[P O V P A R K J I M I N]
Não tenha medo da morte.
Não tenha medo que arranquem o seu coração.
Você não precisa.
Se alguém viesse agora, se levasse o seu coração, se o arrancasse, o que seria que viria em sua mente?
Não pense!
Só admita...
Não se sinta mal se você não tiver lembrado os seus entes mais queridos, ou o seu namorado ou namorada, ou o seu noivo ou noiva, ou os seus amigos. Não faz mal se tiver lembrado de você mesmo. Não faz mal se não lembrou de seu cachorro ou de seu gatinho, ou se lembrou. Não vai fazer mal se você tiver lembrado um momento de outro alguém, mas que você observou e lhe tocou tanto.
Está tudo bem sobre o que você lembrou, seja o que for.
Mas, se lembre, se você lembrou disso, enquanto sua vida era tirada de você, é porque isso significou algo para você. Talvez por ser recente, talvez por ser uma memória tão boa, ou tão ruim, mas seja como for ela envolveu o seu sentimento. Se calhar você não se deu conta como uma coisa simples te faz sentir tão bem, ou tão mal.
Mas, seja como for, não se culpe sobre isso.
Não se culpe sobre a vida, não tenha medo do que ela lhe trás, de como você a enfrenta ou de como você a leva.
E se algum dia se sentir culpado sobre ela, finja que acredita que tem algo a tomando como sua, a levando nessas paragens. E se você realmente acreditar, é mais fácil para você.
Ouça. Provavelmente, você nunca pensou sobre isso e talvez seja uma comparação ruim...
A vida é como um ónibus.
Você começa lá no início da linha, começa andando devagar, com a sua preguiça, tomando o seu tempo.
E depois você toma um ritmo, para onde tem de parar, deixa ir quem tem de ir e deixa entrar quem tem de entrar.
E quando você está chegando ao fim... Você se cansa e provavelmente não tem muita gente com você, mas não está sozinho. Está cansado.
Chegou ao fim da linha.
Se você tivesse que voltar para trás, se você pudesse repetir o caminho, tantas vezes quanto as voltas de um ónibus, você faria ao contrário?
Só admita, você não pode mudar... Não pode mudar nada.
E quando eu pisquei os olhos, tão devagar, eu sabia que não havia nada que eu pudesse mudar depois daquilo.
E eu não estava com medo.
O celular de Jungkook foi a primeira coisa que chegou aos meus dedos, quando eu me estiquei na cama para o alcançar, pressionando o botão no fim da tela e vendo a mesma ganhar brilho gradualmente.
Aquele fundo azul ainda me deixava perplexo, porque era estranho que Jungkook não tivesse nada como papel de parede do seu celular e usasse um dos temas do mesmo, mas mesmo assim eu me concentrei em verificar as horas.
Porque tinha passado um tempo, eu sabia que sim, sabia que tinha passado tempo demais, estava ciente disso, mas isso não quer dizer que eu estivesse com medo das consequências.
Não tinha como eu dizer a Jungkook quando nos veríamos novamente, não tinha como eu saber, porque aquela vez soava tanto a despedida que até ele estava sabendo. Eu não podia lhe dizer, e ele sabia disso, sabia tão bem.
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It Ain't My Fault [jikook/kookmin]
Fanfiction[C O N C L U Í D A] Ao conhecer Jeon Jungkook, Park Jimin não esperou que apenas uma hora depois ele já não fosse mais o mesmo, passando de um bom marido a um traidor.