IV

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A sensação de adrenalina ainda era a mesma, sempre seria

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A sensação de adrenalina ainda era a mesma, sempre seria. Zayn acelerava o carro, fazendo da via principal uma pista alucinada de uma corrida que não prometia acabar bem, considerando é claro que o carro preto que nos seguia, não parecia disposto a desistir.

-Tem uma arma? -Pergunto, vendo o moreno apontar para o porta luvas rapidamente, checando pelo retrovisor o quão distante estávamos do outro carro. -Temos que sair de vista Zayn.

-O que acha que eu estou tentando fazer? -Ele pergunta grosso, trocando a marcha do carro e virando uma curva fechada, entrando numa rua desconhecida, fazendo meu coração disparar ainda mais, se é que era possível.

-Quer matar a gente? -Pergunto enquanto ele derrapa na estrada de terra que pegara. -Droga. -Falo baixo, abaixando a janela do Jaguar e soltando-me do cinto.

-O que pensa que vai fazer? -Zayn questiona e suspiro.

-Me segura. -Peço, não lhe dando tempo de pensar, esperando mesmo que ele me desse a segurança que pedi, coloquei meu tronco para fora do carro, apontando a arma para aquele que nos seguia, tentando em meio à tudo isso me focar no que tinha que fazer, era só atirar no pneu.

Só atirar no pneu, pensei.

Um, dois, três. Pow.

-ISSO! -Zayn gritou quando o carro atrás de nós perdeu o controle, o pneu furado levou o carro em direção ao campo vazio que tinha ali, não capotou, mas eu também não esperava grandes finais, só queria proteger a vida do homem ao meu lado, isso me bastava. -Isso! -Ele repete, não deixando de demonstrar o quanto a adrenalina o enchia de energia.

-Tenho uma mira boa. -Afirmo e ele sorri para mim, parecendo não acreditar no que tinha acabado de acontecer, mesmo que provavelmente já tivesse visto algo parecido antes. -Mas, acho que você precisa jogar seu celular fora, podem estar rastreando você. -Falo, pronta para pegar o aparelho, mas ele nega imediatamente.

-Não preciso não, você vai cuidar dos problemas que aparecerem no caminho, não vai? -Sua questão viera direto, quase como se ele não precisasse de tempo para pensar ou como se de fato sua vida dependesse exclusivamente só de mim.

-É impressão minha ou você quer que algo aconteça com a gente? -Pergunto cansada e ele dá de ombros. -Eu não gosto de sua fome por perigo.

-Não fui eu quem dei uma de zero zero sete, colocando meu corpo para fora do carro em alta velocidade e atirando no pneu de outro. -Ele diz debochado, um tom que podia notar em tão pouco tempo que ele gostava muito de usar.

-Eu acabei de salvar a sua vida, preciso te lembrar disso?

-Quer que eu fale que estou te pagando para isso? -Ele provoca e sorrio enquanto coloco meu cinto de volta, tendo a oportunidade perfeita de lhe devolver o fora que me dera antes.

-Falou o cara que ficou ofendido quando eu disse que pessoas o protegem pelo que ganham. -Falo e ele arrasta os dedos pelo barba crescida, engolindo suavemente o que eu dissera.

Dangerously In Love • ZAYNOnde histórias criam vida. Descubra agora