Cap.18 - Proteger

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Texto com Hunter:
A cena era surreal de se assistir. Amargedon lutava contra um leão que estava sobre o controle de Maxwell, e para proteger a Black Lotus! Eu nunca imaginei isso...

Escutei um gemido baixo e dolorido, seguido de um cheiro doce de flores; estava fraco, porém, ainda era possível sentir de onde vinha, logo comecei a andar em certa direção.

Miguel: Hunter! Aonde você vai? Temos de ajudar o Amargedon e a Black!

Eu: aposto que vocês conseguem conter o leão. Tenho de fazer uma coisa.

Me distanciei do lugar e logo meu andar virou uma corrida. Eu corria pela terra seca e enlameada que tingia meus pêlos cinzas de marrom, eu seguia inconsciente de meu destino, até que escutei o gemido dolorido novamente, estava mais alto porém mais fraco, seguido de uma risada sádica que aparentava estar cheia de prazer.
Parei no topo do pequeno morro e o que vi me encheu de uma raiva inexplicável. Havia um grande elefante negro, e ele(a) torturava uma loba pequena de aparência jovial, ela não deve ser totalmente crescida. O elefante jogou a pobre loba no chão e pôs um de seus grandes pés nas costas dela, a presionando com força e lentidão contra o chão. A loba gemeu de dor, desta vez mais alto por conta da pressão; ela estava com as garras fincadas na lama, tentando sair do domínio do animal que deve ter, mais ou menos, vinte vezes seu tamanho.

Eu: EI! SEU BALOFO ASNO! -- grito chamando a atenção do elefante.

Elefante: olha só, queridinha, o príncipe encantado veio lhe salvar. Pena que vai terminar esmagado, do mesmo jeito que você  logo vai ficar -- pela voz do animal, é uma fêmea.

Eu: solte ela.-- eu estava inconscientemente andando em direção a elefanta, noto meus pêlos se tornando eriçados mesmo com a grande quantidade de lama e chuva ácida neles.

A elefanta tirou sua enorme pata de cima da jovem loba e veio andando até mim, botando força e peso em seus passos, permitindo que o solo tremesse a cada pegada sua marcada na lama.
Meus pêlos ficavam cada vez mais eriçados, era inevitável, e do nada a elefanta me golpeia com sua poderosa tromba, me jogando no chão um pouco distante.

Elefanta: você é patético.-- Ela voltou a andar em minha direção, mas ela não notou que seu golpe apenas me ganhou mais tempo.

A distância, pode se ouvir o trovejar dos trovões ficando cada vez mais forte. Logo, um trovão surgiu em meio a chuva ácida, acertando bem ao lado da elefanta.

Elefanta: mas o que...-- ela olhou pra mim -- é você que está fazendo isso.

Eu abre um sorriso ladino em meu focinho.

Eu: até mais.

O maior trovão que consegui fazer com minha pouca energia acertou a elefanta, a descarga elétrica durou exatamente um minuto, quando cessou, a elefanta estava mais negra que antes e saia fumaça de seu corpo junto a um cheiro de queimado.

Elefanta: des...graçado -- seus olhos se fecharam, suas pernas fraquejaram e seu grande corpo despencou com tudo no chão, fazendo a terra tremer com tamanho impacto.

Fui até a pequena loba, ela estava ferida e fraca, provavelmente com alguns ossos quebrados mas não muitos. Ela ainda tentava levantar, mas a lama e a dor a impediam e ela caiu novamente na lama.  

Eu: não se esforce. --  a peguei pela nuca com o maior cuidado do mesmo jeito que se pega um filhote, a tirei do chão e soltei.

Antes dela cair no chão, e me pus debaixo dela a fazendo ficar deitada em minha garupa, ela gemeu baixinho de dor.

Eu: desculpe, mas foi a forma menos dolorosa que encontrei. -- ela não me respondeu, apenas me olhou e balançou a cabeça de leve num sinal de positivo.

The Last Wolf Vol.2: Herdeira das Trevas *Concluído* Onde histórias criam vida. Descubra agora