Arianos Insandecidos

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Claudinho comentou que estava economizando pra casar, pra abrir um negócio próprio e que tão logo casasse poderia morar numa quitinete que o pai dele ia ceder e que essa ficaria junto no pombal onde a família vive.

Ele optou por ficar quieto e não buscar mais tristeza e eu me senti mais foda do que já sou, porque alguém aproveitou um conselho meu. E o mais bacana é que, em três dias, ele ajeitou um lugar pra ficar e resolveu até mesmo tirar a barba.

— Tu tirou tudoooo? Gente que cara de boiola, Claudio, hahaha!

— Vai te fuder!

— Credo, mana, uma barbinha cerrada ia manter a cara de macho fucker que tu gosta de fazer.

— Tu só fala merda.

— Eu tava brincando, orra... que gato, desgraça. E que pernas? Jura que tu não é ativo.

— Como tu diz: sou menina hétero.

— AHHH nãoooo.

Uia, que macho bem servido. Não falo das "partes" porque não vi, mas o corpo é realmente bem gostoso.

— Mas tu também, mesmo sendo seco é interessante.

— SECO É TEU CU ARROMBADO!

— Para de falar no meu cu, Cleyton!

— É que eu ficava imaginando como que era uma pegada tua e... ai, posso chorar minha decepção?

— Senta e chora, bonequinha loira.

— Um cacete que eu choro! Ariano não chora.

— Já te vi chorando.

— Tu chora mais que eu.

— Não mesmo. Só chorei uma vez, naquele dia lá... Tu é fraco, e aposta o que, que tu desiste mais rápido que eu?

— Apostado! Ariano de verdade não desiste! — Decido.

— Olha que se tu perder, eu peço o que quiser. — Ele me afronta.

Preciso falar o objeto da aposta?

Não, por favor... eu não quero falar sobre o resultado disso porque estou seriamente traumatizado. Mesmo sendo praticamente afilhado de Ares, o deus da guerra, guerreiro por natureza, eu senti vontade de correr feito Pietro Maximoff.

Pela primeira vez, não rolou coragem pra contar pra todas as manas, exceto o Abi e o Cido e mais umas sete, oito, nove ou quinze migas mais chegadas.

— Abi, tu lembra daquele cigarrinho que tu me deu uma vez? O que era aquilo?

— Era só um Gudan Garam, nem sou de fumar.

— Tá, e como que tu explica o fato de eu ter dado pra ti?

— Foi uma bobeira e tu é movido à sexo, praga. Tem um fogo nesse rabo que é um perigo. Mas me conta como que vocês ficaram tão íntimos? Nunca tinham se visto antes...

— É... ele é tão parecido comigo, mesmo sendo totalmente diferente. Já perguntei também e ele só diz que tava cansado de ficar daquele jeito.

— E aquele outro?

— Nem sei. — Abi não fala o nome dele, mas nota que fico pra baixo.

— Nunca tinha te visto assim, miga, tás bem?

— Uma hora passa... quando passar, bola pra frente.

— Me conta o que vocês apostaram e quem ganhou.

Amor ArianoOnde histórias criam vida. Descubra agora