"Longe da vista, longe do coração" - provérbio português.
Saphira
-C-como assim? Eu pensava que tinham parado com as buscas. - pergunto totalmente acabada.
Após quase 15 anos depois de ter sido deixada á porta da que agora é a minha família descobrem alguma coisa sobre os meus pais? Fui deixada, largada, abandonada pela minha própria família e porque agora eu iria querer saber de alguém que nem me quis acompanhar na infância? Ensinar-me a andar, as minhas primeiras palavras... nada disso eles quiseram saber. Eu não sei o porque de eles terem-me largado á mão da sorte mas prefiro nem saber! Os meus verdadeiros pais são Joseph e Camille pois foram eles que sempre tiveram comigo, que me deram amor quando mais precisei...
-Sabe? Prefiro nem saber, eles me abandonaram e nunca os irei perdoar seja qual fora a razão de eles terem feito tal ato. - digo firme.- Agora se me dão licença, eu vou para o meu quarto. Depois de um fim de semana destes preciso de reformular as ideias.
Digo e levanto-me da cadeira e já estava a abrir a porta quando sou interrompida pela voz do Alpha:
-Saphira... ao menos podias ouvir o que tenho para te dizer.
-Não quero ser mal educada senhor Alpha mas... - começo a falar ainda de costas. - Mas eu não estou para a ouvir o quer que seja que tenha a haver com os meus pais. Já não me chega ter acordado na noite passada no meio da floresta e hoje isto! Licença...
Peço permissão e saiu daquele cómodo que a cada segundo que passava parecia diminuir de tamanho, fecho a porta atrás de mim e encosto-me a mesma respirando fundo sinto a visão turva mas ignoro.
-Deve ser do cansaço. - penso.
Começo a subir a escadas e ao chegar ao cimo a minha vista fica mais turva e tento respirar mas o ar não entra e entro em pânico, tento gritar mas sem sucesso pois a voz simplesmente não sai e acabo por me desequilibrar e sinto o meu corpo começar a cair para trás, estico a mão e o braço para tentar-me agarrar ao corrimão mas apenas apenas o toco com as pontas dos dedos e rebolo pelas escadas abaixo, sinto uma pontada na cabeça e vou perdendo a consciência aos poucos.
Tudo negro...
Começo a ouvir passos apressados até mim e chamarem o meu nome.
-Saphira! Saphira! Vamos acorda! - tento reconhecer a voz mas parece que ela se vai afastando ainda mais.
-A minha cabeça. - sussurro com a voz fraca.
-Matém-te acordada não adormeças, ouve a minha voz Saphira! Não durmas! - ouço a voz mandando ficar acordada mas acabo por perder a consciência novamente.
Horas depois...
Mesmo de olhos fechados a luz me incomoda, os abro e pisco diversas vezes até me habituar e olho para o teto beje e reparo não ser o do meu quarto, olho em volta e vejo que estou numa maca de hospital que por sinal é imenso desconfortável.
Estudo o local para ver se encontro alguma forma de chamar alguém e encontro um pequeno comando com apenas um botão vermelho e clico sentido a vibração e ouvindo o pequeno zumbido que aquilo faz, poucos segundos depois uma enfermeira com o traje traje tradicional de hospital azul marinho, cabelos castanhos já grisalhos, gordinha e baixinha entra.
-Sim querida? Precisa de alguma coisa?-pergunta com um tom simpático.
-Poderia chamar os meus pais? -pergunto.
-Ah, claro! Vou já chama-los querida. - diz e sai, alguns minutos se passam e minha mãe entra no quarto como um furacão.
-Minha filha que susto nos pregaste! - diz vindo-me abraçar.
-Eu estou bem, mãe. -digo revirando os olhos.
-Claro que estás bem minha filha pois se não tivesse sido aquele garoto, qual mesmo o nome dele? Ah, pois o Dylan! - diz ela olhando-me com sarcasmo.
-Espera! O que o Dylan tem haver com esta história toda? -pergunto espantada.
-Então senhorita Saphira! - diz um homem entrando no quarto interrompendo a minha conversa com a minha mãe. - Parece que já acordou?
-Bom dia senhor Doutor. - diz a minha mãe, mas espera, bom dia? Quanto tempo durmi?
-Desculpe-me não me apresentei. - diz o senhor virando-se para mim. - Sou o Dr. George.
Ele estende-me a mão e eu aperto como cumprimento.
-Vim aqui dizer que já teve alta e poderá ir para casa e também perguntar uma coisa. - diz o Doutor.
-Sim? - pergunto.
-Soube que caio das escadas, poderia me dizer como aconteceu? -ele diz.
-Bem... - começo. - quando eu estava já no cimo das escadas a minha visão ficou turva e não conseguia nem respirar.
-Pois, estou a ver. Diga-me senhorita Saphira, já tinha desmaiado estes dias?
-Sim! - responde a minha mãe. -Na sexta á noite.
-Hmmm, ok. Então eu aconselhava que ao irem embora passassem antes pela recolha de sangue, queremos ter a certeza que ela não está com nada de grave.
-Claro! Obrigada Doutor. - diz a minha mãe e ele assente e sai do quarto.
A minha mãe deu-me umas roupas e disse que era para eu ir tomar um banho no hospital mesmo, vestisse as roupas que me deu enquanto ela ia fazer um telefonema ao meu pai a dizer que eu já tinha acordado e que voltaríamos para casa em breve. Fui tomar um banho e me vesti, tentei escovar o cabelo com os dedos já que eu não tinha escova e o sequei com o secador horrível do hospital. Procurei a minha mãe pelos corredores e fomos até á recolha de sangue onde uma enfermeira nada simpática me retirou o sangue com nenhuma delicadeza e apenas disse que daqui a duas semanas os resultados das análises sairão. Saímos do local e nos dirigimos ao estacionamento onde a minha mãe havia estacionado o carro e ela dirigiu até casa, ao chegar a casa enquanto a minha mãe punha o carro na garagem eu fui tocar a campainha que logo foi aberta por uma melga mas propriamente chamada Violet que me me abraçou logo que me viu, ao menos a melga morde mas vai se embora, esta não! Mas na mesma a adoro.
-Ficamos tão preocupados! - ela diz enquanto ainda me abraça.
-Eu estou bem! Eu estou aqui!
Nota: Entãoooo? Sou a única que acha que a Saphira está a ser um pouco rígida com os pais? Ela devia dar uma oportunidade a eles não acham? Bem, aposto que todos ficaram super preocupadíssimos com a Saphira quando caio! Sério, até eu fiquei! kkkk.
Espero que tenham gostado😘
P.s. capítulo não revisado pode vir a ter erros na escrita!😅
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Presa pelas Garras
Manusia Serigala"A minha missão sempre foi descobrir o meu passado.". Saphira Moon é uma menina que tem muitos segredos mas que ela própria desconhece. Com poucas semanas de vida foi abandonada e deixada á porta de uma casa, aparentemente de uma família lobisomem...