Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Ouvia um som estridente dentro da minha mente, era como se tudo me levasse pra mais longe e eu não conseguisse sair, seja lá de onde eu estivesse, era doloroso, sentia cada parte minha doer com tanto fervor que eu queria gritar, mas também não era capaz disso, sentia minha audição buscar pelos passos que pareciam se aproximar, me sentia inquieta e desprotegida.
-Ela vai ficar bem? -A voz estava distante, mas chegara até mim, podia sentir seu tom preocupado e impaciente, incomum.
Era Zayn.
-Sua amiga precisa ir para o hospital Sr. Malik, não posso lhe dar qualquer diagnóstico assim, ela precisa de exames para que eu possa ser preciso. -O aviso dado vem com a negação imediata. -Farei o possível pra que tudo fique bem. -A resposta parece ser usada na intenção de acalmar seu ouvinte, Zayn não parecia saber lidar com a pressão, e eu o entendia.
-É uma exigência que tudo fique bem, não há meio termo, dê um jeito! -Zayn diz com raiva.
-Za.. -Seu nome se perde em meus lábios, parecia difícil falar ou chamar por ele, e isso me fez entrar em desespero, porque eu não conseguia me livrar dessa sensação horrível?
-Allie, não faz isso. -Mãos suaves tocam meus braços, me segurando mesmo que eu não sentisse qualquer movimento de minha parte. -Está tudo bem, se acalma.
-Eu... -As palavras morreram em minha boca, eu não sabia bem o que dizer.
-Vou buscar os remédios. -Somos avisados e enfim ficamos sozinhos no quarto.
-Merda. -Zayn diz baixo. -Você está tremendo, respira Allie, está tudo bem, vamos, coloque o ar em seus pulmões e o expire devagar, essa sensação é o seu corpo reconhecendo o trauma, mas você está em segurança agora. -Ele diz e sinto sua respiração próxima ao meu rosto, sendo mais enfático para que eu o imitasse. -Isso, devagar. -Meu coração encontrou um ritmo e senti-me melhor, por um instante reconhecendo a atitute gentil do outro. -Consegue olhar pra mim? - Fiz todo o esforço possível e consegui abrir meus olhos, encontrando um Zayn exausto e com resquícios de sangue em sua social branca.
-O que aconteceu? -Questionei, ciente de que não queria informações, eu não queria lembrar do que houve na perspectiva dele, mas também não sabia o que perguntar.
-Isso não importa agora, você precisa se recuperar primeiro. -Ele indica o que faríamos calmamente. -Quero que me diga como se sente, onde dói. -Suas instruções soam como uma ordem, mas não consigo me concentrar nele por mais tempo.
-Tentaram me matar. -Sussurro, sentindo-me também aérea, pensando que dessa vez o alvo fora eu e não alguém que precisava de mim, como isso foi acontecer? Quando foi que eu ganhei inimigos assim? Tão subitamente.
-Allie, só escuta minha voz e esquece o que houve, onde dói? -Sus insistência me traz de volta ao assunto.
-Minha cabeça. -Reclamo e ele assente. -Meu corpo.
