Capítulo 17 - Débora

106 15 0
                                    

Eu estava num quarto escuro, amarrada e amordaçada em uma cama, mas eu não sabia onde eu estava, eu estava morrendo de medo, aqui nesse local cheirava xixi e eu via alguns ratos passando do meu lado. Eu tinha pavor de rato, mas naquele momento o que mais me assustava era não saber onde eu estava e porque eu estava ali.

Ouvi passos em minha direção, então simplesmente aperto meus olhos na tentativa de fingir que eu estava dormindo.

Eu estava com uma barriga de quatro meses, meu filho, tinha descoberto essa semana que eu teria um menino, meu Luiz Fernando, era uma das pessoas que eu aprendi a amar rapidamente, lembro que quando eu descobri estar grávida foi uma festa, todos os meus amigos do trabalho me apoiaram e toparam esconder minha gravidez da impressa, ia fazer os meus trabalho antes da barriga ficar amostra, depois só iria descansar com meu namorado, assim pensava eu.
Naquela noite, descobri quem ele realmente era, quando o primeiro tapa se deu no meu rosto, eu sentia a ardência e a vontade de chorar profundamente, mas me segurei, olhei em seus olhos, ele tirou a mordaça para me ouvir.

— Por favor, não faça nada com nosso filho e nem comigo.

— Infelizmente não posso, quero você somente para mim Débora, essa criança só vai atrapalhar os planos que eu fiz para nos dois. – Disse ele olhando a minha barriga com raiva e agora deu um soco forte. — Eu sempre soube que você me traía, sua vadia.
— O que você está dizendo? – Perguntei e gemi de dor.

— Eu não posso ter filhos, se eu não posso de quem é esse filho? Se acha que eu iria cair nesse golpe baixo seu? Por isso, você e esse pestinha que encontra em sua barriga vão sofrer.

Ele deu um chute em minha barriga, eu não aguentou e acabei gritando de dor, estava doendo muito.

— Impossível essa criança não ser sua, eu só saia com você, eu juro, eu nunca traí você, para de ser louco...

— Para de mentir, sua vida.
Ele deu outro chute em minha barriga e dessa vez resolvi gritar a palavra certa:
— Socorro! Socorro!

Acordei sendo chacoalhada por Daniel, eu estava chorando dormindo, fazia um bom tempo que eu não tinha pesadelo com aquele dia, Daniel me abraçou forte e ficava falando que estava tudo bem, que tinha sido só um pesadelo, mas aquele pesadelo tinha acontecido comigo realmente.
O cara que mantive um relacionamento por um tempo era um psicopata, ele matou o nosso bebê, pois ele tinha operado e parecem que não fizeram o procedimento direito, e então sobrou para mim e o meu Luiz Fernando pagar o pato, ele claro que não acreditou em mim, eu naquele dia tinha ido parar num hospital, ele chegou lá dizendo que eu tinha caído da escada e se eu não concordasse com ele, ele mandava matar Alice.
Ele tinha conhecido ela numa semana antes disso tudo acontecer, e foi assim que começou o pior inferno da minha vida.
Lá eu descobri que tinha perdido o meu bebê, a quem eu tanto amava já e que eu estava com um completo louco.
Eu sei que eu tinha que contar para Daniel, mas ainda vou esperar um pouco essa história ainda me machuca. Era meu filho que se foi naquele momento.

— Amor você está bem? Estou muito preocupado com você.

— Amor estou bem! Fique tranquilo, como você disse foi só um pesadelo.
Me aperto mais em seus braços, querendo pegar toda confiança que ele me passa, eu me sinto completamente segura enquanto estou em seus braços.

— Pode dormir minha linda, eu estou aqui com você. – Ele deu um beijo em minha testa e ficou mexendo nos meus cabelos até eu voltar a dormir.

      **********************

Hoje eu acordei antes dele, queria preparar café da manhã cama para ele, fiz minha higiene pessoal, peguei a camisa dele e coloquei, fui diretamente para a cozinha, como meu celular estava ali, coloquei uma música para mim poder ouvir, enquanto eu preparava tudo.

Resolvo fazer ovos com bacon, eu sabia que ele gostava. Fiz um café preto, pois eu amo!

Comecei a dançar enquanto preparava tudo, logo senti mãos fortes em minha cintura. Dei um pulo de susto, mas eu sabia que era ele, sabe quando seu corpo todo arrepia e seu coração parece que vai sair pela boca? Eu sentia isso toda vez que ele encostava em mim.

— Bom dia amor, se fica muito gostosa rebolando a bunda assim, olha só como você me deixou. – Sussurrou ele e esfregou sua ereção descaradamente em mim.

Me viro em sua direção, enlaço seu pescoço.

— Bom dia amor, estragou a minha surpresa iria levar café da manhã na cama para você. – Roubei um selinho dele. — Tem certeza que quer me provocar já tão cedo? Não esquece que você tem que estar na empresa em 40 minutos.

— Eu estava esquecendo isso amor. Bem lembrado!

Resolvo provocar só um tiquinho, chego perto do seu ouvido e sussurro: — Vou esperar você a noite completamente pelada.

Ele grunhe.

— Caralho mulher! Vou no banheiro tomar um banho gelado e me arrumar, venho tomar café com você assim que acabar.
Ele toma minha boca com certo desespero e saí me deixando completamente molhada.
Ele queria mostrar para mim que nos dois podemos brincar juntos, e sim ele realmente conseguiu, filho da mãe.

Coloco tudo em cima da mesa, e deixo tudo em ordem para nos dois tomar café da manhã, não demora muito, ele aparece em seu terno todo alinhado, a não ser a gravatá que está completamente torta, vou em sua direção para arrumar.

— Por que está com essa cara de emburrado? – Pergunto o observando.
— Meu pau esta completamente duro e nem um banho gelado resolveu, vou ter que tentar imaginar minha avó pelada para ver se abaixa.

Gargalho alto.

— Acho que ele está querendo a sua menina aqui, a noite você terá meninão tenha calma. – Falo enquanto aperto por cima da calça.
— Mulher não faça isso se não vou ter que fazer você de meu café da manhã.

— Não séria má ideia.

Ele me coloca em seus ombros e sai andando em direção ao quarto.

— você pediu por isso mulher.

-----------------------------------------------

Capítulo tenso.

Espero que goste, votem e comentem.
Beijos, Biah Gomes!

Daniel - 2 Livro Da Série Coração Perdido.Onde histórias criam vida. Descubra agora