Capítulo 9.

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Emma.

Depois que Regina me deixou na mão, com as pernas bambas e a calcinha destruída, fiquei revoltada com sua provocação muito bem pensada. Ela é esperta, eu comecei o jogo primeiro e ela respondeu à altura, na verdade, o nível de provocação dela foi bem alto.

Não vou mentir, fiquei muito revoltada, primeiro por Regina não ter terminado o que começou e ter dito "Você vai precisar fazer mais que isso para conseguir, meu bem" como se eu não soubesse disso, e depois porque quase assisti um pornô ao vivo no sofá do meu apartamento. Ruby e Zelena, quem diria né? Fiquei revoltada por não lembrar de ninguém ter me contado.

E no final da noite, eu ainda dormi na mesma cama que Regina. Não é como se eu não tivesse planejado isso, porém, depois do que aconteceu e da minha revolta, foi meio desconfortável.

Acordei com um corpo menor que o meu todo enroscado em mim, e naquele momento, parecia que toda a minha revolta por Regina, Zelena e Ruby tinha se esvaído e eu me senti muito plena enquanto observava Regina dormindo. Como alguém pode parecer uma Deusa até dormindo? Eu saí debaixo dela com cuidado para não acordá-la e me deitei do seu lado com o cotovelo apoiado na cama e fiquei uns bons minutos a observando e sorrindo como uma boba, até que ela acordou e eu voltei ao meu estado sisudo.

Quando Zelena e Regina foram embora, eu olhei pra Ruby semicerrando os olhos com certa fúria no olhar. Ela me olhou sem entender e quando ia falar eu espalmei minha mão em sua frente para que ela não falasse nada.

— Quando ia me contar sobre você e Zelena? Eu estou cansada de sempre saber as coisas por último! — ela começa a rir alto da minha revolta e eu cruzo os braços me jogando no sofá como uma criança mimada.

— Eu te contei, Emma! Você está esquecida? Tomou alguma coisa que afetou sua memória? Quando estávamos assistindo aquele filme e começamos a chorar.

Procuro essa lembrança no fundo do meu cérebro e a acho a mesma depois de algum tempo tentando lembrar. Solto um "Ah!" e Ruby começa a rir de mim novamente.

— Que bonito, hein? Nem presta atenção no que sua melhor amiga-irmã fala. Se fosse com Regina você certamente se lembraria. — dou um tapa no seu braço e rio de seu ciúmes.

— Falando em Regina, tenho algo fortíssimo para te contar.

Conto-lhe tudo que aconteceu, e Ruby, como uma boa amiga, dá boas risadas do meu relato, menos na parte em que digo que assisti seu soft porn no sofá e que iria fazer ela limpar. E como uma ótima amiga também, ela ficou do lado de Regina, pois segundo ela, eu quem começou a provocação e que se fosse ao contrário provavelmente eu faria o mesmo.

— Pensando bem, você não faria o mesmo, Regina é esperta e você — aponta pra mim — é meio burra.

— Doeu! Bem no meu coração. — boto a mão no lado errado do peito e faço um bico triste para fazer um drama.

— Esse não é o lado onde fica o coração, Emma!

•••

Passei um dia inteiro sem falar com Regina, porém não conseguia a tirar da cabeça, e além de me sentir um pouco mal por ter provocado a situação em que estávamos, comecei a pensar em um jeito de me sair dessa situação. Não que eu fosse 100% culpada, mas tinha minha parcela de culpa. E nada me ajudava em esquecer essa questão, nem esquecer dela, já que até seu cheiro estava em meus lençóis.

Na segunda de manhã, fui para o famoso ponto de ônibus e lá estava ela. Ficamos um tempo nos encarando e ela me olhou de cima abaixo, parecia que estava me escaneando, e quando voltou a me encarar, me lançou uma piscadela – ou uma tentativa de uma – e eu senti meu rosto todo queimar. Desviei meu olhar e comecei a olhar para um ponto fixo qualquer em minha frente.

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