Sem medo de amar

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Depois de meu avião pousar em NY eu percebi que não tinha nem ideia de onde os pais de Arizona moravam, nem sequer sabia a região. Liguei para April que era a única pessoa que eu tinha certeza que teria essa informação. A mesma ficou um tempo tentando me convencer a voltar e deixar a loira em paz, mas depois de muito convencê-la ela acabou me dando o endereço. Assim que consegui eu peguei um táxi, mas decidi ir para um hotel mais perto e visitá-la pela manhã. Já era tarde da madrugada e eu não achei pertinente da minha parte ir visitar ela na casa dos pais no meio da madrugada. Fiz check in no hotel e subi o elevador. Algumas pessoas que me viram e claro que me reconheceram, pois eu não estava disfarçada, elas me encaravam com pena. Obviamente todos já sabiam do que havia acontecido nesta noite umas horas mais cedo. Já deveria ter passado nos jornais de todo o país. Infelizmente, eu teria de carregar o nome do meu pai. Não era algo no qual eu me orgulhasse, mas era o que eu tinha no momento. Decidi então apenas ir direto para a cama sem olhar o celular ou noticiários. Depois de um banho, deitei e dormi feito uma pedra. Estava fisicamente e mentalmente cansada. Só acordei com o despertador, às 8 em ponto como eu tinha colocado para que eu pegasse Arizona em casa. Ela não estava trabalhando, logo não teria porque estar fora antes das 8. Tomei um banho e me arrumei, fiz uma leve maquiagem pra esconder a cara de cansaço e fui vê-la. Assim que encarei a porta cor verde escuro meu coração acelerou, como se eu nunca tivesse visto Arizona, como se fosse nosso primeiro encontro. De fato, era a primeira vez que eu poderia conhecer os pais dela. E de quebra eles saberiam quem eu era. Toquei a campainha e aguardei. A porta abriu-se e vi a imagem de uma senhora muito parecida com a minha loira, só que anos mais velha. Ela sorriu empolgada com a minha presença.

- Bom dia - Eu disse um pouco sem jeito. -

- Bom dia, meu Deus! Isso só pode ser pegadinha! Daniel! Venha cá, já! - A senhora gritava com empolgação, a espera do tal Daniel, que eu acreditava ser o pai da loira. O senhor apareceu ao lado da mulher mais velha e quando me viu sorriu em empolgação. -

- Meu Deus! Você é mesmo ela? Callie Torres, está na minha porta! - Eu sorri ainda desconcertada. -

- Eu sou a Barbara e este é o Daniel, é um grande fã seu!

- Eu adoro aquele drama médico que você participa, acho que a Luiza tem que ficar com o Gary e não com o babaca do Sam, ele traiu ela, ela não pode perdoar este imbecil. - Agora eles falavam sobre como minha personagem tinha que escolher o amigo colorido dela ao em vez do marido traíra. Eu não sabia muito bem o que dizer, mas já estava me preparando para falar sobre Arizona e se ela sequer estava ali, quando ouvi a voz dela de fundo. -

- Ei, com vocês estão falando ai ein?

- Filha, você não vai acreditar! - A mulher virou em direção a o que acredito ser onde estava Arizona, mas ela não me via e nem eu conseguia vê-la com os dois na porta. -

- Não mesmo, aquela atriz! A que eu falei que é muito linda! - Arizona apareceu na porta no mesmo instante. E trocamos olhares por alguns segundos. Eu apenas pude sorrir. -

- O que faz aqui? E como é que me encontrou?

- Vocês se conhecem?

- É uma longa história, mamãe!

- Sim, nós nos conhecemos, se a senhora me deixar entrar eu conto tudo!

- Mas é claro! Venha!

- Não seja boba, Calliope você não tem tempo para ficar contando histórias. - Barbara me puxou para dentro da casa e apontou para o sofá de cor cinza. -

- Você aceita um café, chá, suco ou que desejar?

- Café, sem açúcar, por favor.

- E uns pãezinhos! - Eu ri de sua gentileza. -

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