Capítulo 13.

150 17 17
                                    

Zelena.

Mal me virei para ver quem era na porta e já entrei em pânico. Imaginem isso: a ex-enteada da sua irmã prendendo ela contra a parede enquanto aponta uma arma contra a cabeça dela? Eu comecei a me tremer toda, e minha capacidade de raciocinar começou a falhar. E, modéstia à parte, minha capacidade de raciocinar e tirar as pessoas de situações difíceis é muito boa. Fiquei paralisada no lugar enquanto Regina me mandava olhares que gritavam "Saí daí, Zelena!" e eu felizmente consegui mover meus músculos para poder me esconder em um lugar da casa onde eu pudesse ouvir a conversa que elas estavam tendo, mas ao mesmo tempo bem escondido. Na situação em que eu estava, isso era a coisa mais difícil a se fazer.

Peguei meu celular e me escondi no quarto de Regina, que me dava uma visão bem mais ou menos do que estava acontecendo na sala e liguei para a primeira pessoa que eu consegui discar o número: Ruby. Ela atendeu quatro toques depois e eu respirei fundo para não começar a chorar nesse momento

— R-Ruby, por favor. A Emma está aí? Saia de perto dela, eu não quero piorar a situação. Lilith está aqui, armada e ameaçando Regina. Eu estou escondida, peça ajuda, venha pra cá, ligue para a polícia. Não fale pra Emma, em hipótese alguma deixe ela vir para cá. — falo rapidamente e em um tom mais baixo para não ser ouvida por Lilith.

— Zelena? Meu Deus do céu. Ela está ARMADA? — eu tentava parar as lágrimas que ameaçavam cair e assenti com a cabeça como se ela pudesse me ver.

— Ruby, se você não me ajudar, eu vou ligar até pro presidente desse país, porque eu estou desesperada! — eu desligo o telefone sem ouvir sua resposta e começo a montar um plano de fuga para mim e para Regina, e vou para um canto estratégico para ouvir as duas.

"Por favor, Lilith, eu vou pedir pela milésima vez, vamos conversar civilizadamente."

Depois que Regina falou isso em um tom impaciente, o silêncio reinou naquela sala e eu fechei os olhos deixando as lágrimas caírem, mas apenas ouvi Regina oferecendo coisas para Lilith de um jeito muito irônico. Quando Regina saí para buscar a água, saio do meu canto estratégico e tento ir para mais perto, ficando detrás de um móvel da sala, arriscado, eu sei, mas precisava fazer alguma coisa. Até que Emma Swan aparece na porta já escancarada e Lilith olha para ela com tanto ódio que até eu fiquei com medo.

Burra, burra, burra.

Mil vezes burra, isso que Emma Swan é.

Será que essa tapada não pensou que aparecendo aqui iria atiçar mais ainda a raiva de Lilith e consequentemente fazer com que ela cometesse um ato impensado? Talvez não. Eu fico com tanto ódio de sua imprudência que sinto vontade de ir lá e quebrar ela no soco junto de Lilith, mas me acalmo esperando minha irmã voltar. Meu objetivo é proteger Regina, e não me responsabilizarei pelos meus atos se algo acontecer com ela.

Segundos depois de Lilith começar a discutir com Emma, Regina aparece já desestabilizada e com o corpo tremendo da cabeça aos pés, me aproximo lentamente dela sem prestar atenção em Lilith e a envolvo em meus braços, para poder acalmar seus nervos que estão à flor da pele. No momento em que Regina relaxa seu corpo e consegue respirar novamente, Killian aparece do nada com policiais na porta e Lilith começa a gritar coisas que eu não consigo entender muito bem.

— Se você não é minha, não será de mais ninguém!

Ela grita, e eu aperto mais Regina em meus braços tentando protegê-la do que estava por vir. Um tiro. Regina desmaia em meus braços e eu logo fico desesperada achando que o tiro atingiu ela, mas logo vejo que ela desmaiou de tanto nervoso que passou. Também, não culpo ela, meu coração não seria forte se eu estivesse nessa situação também. Não sei como eu estou conseguindo ser forte agora. Quando olho para Emma, ela já está sendo levada pelos enfermeiros, que eu não sei de onde saíram, em uma maca e Lilith está sendo levada a força por vários policiais. Chamo um dos enfermeiros e quando ele vê Regina desacordada em meus braços, também leva-a em uma maca. Eu começo a chorar todas as lágrimas que segurei durante o acontecimento e logo sinto uma pessoa me abraçando, quando percebo que é Killian, lhe abraço de volta e começo a chorar mais. Logo percebo que ele também está chorando.

Bus StopOnde histórias criam vida. Descubra agora