12.

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Lá fui eu para o descampado e fui lendo os cartões:

“Se algum dia eu te disser que deixei de te amar, ri-te, pois vai ser uma piada”;

“Tu és a geleia e eu sou a tosta, tão doces quando estamos juntos”; “Se precisares de chorar eu vou limpara as lágrimas diretamente dos deus olhos”; “Julieta, posso ser o teu Romeu?”; “Não há mais questões, eu só quero estar contigo”; “Quando não conseguires adormecer eu vou cantar-te uma canção de embalar”; “No momento em que nos conhecemos eu ainda não sabia que estava a olhar para um rosto que eu nunca iria esquecer”; “Juro que serei o homem mais sortudo do mundo se me deixares ser teu”. Sorri em todos os bilhetes e quantos mais abria mais sorria. Como é que alguém consegue dar-se a todo este trabalho apenas para mim?

Mesmo no final do descampado estava o ultimo bilhete: “A busca pelo teu jardim acabou. Agora vai para a tua sala de estar e procura o único bilhete que lá está. Mas atenção, pois escondi-o muito bem”. Meu Deus, quando é que isto acaba? Não que eu queira que acabe mas quero ver quem está por detrás disto, se eu já não souber quem é.

Percorri todo o meu jardim de volta e os bilhetes e tudo o resto ainda lá estava. Assim que cheguei à sala vi a Emma sentada no sofá a ver televisão. Estranhei, pois ver televisão não é propriamente o hobby dela. Na verdade, ela raramente vê televisão, ela vê as notícias, os filmes e as séries todo no iPad.

Emma – Onde é que andaste Kate? – Ela olhou para mim com os olhos muito abertos e ansiosos pela minha resposta.

Eu – No jardim. – Comecei a vasculhar a sala.

Emma – Almoçaste lá? É que desde as 10 da manhã que não te vejo! E já passa das quatro da tarde!

Eu – Desculpa, fiquei por lá, estava a pensar na vida. Almocei na casa do jardim. – Continuei a vasculhar tudo. Porra, a minha sala é mesmo grande!

Emma – Hum…sei. – Ela colocou a mão debaixo do assento do sofá e tirou de lá um papelinho. Esticou a mão em minha direção e abanou o papel. – É disto que estás à procura?

Apenas sorri e peguei no papel, não tenho tempo para conversas agora. Abri o bilhete e li-o: “Vai para a porta de saida da tua casa”.

Eu – Obrigada Emm! – Disse ao largar o bilhete e correndo para a porta.

Assim que sai vi a avenida toda cheia de setinhas nos postes de iluminação e bilhetinhos na estrada, ainda bem que não passa cá muita gente.

Quando dei por mim estava rodeada de paparazzi e um monte de flashes e perguntas caiam sobre mim.

Paparazzi – Katie, o que… – eu interrompi-o.

Eu – KATE! É KATE! K-A-T-E!

Paparazzi – Kate, o que tem a dizer sobre a sua foto na capa da revista?

Eu – Foto? Que foto?

Paparazzi – Ainda não viu? – Ele estendeu-me a mão com uma revista.

Peguei na revista e o meu mundo quase caiu. Na capa estava estampada a foto da minha queda e umas letras vermelhas bem gordas a dizer “ Katie Dior: As confianças, as festas e os escanda-los!”.

Oh não, não. Eu não quero isto aqui.

Abri a revista e procurei o artigo. Não tive que procurar muito pois, estava logo nas primeiras páginas. E também estava lá tudo: o Cody, a festa e a minha queda. Estava tudo bem explicado e acompanhado com uma data fotos.

Esquece Kate. Não vale a pena matutar sobre isso.

Larguei a revista de modo a que ela caísse no chão. Os jornalistas continuaram com os flashes e as perguntas mas não me seguiram, ainda bem. Eu apenas desandei e fui ao encontro das setas.

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Ela não Gosta das Luzes ➵ c•sOnde histórias criam vida. Descubra agora