Capítulo 19 - Daniel

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Eu estava tentando ajudar a Alice no máximo que eu poderia, pois Alexander e Danilo era muitos complicados, então eles aproveitavam do tio para poder brincar, e deixar sua mãe em paz pelo menos até ela terminar de organizar tudo.
— Tio, vamos brincar de pega a pega? - Perguntou Danilo se aproximando.
— Vamos fazer diferente, vamos brincar que eu sou o tubarão e tenho que pegar vocês, pode ser?
— Sim. - Gritaram os dois em coro.
Eu amava meus sobrinhos, eu querendo ou não era louco por criança, confesso que não vejo a hora de que meu filho nasça, apesar de não ser com a mulher que amo, eu estou aprendendo a conviver com Suzany, ela também pelo seu jeito dava para perceber que ela amava a criança.

Resolvo sair da água para ver se a minha Débora chegou, pego uma toalha qualquer e me enxugo. Vejo minha irmã vindo com um pote de vinagrete, e vou até ela perguntar se tinha visto a Débora.

— Alih, se viu se a Débora já chegou? - Perguntei, tentando ter a esperança que ela estava lá dentro.

— Ainda não, tenha paciência que ela vai aparecer, ela é louca em pão de alho, como é churrasco com toda certeza ela foi comprar.

Ela sorria tentando me passar tranquilidade.
Pego o meu celular e observo o horário que falamos pela última vez, fazia exato quarenta minutos, não que eu fosse aquele tipo de namorado possessivo que a mulher não pode dar um passo sem eu saber, que fico como louco.
Eu estava somente preocupado, ela disse que não iria demorar e se ela foi pegar somente pão de alho já era para ela estar aqui, sabe aquela sensação de aperto no coração? Eu estou sentindo ela, eu não quero e não posso jamais a perder, eu a amo como minha vida.

Disco seu número em meu celular, acho que ligar para me acalmar é a solução, mas a chamada vai direto para a caixa postal, tento mais umas sete vezes.
Observo Jason se aproximar.

— Está tudo bem cara? - ele da o famoso tapinha nas costas.

— Não sei cara, Débora não me atende e isso está me assustando. - Disse olhando em seus olhos, eu só queria que ela passasse por essa porta, mas nada acontece.

— Quer ir atrás dela?
— Se poderia me levar para os mercados mais próximos daqui?
— Vamos sim, deixa só eu avisar Alice, para não deixar ela nervosa vou falar que vamos comprar algo.
— Beleza.
Meu amigo saiu em direção a minha irmã, ela concordou e deu um selinho nele, essa é a minha deixa para ir lá dentro e colocar uma roupa seca, vou ao quarto de hóspede que eu sempre fico, coloco minha roupa numa certa velocidade, eu estava muito preocupado com Débora.

Quando saio do quarto, vou ao encontro do meu amigo, ele pega as chaves e vamos em direção ao seu carro.

Assim quando chegamos ao primeiro supermercado que paramos vejo o carro de Débora, me da um alívio tão grande, vou atrás dela dentro do mercado, passo em todos os corredores, mas nada de achar ela.
Vou lá fora em direção ao meu amigo, vejo seu semblante preocupado.
— Cara fui perto do carro dela e as compras estão lá dentro. – Diz ele assim que eu estou perto o suficiente.
Droga, eu falhei com a segurança da minha mulher, eu sou um bosta, eu sabia que tinha um homem obsessivo atrás dela e nem me preocupei por causa dela não ter recebido mais ameaças.
Sinto uma lágrima descer pelo meu rosto.

— Calma, vamos achar ela.

— Eu estou com medo, se for aquele cara que batia nela?

— Vamos torcer para que não seja.

Quando iriamos sair dali, eu recebo uma ligação, nem olho o nome para saber quem é, minha esperança é que seja minha Débora.

Chamada On

— Alo.
— Daniel preciso de sua ajuda urgente. –ouço a voz de Suzany invadir meus ouvidos.
— Estou meio ocupado agora, a Débora sumiu, preciso ir, beijos.

Acabo desligando a chamada, mas vejo que ela retorna a chamada.

— Fale logo o que você precisa, caramba! – Disse meio grosso.

— Daniel eu e Débora estamos na mão dos ex namorado dela, eu estou correndo um grande risco de estar te ligando, mas eu sei onde estamos, ele me obrigou a vir dirigido.
— Onde vocês estão?
— Estamos meio longe, venha logo, por favor, eu preciso desligar ele está vindo, passo o endereço por mensagem.

Ela desliga e eu fico mais nervoso  do que eu estava, não estava somente meu amor em suas mãos, estava meu filho e a mãe dele, droga! O cuidado teria que ser redobrado quando fosse resgatar elas.

— Quem era? - Perguntou Jason.

— Suzany... Ela disse que está com Débora, num lugar onde o ex dela levou. Eu estou com medo cara, não envolve só minha mulher, envolve meu filho. Todo cuidado é pouco.

— Verdade, vou te ajudar nessa, vamos a polícia, ela vai me mandar o endereço por mensagem.

Assim partimos rumo a delegacia.

Chegando lá o delegado responsável hoje, era meu amigo de escola, conto toda a história, sinto o celular vibrar, e vejo que ela mandou o endereço.
Seguimos todos para lá, três viaturas da polícia e eu implorei para ir junto.
Eu precisava saber que a minha mulher e Suzany iria ficar bem, independente de qualquer coisa, eu já tinha perdoado a Suzy pela traição, eu hoje via aquilo como forma boa para que finalmente eu tivesse com a mulher que eu realmente amo.

Oro em silêncio.

Meu Deus proteja as minhas meninas! Que nada de ruim aconteça com elas.

Vejo Jason segurar em meu ombro tentando me passar segurança.

— Vai ficar tudo bem com elas, vai dar tudo certo, tenha fé, meu caro amigo.

— É o que eu mais tenho. Obrigado pela força cara, você é o melhor amigo e melhor cunhado que eu já pude ter na minha vida. Fico feliz que seja você ao lado da minha irmã.

A polícia avisa que está vendo uma casa de longe e que vai parar por ali para não levantar grandes suspeitas.

— Peço que vocês dois fiquem nesse caro e não saia por nada.
Concordei com a cabeça, mesmo sabendo que eu não faria isso.

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Olá amores, tudo bem?
Espero que sim, fiz esse capítulo para vocês e eu espero que gostem.

Comentem, votem e compartilhem.
Beijos,

Biah Gomes

Daniel - 2 Livro Da Série Coração Perdido.Onde histórias criam vida. Descubra agora