Capítulo 26

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(Sarah)

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(Sarah)

Minutos depois

Mais uma noite no hospital com minha irmã em observação. Mais uma noite no mesmo hospital, na mesma sala de espera, olhando para a mesma janela de vidro, para o mesmo jardim, para o mesmo estacionamento... Mais uma noite em que Levi invadirá meus pensamentos por horas e eu vou ter que sofrer com sua imagem.

Uma imagem que, por um mês, foi boa. Que me fazia sorrir sempre. No passado. Seis meses atrás.

E agora tudo o que eu quero é que ela suma de uma vez por todas. Que desapareça da minha mente e não volte nunca mais para me encontrar. Aliás, meu desejo é que não apenas sua imagem suma, mas ele também.

Fecho os olhos e levo uma das mãos à testa.

— Sarah! — Ouço a típica voz preocupada de Ítalo. Enquanto estávamos a caminho do hospital, lhe avisei que Safira havia passado mal de novo.

Levanto rapidamente do sofá e ele me ataca em um abraço apertado, mas curto.

— Como ela está? — Pergunta assim que me solta.

— O médico passou remédio pra dor, pra variar!

— Mas como foi isso? Ela desmaiou outra vez? Ela caiu? Se machucou? — Pergunta.

— Estávamos conversando no quarto e eu a abracei. Foi quando a ouvi gemendo, então afastei-a de mim e ela fechou os olhos, fazendo uma careta. Quando fez isso, eu já imaginava que iria desmaiar, porque você sabe... Sempre que as dores vêm muito fortes, isso sempre acontece! Mas dessa vez foi tudo muito rápido! Ela não me respondeu, nem sequer disse nada! Só sabia que estava doendo porque ela gemia muito! Enfim... Ela caiu em cima da cama e eu chamei papai. Quando chegamos ao carro, ela já tinha ficado inconsciente.

Ítalo começa a passar a mão na barba baixa e encara o tapete.

— Essas dores me preocupam! Já se passou muito tempo e acho que ela não deveria mais estar sentindo sequelas nenhuma!

— Penso o mesmo!

— Onde ela está?

— Está dormindo. O médico disse que é melhor que passe a noite em observação. A pressão estava muito alta!

— Mas foi mais grave dessa vez? O que mais ele disse?! — Pergunta.

— Que talvez ela sinta as sequelas pra sempre, se não fizer cirurgia. — Respondo, olhando para baixo.

Ítalo franze as sobrancelhas e vejo seus olhos encherem-se de lágrimas.

— Ele nunca tinha falado de cirurgia nenhuma! — Passa as mãos na testa.

Respiro fundo e assinto com a cabeça.

— Ele disse que quando decidiram tirar os sedativos dela, o cérebro já tinha desinchado muito e que, por isso, chegaram à conclusão de que talvez não sofresse nenhuma consequência, mas ultimamente ela tem forçado muito a mente pra conseguir lembrar do passado, e isso os fez chegar à conclusão de que ela vai sentir as mesmas dores sempre que tentar, por conta do coágulo. Então ele sugeriu a cirurgia para fazer a retirada, mas disse que não precisamos nos preocupar, porque é simples e eles estão bem esperançosos de que depois disso, tudo vai voltar ao normal. — Concluo, então Ítalo vira de uma vez pra mim e arregala os olhos.

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