"Aquele que se deixa prender por uma alegria, rasga as asas da vida; Aquele que beija a alegria enquanto ela voa, vive no amanhecer da Eternidade". (William Blake).
Olhando Van Gus Saint pelo vidro, Van Pelt estava ansiosa para que ele revelasse como tudo o que aconteceu, mas, foi o agente Cho que conduziu as perguntas. Não havia ninguém mais imparcial e intimidador que ele, com seu jeito sério e direto de interrogar, Saint não teria a mínima chance.
— E então? Conte-nos como tudo aconteceu. – Começou Cho.
— Eu queria que o segundo filme desse certo e estava disposto a qualquer coisa.
— Mesmo matar? – Indagou Cho.
— Eu não queria matá-la, mas, Marie me surpreendeu no quarto quando eu estava tirando o disfarce de Thompson. Ninguém devia estar no quarto, ninguém.
— O que houve quando ela te flagrou?
— Eu disse para ela que tinha colocado todo o meu dinheiro no primeiro filme e que precisava do Thompson para que os outros investidores tivessem confiança e tranquilidade para investir também.
— Continue...
— Eu disse a Marie que assim que tivesse o dinheiro necessário, faria com que o Thompson desaparecesse, mas, ela disse não. Disse que não faria parte disso, que não queria saber de mais golpes publicitários e revelaria tudo na conferência de imprensa que estava acontecendo no térreo.
— Isso arruinaria as coisas para todos, para você, Allison, Taylor...
— Sim. Quando Marie se virou, eu a puxei pelo vestido e ela tentou se soltar... Tentou lutar... Eu a arrastei até sacada e a joguei lá em baixo. Eu não planejei isso! Eu nunca quis que isso acontecesse!
— O que houve depois?
— Eu saí pela escada de incêndio. Ninguém me viu. Então, entrei no meu carro que estava estacionado na esquina e fui embora.
— Marie tinha 29 anos, uma carreira e uma vida inteira pela frente e você a matou porque queria atrair mais investidores para um filme?
— Eu só queria que ela nunca tivesse entrado naquele quarto de hotel.
— Mas, ela entrou. – Disse Cho encarando-o por alguns segundos saindo em seguida da sala de interrogatório.
Van Gus Saint colocou as mãos sobre a cabeça, refletindo sobre o que havia feito e temendo o grande vendaval que viria em sua vida, as lágrimas de arrependimento escorriam pelo rosto. Ele nunca mais se recuperaria, nunca mais produziria nada em Hollywood. Ele teria que viver consigo mesmo vivendo cada dia sabendo que tirou a vida de outra pessoa.
Saint chorou por um longo tempo, seu lamento era alto, seu desespero ecoava pelo corredor das salas de interrogatório, mas, a maior dor não era dele, e sim a da mãe de Marie que estava aos prantos do outro lado do vidro. Ela o veria pagar pelo que fez, mas, nunca veria sua filha novamente.
— Eu não tive tempo o bastante com ela. – Disse a mãe de Marie, dirigindo-se a Jane.
— Vejo que você a amou e a respeitou pelo que ela era. Isso deve valer alguma coisa. – Disse Jane tocando em seu ombro.
— Obrigada por fazer justiça, senhor Jane. – Disse ela agradecendo quase sem voz e saindo em seguida.
— Então foi o produtor do filme. – Disse Van Pelt.
— O senhor Van Gus Saint produziu mais do que deveria. – Disse Jane.
— Ela era tão jovem. – Lamentou Van Pelt.
![](https://img.wattpad.com/cover/143207912-288-k151837.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
O mentalista
FanfictionQuando a atriz Marie Avgeropoulos é assassinada, o principal suspeito é o namorado: Taylor Lautner que é acusado pelo crime, causando uma grande polêmica em Hollywood. Para resolver o caso, a melhor equipe da CBI investiga o assassinato, os agentes...