor calça e por baixo toda cross-dressing, tipo puta mesmo de calcinha fio dental de renda branca, pra representar a paz na terra aos homens de boa vontade. 

Fiquei só filmando os machos com barba grisalha, estilo daddy. Eu queria muito ser catada, adotada e embalada no colinho. Com direito a mamadeira e tudo mais. Ah, às vezes ser solteiro é "óteeemo".

— Cosa rica. — Ai não, gringo eu não quero.

Esnobei, fugi, ignorei, mas me rendi e entre os banheiros, ele me suspendeu pela bunda e socou na parede. Só no sarro, claro... Tão bom ser magérrimo e leve, posso se a nenê do papai.

— Aiê, cuida, viado!

Ele tava num desespero que nem me ouvia. Esfregava a "lixa" contra a região frontal da minha pélvis e suspirava no meu ouvido:

— Que rico... ai que rico...

Gente que carcada que levei. Bicha, gozei só na fricção e beijo na boca. Que macho! 

Nem lembrava que em alguma parte do globo terrestre, "meu homem" deveria estar ouvindo um hino de louvor no fone de ouvido.

....

— Que? Que homem que é teu? — Cidinho só anda me afrontando ultimamente. — Credo, desaquenda, louca.

— Cido, o problema é seu, se você não sai e não trepa. Não desconta em mim o seu mau humor.

— Cley, tu ainda vai ser internado. Ei, me conta... é grande mesmo?

— O quê?

— O volumão do Celso?

— Olha, honestamente, Cidinho: hétero, comprometido e com pau grande, é sim uma causa impossível.

— Moço, deu R$ 80,10. — A moça do caixa parece meio horrorizada com minha conversa com Cido. — Moço...

─— Gente, tás é louca? Que mercado caro! Putaquepareoo. — Cidinho me cutuca e aponta a direção da operadora de caixa. — Já vi, viado! Para de me cutucar. Vou te meter a mão na tua fuça.

— Moço, tem os dez centavos pra facilitar no troco?

— Cido, moeda... quer parar de me cutucar!

...

— Caralho, como tu é lenta, bicha! — Cidinho tá enfurecido comigo, sem motivo.

— Grande coisa a pessoa andar sem moeda. Vai dizer que tu gosta daquele barulho de pobreza no bolso da calça...

— Cley, a crente! Tu não percebeu que é a moça que tava de mão dada com o "canela grossa"?

— Como tu repara na vida alheia. Depois, eu lá sou de reparar em mulher?

Amor ArianoOnde histórias criam vida. Descubra agora