No final daquela mesma noite cheguei em casa e me deitei no sofá, completamente desgastada. Um mês aqui e eu ainda não me acostumei com as ruas que me traziam de volta para o meu apartamento.
Eu já estava começando a achar que estou ficando azarada, mas desta vez posso ter plena certeza disso. Posso dizer até que seria questão de honra ter plena certeza! Que diabos de grande cidade é esta que não consegui achar um táxi livre?
Hoje foi o dia de pegarem no pé da Christine, só pode.
Mas tudo bem, consegui chegar viva até a metade do caminho de casa e andando com as próprias pernas; logo depois encontrei um táxi livre. O bendito táxi livre.
Larguei as minhas coisas em cima da mesa da cozinha e liguei para o pai. Fazia dias que não ligava para ele, e eu já estava com saudades. Até pensei em ligar para a mãe também, mas ela me enfurnaria de perguntas desnecessárias, como por exemplo, saber se eu já estava de namoradinho ou amiguinhas novas.
Não que eu não gostasse dessas perguntas, mas poxa vida, eu ficaria com vergonha em responder um simples, belo e redondo não. Então eu resolvi passar a ligação da minha mãe dessa vez. De novo.
Na conversa com o meu pai, eu contei tudo sobre a minha última semana. Dele eu não escondia nada. Na verdade, ele até sabia sobre o rito de passagem que me aguardava, e até me perguntou se eu estava muito nervosa. Respondi que não, claro, enquanto o ouvia gargalhar do outro lado da linha.
O meu pai sempre foi muito mente aberta com qualquer tipo de questão. Por causa disso, sempre o considerei como uma pessoa bastante jovial; muito diferente da minha mãe, e tenho certeza de que foi essa a questão para fazê-los se separarem.
Mas enfim.
Fui dormir lá para as três da madrugada. Me apeguei aos doramas coreanos e, infelizmente, isso está me rendendo há poucas horas de sono. No entanto, os três copos sucessivos de cappuccino e uma barra de chocolate pela metade em cima da cama, mostravam claramente o nível da minha preocupação.
[...]
A manhã seguinte foi simplesmente um tédio. Fiquei parte do dia deitada na cama e assistindo qualquer coisa, enquanto comia chocolate.
Após um dado momento, me levantei e fui revisar alguns dos meus trabalhos no computador. Alguns eram de suma importância, os da faculdade, enquanto outros, eram somente os meus passatempos - mas que também eram de suma importância.
Enquanto o tempo passava lento e eu olhava o relógio por um número incontável de vezes, acabei percebendo que eu estava nervosa. Todas as vezes em que parava e olhava para o nada, o meu coração começava a acelerar; meus músculos ficavam tensos e eu sentia os meus olhos marejarem.
Meus olhos sempre marejam quando fico nervosa, é assim desde criança.
Mas a causa por eu estar nervosa eu não sabia. Bom, talvez até soubesse, mas a minha mente implorava para não ser aquilo. Qual é, nervosa por causa de um trote na faculdade é pedir demais.
Ou será que não?
Fiquei sabendo pelas meninas - Nerds, claro - que o trote desde ano seria bem legal, uma coisa completamente diferente e divertida. Então por que eu estaria nervosa por causa disso? Só porque Hoseok iria participar? Não, não, não, claro que não. Eu nunca tive medo daquele idiota metido à valentão... está certo que um certo receio ou hesitação, mas medo não.
Olhei para o espelho que me refletia ao longe: pele pálida como a de um doente, cabelos sem vida, olhar cansado e eu estava comendo a ponta do lápis. Bem diferente da Chris lá do Texas, com os cabelos castanhos e brilhosos ao vento, o olhar que mais parecia o farol no meio da rua e o brilho gloss pingando nos lábios.
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DRY STYLE
Fanfic{FINALIZADA} Pense em um estudante de publicidade gato. Mas gato mesmo. Cabelos castanhos, olhar penetrante, roupas da moda e uma altura perfeita para beijar. Também tem o sorriso. Ah, aquele sorriso... Um sorriso que te deixa satisfeita. Ele é gala...