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02:46


















Um chão estrondante, gélido -, numa amargura sustentava um corpo espremido, contorcido de uma dor infernal e suas raízes se ofuscavam. As linhas de fogo iam de encontro a cada membro do corpo, estavam acessos.
Seus gritos eram ouvidos por qualquer um.

- Ajudem-me! - saiu por último um sussurro esmagado.

Sua garganta fechou e um olhar desesperador era fixado na parede.

A porta foi aberta para o lado e um homem alto se joga ao encontro de Kyle.
Ele a coloca na cama baixa e enclina a mulher a dizendo para respirar e expirar. Aos poucos sua respiração foi voltando ao normal.

O quarto era propositalmente iluminado.

- Kyle, tudo bem?! - A mulher permanecia com seu olhar baixo e tendo espasmos.

Stephen seguia seu ritmo lhe encarando, de joelhos meneia a cabeça.

Kyle vira a cabeça e os olhos vagarosamente.

Hesita e pronuncia baixo um "obrigada".

Strange balança a cabeça e encosta a cabeça dela nos travesseiros. Ajeitou com seu braço direito ficando bem perto de seu rosto.

Ele se afasta.

- Como está seus ferimentos?

- Doloridos. - resmungou franzindo as sobrancelhas.

Strange suspira e olha para baixo e se vira para sair, antes que abra a porta Kyle o chama.

- Ei! - ele vira um pouco, Kyle tem dificuldade de dizer - Por quê está me ajudando?

Ele ergue uma sobrancelha e a olha de soslaio.

- Descanse, Kyle.

Saiu do quarto fechando a porta.

Sem resposta.

Apenas um teto a encarando de volta e pontadas em seu abdômen.

Não se lembrava que levar pontos eram tão doloridos, os analgésicos não estavam mesmo fazendo efeito.

Sobre a estante do lado da cama havia um copo d'água mas a mesma estava impossibilitada de pegar tal coisa.

As gotas escorriam sobre o copo deixando o móvel úmido.

Dava para ouvir escorrendo.

Aquela angústia vinha novamente, uma forte dor no peito, falta de ar. Precisava controlar, não poderia gritar novamente. Até quando isso iria se repetir?

Ela se lembrou das instruções de Stephen Strange. Respira, expira.

Está funcionando.

.

Mamãe!

.

Acordada, e aparentemente sua faixa fora trocada enquanto dormia.
Ela se lembra de tê-lo visto com um pouco de sangue. Os pontos estavam se abrindo.

Isso não deveria acontecer.

Kyle desajeitadamente se senta. Sua dor era insuportável mas ela tinha que agir. Descobrir o lugar que estava sendo tratada e porquê?

Segurando a lateral da cama e com a outra mão em seu tronco, fazia caretas instantâneas para o ar.

- Droga.

O chão estava mais gelado do que antes e o relógio lhe dizia que era 08:00 horas.
Um pequeno raio de sol entrava nos rastros da janela, iluminava um pouco. A água que ela procurava não estava mais ali. Apenas a marca redonda do copo.

Parceira do Soldado InvernalOnde histórias criam vida. Descubra agora