Capítulo 14

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Comecei o meu plano. Não era bem assim que eu queria que as coisas acontecessem, mas eu não podia esperar mais para me declarar ou perderia a coragem.

Pedi que Maraisa fosse a buscar na casa de Henrique que nao era muito longe e impedisse que ele viesse. Ela teria que se virar e inventar alguma mentirinha.

Enquanto ela ia buscar Carol eu comecei a me preparar. Tomei um banho rápido, coloquei uma roupa mais arrumadinha e peguei umas rosas que estavam plantadas no quintal da Maraisa e dei um jeitinho de virar um buquê de rosas. Fiquei a esperar no quarto de hóspedes como eu tinha combinado com a minha irma.

Meu coração palpitava e as vezes errava uma batida, dava algumas falhas e parecia que eu iria morrer antes dela chegar. A essa altura cada segundo parecia uma eternidade.

Estava sentada na cama tentando respirar e me acalmar quando a porta abre com tudo me fazendo levar um susto enorme.

- MAIARA TÁ TUDO BEM?- Carolina entra ofegante e falando bem alto

Eu a olho pra ela e sorrio tentando parecer o mais calma possível. Carol me olha ainda ofegante e faz uma cara de interrogação. Maraisa aparece na porta.

- amo vocês duas- minha irmã fala e abraça Carol por trás com um sorriso enorme

Depois disso ela sai do quarto fechando a porta. Carolina mantinha a cara de interrogação. Respiro fundo e me levanto da cama e sorrio para ela.

- eu... eu não estou entendo... a Maraisa disse que você tinha se machucado e desmaiado- ela fala enquanto eu me aproximo

- eu te amo- falo de uma vez antes que tivesse um infarto

- eu também te amo, mas não podia esperar amanhecer pra falar isso? Que isso é uma brincadeira?- ela pergunta ainda não entendendo

- eu te amo de verdade- falo sem olhar diretamente em seu rosto

- todo amor é de verdade Maiara... você me tirou da cama pra dizer que me ama? Sabe o quanto eu amo dormir- ela fala

Tomo coragem e olho em seu rosto. Ela tinha um sorriso em sua face. Eu me perco olhando aquele sorriso lindo dela.

- você tá fazendo a cara engraçada de novo- ela fala rindo

- cara engraçada?- pergunto

- às vezes... na verdade muitas você faz essa cara quando me olha- ela sorri tímida

- sério?- pergunto

- sério, faz isso a muito tempo já- ela comenta ainda sorrindo com aquele sorriso tímido que a deixa mais linda ainda

Me lembro do buquê de rosas que estava em cima da cama e me viro rapidamente para pegar. Pego e me viro novamente para ela que mantinha o mesmo sorriso tímido no rosto.

- eu te amo... mas não é o amor que estou acostumada a te dizer... eu sou apaixonada por você desde sempre e nunca percebi- falo a última parte mais baixa quase inaudível

- e sao para mim?- ela pergunta se referindo as rosas

- são- falo tímida e as entrego a ela

- pegou no quintal?- ela pergunta e da uma gargalhada gostosa

- é o que tinha disponível a essa hora da madrugada... eu gostaria de ter feito algo elaborado e fofo, mas...- ela me interrompe

- mas não precisava de nada disso para dizer que me ama- ela fala

Respiro fundo e começo a me declarar

- Carol eu percebi que te amo. Mas é amor entre duas pessoas, não é amizade, já passou desse nível. Eu te amo e não é de hoje é de sempre. Eu disfarcei esse amor com a minha amizade todos esses anos e coloquei pessoas no lugar que era seu. - falo tudo pausadamente e bem calmamente

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