Love me harder

779 56 24
                                    

A

Acordei com os beijos de Callie nas minhas costas, sorri de imediato com o toque. Suspirei.  Sempre que acordava com Callie a meu lado era como se tudo estivesse em perfeita harmonia. Nós estávamos em perfeita harmonia apesar de tudo ao nosso redor está uma bagunça. Calliope tinha entrado numa luta na justiça para conseguir a guarda de Mariana e sempre estava muito cansada mentalmente com toda a pressão não apenas da própria mídia que mesmo que tentássemos abafar o máximo possível com todos os contatos que Catherine tinha eu pedia que ela pudesse me ajudar, mas de fato estava sendo impossível. Jornalistas são como abutres. É difícil dizer isso, pois eu mesma tenho essa sede de saber a verdade, mas acho que muitos exageram. Quando veem o corpo estatelado no chão depois de um terrível acidente vão lá tirar foto e revelar “Acidente terrível acaba em tragédia e morte” a podridão estava em todo o lugar, mas no jornalismo era quase como um ato de desespero de quem ia conseguir publicar aquilo primeiro. Eu e Callie ainda mantemos nossa relação longe de todos os flashes e eu me sentia melhor considerando a minha missão secreta com Catherine talvez ser perseguidas por paparazzis não era uma boa ideia no momento.

- Bom dia… - Ouvi a voz de Callie no meu ouvido relembrando que a mesma tentava me despertar com leves beijos. Gemi com o contato. - Hm…acho que alguém está com preguiça hoje.

- Você sempre é a que demora pra acordar. - Virei-me me aninhando em um abraço e cheirando seu pescoço deixando ali alguns beijos e arrepios vindo do corpo de Callie. -

- Desse jeito não sei se vou conseguir me levantar daqui.

- É hoje?

- Sim...estou nervosa.

- Que horas?

- A audiência é as 19h, mas me encontrarei com minha advogada às 14h.

- Vai dar tudo certo, Calliope.

- Não sei...estou com medo da minha prima usar algo do meu passado para dizer que eu seria uma péssima mãe.

- Callie, o que o passado tem a ver com o que é agora? Você é uma mulher adulta e responsável.

- Eu fiz tantas besteiras no passado, Ari. E minha prima sabe disso.

- Ah não ser que você tenha matado alguém, não vejo o que tão de ruim que você tenha feito.

- Coisas muito pesadas para simplesmente fazerem parte de nossa conversa leve nesta manhã. - Sentei-me de pernas cruzadas na cama e encarei Callie. - Ei...volta aqui… - A mesma puxava meu corpo de volta. - O que foi?

- Conte.

- Ah não...porque?

- Porque eu quero saber, você não precisa ter medo do seu passado, Callie. Eu não tenho medo eu quero saber. - A mesma suspirou e ficou de frente de mim na mesma posição. -

- Eu só desde os quinze anos fazia coisas digamos bem...um tanto fora do padrão.

- Ah não venha com essa de eu transei com muitas pessoas e me embriaguei, acho que a maioria dos jovens fizeram algo assim, é tipo um rito de passagem para adolescência “viver intensamente” e começar a experimentar coisas do mundo adulto por curiosidade.

- Então você era dessas carpe diem?

- Não, na verdade meu irmão morreu com 21 e eu tinha 17 então não estava nenhum pouco afim de viver e eu achava a vida bem filha da puta por tirar meu irmão de mim.

- Você não tentou se…

- Ah não...eu ainda por cima era muito covarde para sequer conseguir tentar fazer isso. Eu só ficava ouvindo músicas tristes e chorando o dia inteiro no meu quarto.

FamousOnde histórias criam vida. Descubra agora