Nova no bando!

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Eu não tô doido tá! 

Era ele mesmo, Claudio Francisco, o maromba, canela grossa, cabeça quase raspada, barba grande, rosto bonito, gato sim, tirando aquela cara de homem-bomba que ele faz quando olha pra alguém.

— Volta a fita K7 e repete!

— O Celso tava na minha sogra — ele revira os olhos e internamente, juro que ainda bato naquela cara *linda* — aí ele me pediu se eu lembrava daquele cara loiro do shopping, aí falou que numa loucura te beijou, aí disse que hoje em dia é meio comum, um cara hétero fazer isso, aí ele também me perguntou se assim que era meu lance, um lance lá... tá ligado?

— É... tô sacando. Para de falar com essas expressões de moleque, garoto! Tá fazendo o que aqui? Só não vem dizer que também se apaixonou, pra depois ter menos coisas pra desmentir.

— Não, não tô mesmo. Tava só querendo curtir.

— Aquela honestidade que a gente respeita. Olha, tu tem uma pepeca pra dar assessoria e eu não fico por vontade própria com macho comprometido, nunca mais.

— Eu nem falei em ficar. Eu venho nesses ambientes, algumas vezes, só pra olhar.

— HAHAHA! Menino, aqui não toca Diante do Trono, toca Mister Catra, tá ouvindo. Agora diz, o que tu faz aqui... tu é esquisito e só quer pegar uma biba pra matar aquela curiosidade né. 

— Tô de boa aqui, só olhando.

— Sei, tu me agarrou.

— Não agarrei. Tu que me secou.

— Não te reconheci, viado.

— Não sou viado, sou macho.

— Somos duas, miga.

— Eu tava meio de olho aqui... mas é outro lance.

— TÁ CHIFRANDO A CRENTE? TU É VAGABUNDO!

— Não... eu... te vi ali me olhando, mas era, não era, tá...

— Tu não é bem certo.

— Eu tava ficando com um carinha, mas acho que ele já foi.

— Vem, vamos tomar um drink, mas tu paga a metade, seu mão de vaca.

Isso só acontece comigo! Eu, Cleyton "Vichensqui" pra facilitar a pronúncia, estou entre um colega de trabalho que não quer sair do armário e tá fazendo papel de babaca no presente momento e um tesudo que fiquei LOKA pra pegar e descubro até isso...

— Tu tava afim do DAVI?? O Davi, meu amicíssimo? Minha mana, minha bebê?

— Não sei se é o mesmo cara...

— Era teu colega, seu banzo. É o mesmo Davi. Pra encurtar, ali tu não tem chance. Agora, indo mais a fundo...

— Não sou gay.

— Nem eu, boba. Sou menina hétero, só gosto de macho.

— Pode parar, nem vem me colocando no feminino, odeio isso.

— QUER APANHAR, JÁ OU AGORA! TU CALA ESSA BOCA E NÃO ME RETRUCA!

— Oi Cley!

— Oi sua puta!! Te amo, passa na loja pra gente fofocar, Marlene!

— Porque tu berra?

— Sou de áries, meu amor.

— Eu também sou, nasci dia primeiro de abril.

Amor ArianoOnde histórias criam vida. Descubra agora