Capítulo 11: Carros rápidos e liberdade.

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"O amor não busca agradar a si mesmo. Nem destina qualquer cuidado a si próprio, mas se dá facilmente ao outro, e constrói um paraíso no desespero do Inferno". (William Blake).

Exausto pelas vãs tentativas de entender o enigma do poema recitado por Red John, Jane preparava uma xícara de chá, para mais uma maratona de repetições dos versos em busca de uma luz do que as palavras recitadas poderiam significar no contexto Red John.

Lisbon o observava a espreita, ela mantinha seus olhos em Jane e o espionava pela cortina persiana da janela de sua sala, ela sabia que algo teria saído daquela conversa para Jane permanecer tanto tempo concentrado. Ela o encarou mais uma vez e seu sorriso descarado a levou ao limite e aproximando-se dele, falou determinada:

— Já chega Jane, eu quero saber o que realmente aconteceu naquela noite.

— Eu já te disse, apenas ouvi uma voz do suposto Red John dizendo que não permitia copiadores de seu trabalho.

— Você acha que era a voz de Red John?

— Eu não sei, poderia ser uma voz forjada. – Disse Jane.

—Existem modificadores de voz portáteis e ele poderia estar usando um.

— Existem?

— Sim, Jane, existe. Eu não consigo acreditar que ele seria tão descuidado, deixando que você ouvisse a voz dele.

— Ou poderia não ser ele. Eu não paro de pensar nisso.

— Então me diga o que aconteceu ou não saberei como te ajudar.

— Você não poderia me ajudar.

—Ruth foi a décima sexta vítima mulher de Red John, acho que qualquer pista, por menor que seja, deve ser considerada para parar ele. – Disse Lisbon.

— Ninguém quer parar mais Red John do que eu, porque diz isso?

— Não sei Jane, mas sinto que você não está sendo honesto.

— Okay, Lisbon, quando houver algo que você possa ajudar, não hesitarei em pedir, mas agora, me deixe pensar, eu quero ficar sozinho, eu vou para o sótão.

— Como quiser. – Disse Lisbon saindo levemente, chateada.

Van Pelt estava em sua mesa, no seu computador. Lisbon foi rever alguns casos que estavam em aberto junto com Cho e Rigsby. Assim que eles desceram pelo elevador, Jane apareceu diante de Van Pelt com um sorriso maquiavélico.

— Pode pesquisar uma coisa para mim? – Pediu Jane cautelosamente.

— Claro, pode falar.

— Faça uma busca sobre o poeta William Blake. – Pediu Jane.

—William Blake foi um poeta, tipógrafo e pintor inglês. Ele nasceu em Londres em 1757 e morreu 1827.

— Qual sua poesia mais famosa?

— O tigre. – Respondeu Van Pelt.

— Qual sua pintura mais famosa?

—"A brace of partridge". – Respondeu Van Pelt deixando Jane com um semblante de grande preocupação.

—Obrigada Van Pelt, quando Lisbon voltar, diga que estou esperando lá em cima.

— Tudo bem. – Disse ela e então perguntou:

—Tem alguma pista do Red John?

— Para ser sincero, eu ainda não sei.

— Certo, eu direi a Lisbon, que você a espera.

O mentalistaOnde histórias criam vida. Descubra agora