Propriedade particular

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Toda a vontade do mundo que poderia ter.

A força com que ele me apertava era mais do que eu esperava. Hoseok achava que eu poderia fugir. Desta forma, para mostrar a ele o quanto eu o queria, comecei a deslizar minhas mãos sobre seus ombros; de maneira forte, quase a tentar tirar sua blusa mesmo que fosse impossível. Comecei a puxar aquele pano, sentindo sua pele tão firme e seu corpo encostando-se ainda mais ao meu.

Desvencilhei nossas bocas por um curto espaço de tempo. Nós dois nos olhamos e eu esperei que Hoseok entendesse que eu queria mesmo.

Como estava com saudade dele, pelos céus.

O olhar de Hoseok estava tão concentrado e, ao mesmo tempo, distante. Eu me sentia daquela forma também. Queria dizê-lo algo, mas voltei a beijá-lo sem mais nem menos, nem pensei direito.

Também não pensei direito quando levantei uma das pernas e encostei em seu corpo, colei meu joelho rente a sua cintura. Consegui sentir que Hoseok sorriu entre o beijo; logo mais, ele tocou a minha perna e a segurou com firmeza. Prensou-a mais em seu corpo e eu gemi quando ele aproximou nossos quadris. Foi uma coisa tão gostosa que, embora já tivesse sentido daquilo na noite em que ele apareceu, pareceu ser minha primeira experiência. Não conseguindo segurar-me de jeito nenhum, apertei minha perna mais a seu corpo e juntei mais nossos quadris, fazendo com que um gemido baixinho saísse de minha boca e partisse o beijo. Mordi os lábios, enquanto Hoseok entreabria os dele e passava a me encarar com a maior cara de safado.

Ele sorriu novamente entre um segundo e outro, quase nada, e voltou a ficar concentrado. Eu continuei gemendo a parti dali, porque ele passou a prensar-me na parede com o movimento dos nossos quadris. Ao mesmo tempo em que ele passava a me machucar, eu só passava a desejar que ele me prensasse mais forte naquela parede.

―Ah... Hoseok. ― Gemi de novo, com a voz sôfrega, porque queria que ele soubesse o quanto eu gostava. O quanto eu gosto dele.

Hoseok não dizia nada. Ele encostou a cabeça abaixada em meu ombro e firmou os movimentos, tornando-os ritmados e me deixando quase louca para gemer seu nome de novo.

Consegui controlar à vontade, mas não meus gemidos desconexos. Desci uma das mãos pelo seu corpo, com destino incerto. Passei pelo tórax, barriga e desci até sua cintura. Apertei-o por ali, pegando aquela blusa dele e querendo rasgar por telepatia. Hoseok apertou mais a minha perna, posicionando-a melhor e voltando a impulsionar seu quadril contra o meu.

Ele deu um suspiro mais forte depois dessa. Levantou a cabeça e procurou pela minha boca de maneira rápida, eu prontamente o beijei. Naquele beijo, pude sentir o quanto Hoseok me queria também. Céus, e eu mal conseguia acompanhar o ritmo de sua boca, o seu beijo agora era mais profundo e rápido; quente, absurdamente envolvente para a minha falta de controle.

Em um dado momento, o nosso ato foi quebrado pelo próprio Hoseok. O beijo findou-se tal como ia sendo levado: rápido demais para que eu pudesse acompanhar também. A boca dele deixou a minha em uma mordida gostosa e doída ao mesmo tempo. Acho que Hoseok não notou ter me mordido tão forte, porque, por mais que a expressão que eu passei a fazer o notificasse de maneira clara, ele continuava a me olhar de maneira tão safada e concentrada que eu duvidaria que conseguisse formar uma ou duas palavras concretas.

A minha boca estava molhada. Molhada pelo beijo dele, e tudo que passei a querer foi a boca dele me beijando de novo. Céus. Pensando nisso, apertei-o outra vez com minha perna e puxei seu corpo com a outra mão para que pudéssemos voltar aquele beijo.

― Christine... ― Hoseok finalmente disse. Balbuciou, na verdade, quase não o ouvi. ― Espera, espera... ― continuou rápido quando eu quis voltar à beijá-lo. O meu desejo era tanto que nem me importei ao ver aquele sorriso orgulhoso brotar de seus lábios, só o puxei novamente.

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