Capítulo 4: Um fio de esperança.

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"Aqueles que reprimem o desejo, assim o fazem porque o seu desejo é fraco o suficiente para ser reprimido". (William Blake).

Taylor não havia conseguido provar sua inocência apenas com sua palavra e poderia ser mantido preso por 72 horas. Caso não confessasse ou tivesse provas diretas, seria liberado para responder pelo crime em liberdade até que a sentença fosse divulgada.

Seu advogado era muito competente, daqueles que cobram mil dólares por hora, e Rigsby estava disposto a fazer Taylor gastar um pouco do dinheiro dele.

Van Pelt teve alguns momentos a sós com o Taylor para dirigir-lhe as perguntas que queria realmente fazer.

— Olá! – Disse Van Pelt, aproximando-se.

— Oi, agente! – Taylor respondeu, acomodando-se na cadeira.

— Pode me chamar de Van Pelt. – Ela disse, corrigindo-o.

— Qual o seu primeiro nome? – Taylor indagou olhando quando ela se sentou na cadeira em frente a ele, calmamente.

— Grace... – Respondeu ela, estranhando o súbito interesse do Taylor.

— Grace Van Pelt é um belo nome! – Ele elogiou, relaxando o ombro.

— Obrigada! – Agradeceu Van Pelt, olhando-o nos olhos.

— Não por isso. – Taylor respondeu, suspirando fundo.

— O que aconteceu? – Van Pelt perguntou vendo-o cansado, mas, interessada em saber informalmente a perspectiva do Taylor sobre os últimos acontecimentos.

— A garota gostava do garoto, mas, o garoto não gostava da garota, então, ela foi morta e ele levou a culpa. Foi isso que aconteceu. – Disse Taylor, seguido de uma longa respiração e angústia.

— Eu sinto muito por isso! É horrível!

— O que uma agente como você sabe sobre isso? Você nunca deve ter tido problemas com a lei.

— Está enganado. Eu matei o meu noivo.

— Meu Deus, deve ter sido horrível!

— Sim foi. Não vai me perguntar por que eu o matei?

— Ele ter sido muito malvado. – Taylor brincou, timidamente.

— Ele foi.

— Eu não matei Marie.

— Eu acredito em você.

— Finalmente alguém acredita na minha inocência.

— É complicado explicar como sei disso. – Van Pelt, acrescentou.

— Como assim? – Taylor perguntou, curioso.

— Eu não vejo um brilho flamejante em seus olhos. Eu sentia que meu noivo tinha algo sombrio, mas, escolhi ignorar e pessoas com as quais eu me importo pagaram por isso.

— Você estava apaixonada Van Pelt, isso deixa qualquer um cego.

— Eu vejo tudo muito claro agora. Quando relembro parece que foi um sonho ruim. Às vezes, parece que eu não era eu. – Van Pelt revelou.

— Era você sim. Eu sei como é isso. Fazemos coisas que nunca supúnhamos fazer e, então, é como se não nos conhecêssemos.

— Já sentiu falta de quem você era? – Van Pelt indagou fechando o bloco de anotações.

O mentalistaOnde histórias criam vida. Descubra agora