26 de Outubro de 1975

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26 de Outubro de 1975

As marcas que ontem não pude encontrar apesar de procura-las o dia inteiro, hoje estão aqui na minha cara, quase rindo de mim. Vou atrás do meu equipamento e tentarei não pensar demais no que está acontecendo. Última coisa que eu preciso nesse momento é questionar as minhas faculdades mentais.


26 de Outubro de 1975 – Parte II

Meu equipamento está onde o deixei e intacto. Não encontrei nenhuma das marcas que fiz ontem, apesar de sair no mesmo ponto e seguir na mesma direção. Minha bússola não parece estar danificada. Parece tudo em ordem, menos as marcas que fiz.

Também não me sinto doente e estou seguro de ter todas as minhas faculdades mentais em ordem. Não compreendo o que acontece nesse momento, mas tenho que partir do princípio da falha humana. Eu estou cometendo erros de forma que não me pareçam erros. Não posso descartar influências externas no meu organismo via consumo de algum psicotrópico.

Ingestão de comida está descartada, porque até o momento só consumi o que trouxe comigo. Estou preparado para sobreviver com o que a floresta me oferece, mas ainda não tive necessidade de comer nada fora do que eu mesmo preparei ou comprei.

Me restam a água ou alguma forma de contágio não identificada. Para isso peguei água em um pequeno riacho, que encontrei próximo ao meu equipamento, que não aparenta estar conectado com o rio que venho usando para beber. Vou fazer um teste nos próximos dias apenas com essa água, e ver se minha aparente confusão se resolve.


26 de Outubro de 1975 – Parte III

Passei pelo mesmo monte onde avistei o pavilhão na volta para a aldeia. Não consegui ver o pavilhão e nem a marca que fiz ontem. A árvore está ali, no mesmo local, mas sem nenhuma marca.

Vou realizar outro teste. Enterrei uma lata de feijão, que foi meu almoço hoje, no pé da árvore que marquei. Amanhã retornarei para o morro na esperança de ver o pavilhão de novo, pois também não descartei a hipótese de alguma anomalia geográfica nesse ponto.


26 de Outubro de 1975 – Parte IV

Quase tudo que trouxe da cidade comigo está aqui. Deixei algumas coisas que não são de suma importância no esconderijo, e logo volto para busca-las. Quero primeiro fazer uma exploração geral da área, e ver o que mais está por aqui.

Creio que entendo por que meus acompanhantes se negaram a seguir viagem por aqui. Esse lugar quase me dá vertigens. Talvez haja algum vazamento de gás natural ou algo do tipo por aqui. Não existe uma história do Sherlock Holmes que trata disso?

Ah... Livros... Por que não guardei mais espaço nas minhas mochilas para livros?

Pensando em você Marie.

O Diário de Igor Jankov (Pausado temporariamente)Onde histórias criam vida. Descubra agora