Bad reputation (Parte 2)

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C

- Chamamos aqui o professor da senhorita Torres no período em que estava fazendo sua graduação. - Quando o homem entrou meu coração paralisou. Ali estava a pessoa que eu não gostaria de ver hoje. Riley sorriu para mim. O homem estava igual desde a última vez que o vi. Talvez tenha envelhecido um pouco, mas pouco se notava. Sentou-se, fez o juramento e assim iniciou-se. -

- Riley Andrews, conte-me sobre como era Callie durante a faculdade.

- Me desculpe vossa excelência relevância? - Disse a senhorita Carter. -

- Negada, por favor prossiga senhor O'Malley.

- Obrigada vossa excelência. Por favor...senhor Andrews.

- Bem...Callie era uma ótima aluna. Não me espanta o fato dela ter ganhado tanto sucesso, ela sempre foi muito talentosa. Eu tive o prazer de conhecê-la melhor não é mesmo Calliope? - Abaixei a cabeça querendo me enfiar num buraco. Ouvi o sussurrar da senhorita Carter me questionando do que aquilo se tratava. Estava tudo acabado. Era o que eu queria dizer. - Além de ser uma ótima aluna Callie é uma excelente parceira. Se é que me entendem. Nos divertimos muito nas horas vagas. Eram horas e horas de diversão.

- Está me dizendo que você e a senhorita Torres possuíam uma relação fora das salas?

- Sim...mas nada sério, apenas aproveitamos o tempo juntos, usávamos algumas coisas para animar é claro.

- Como o que? O senhor está querendo dizer que usavam drogas? - Cretino, cretino, cretino. George O'Malley é um cretino. -

- Sim! Callie sempre tinha de tudo. Nós a chamávamos de Callie Festa. Ela era mesmo a própria festa.

- Ela vendia drogas?

- Ah não! Ela dizia que não precisava, ela fazia melhor. Ela e a namorada, Erica que sempre faziam festas bombásticas com diversas pessoas.

- O que quer dizer com "festas"?

- Sabe o que dizem né? A propaganda é a alma do negócio. E todos falavam do negócio da namorada de Callie, mas por causa da propaganda. Quem comprava com Erica por vezes tinha a sorte de estar com a linda Callie Torres. - Meu corpo deslizava pela cadeira, mas travei num ponto para que eu não caísse. Olhei para a direção de Arizona. Ela prestava atenção. Parecia neutra. Ela disse que não tinha medo do meu passado. Será? É claro que eu não me orgulhava de nada disso. E saber que meu pai, minha namorada e até talvez minha filha esteja ouvindo isso sobre mim me deixava sem chão. Ao menos a audiência era fechada. Imagina se algum jornalista ouve isso? -

- Você quer dizer que Callie se prostituía de graça é isso?

- Isso lá existe? Eu disse que ela se divertia. Callie era uma pessoa divertida.

- Vossa excelência...relevância?

- Aceito, onde quer chegar com isso senhor O'Malley? Se o júri descobrir que isso é algum tipo de vingança pela relação que a senhorita Torres teve com o senhor no passado o senhor será acusado de difamação.

- Não vossa excelência. Eu jamais faria algo assim. Eu quero mostrar que não há cabimento em dar a responsabilidade de uma criança indefesa na mão de uma pessoa completamente desequilibrada. A senhorita Torres sempre foi assim. Ela se irrita facilmente. Perde o controle. Justamente pelo fato de eu conhecê-la bem posso afirmar que seria um erro tremendo dar uma criança para alguém tão mentalmente instável. Ela nem sequer pode escolher com quem se relacionar. Uma hora se relaciona com homens outra mulheres. Como uma criança pode crescer com alguém assim?

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