(81) Jeon Jungkook

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[ P O V    P A R K  J I M I N]

"Você tem a certeza de que não quer ir para outro lugar?" Jungkook perguntou, sentado ao meu lado nas escadas da frente da casa da minha mãe, mesmo em frente à porta, com um braço sobre os meus ombros e o olhar sempre atento por cima dos dele.

E eu voltei a acenar, pela segunda ou terceira vez, e então ele me apertou mais contra si e sabia bem, porque era disso que eu precisava.

"Ontem estive de novo com o advogado."

Ontem.

Faziam quatro dias desde a notícia, faziam quatro dias desde que Jungkook queria ter vindo, mas não o deixei.

Combinamos esse fim de semana, sem ninguém ter que fugir ao trabalho, e como verdadeiros adultos civilizados resolvemos a nossa discussão sobre Kim Taehyung: não mencionamos.

Eu não contava a minha vida a Kim Taehyung, e mesmo que eu contasse não teria problema em Jungkook saber dela, afinal eu tinha uma vontade insana de saber da dele também.

"O que ele disse?"

"Diz que os dois temos boas chanches de ganhar a guarda dela, como se fosse um empate, afinal os dois temos um bom trabalho, um bom sítio onde ficar e Yang Mi não reclamaria de nenhum dos dois." Eu expus, honesto, porque era a verdade, mas a verdade é mais cruel. "Então ele sugere que eu comece a procurar podres de Taemin, porque é isso que ele fará comigo." Continuei. "E mesmo que ele não faça, o que ele fará, porque Taemin joga sujo, assistentes começarão a vir nas nossas casas, avaliar-nos e eu não quero isso para Yang."

"O que ele pode ter contra você, anjo?" Perguntou, incerto, e eu encolhi os ombros.

"Você." Eu disse, sem piedade. "Você, Jungkook. Para ele você é só um caso que destruiu o nosso casamento."

"Deixe a minha equipe ajudar."

"Não, nem pensar." Recusei de imediato. "Ele não sabe quem você é ainda e eu preferia manter desse jeito. Isso seria pior."

"É uma equipe grande, Jimin, com certeza eles iria-"

"Já tenho um advogado." O cortei por ali, apoiando a minha cabeça no seu ombro e pousando a minha mão nas suas pernas.

"Sete ou oito cabeças pensam melhor do que uma."

"Jungkook..." Eu murmurei, calmo. "Por favor."

"É como você quiser." Ele desistiu então. "Mas se as chances de você perder Yang Mi aumentarem então eu não vou ficar quieto."

É como alguma vez alguém disse: nada antes do mas interessa.

"Não sei o porquê disto." Eu resmunguei então, inconformado. "Ele disse-me que sabia há algum tempo, ele me disse todas as coisas, para no fim fazer isto?" Eu ajeitei-me, apoiei os cotovelos nos joelhos, afastei os cabelos para trás, chateado. "Pensava que tinha feito as coisas corretas."

"Jimin..." Ele parecia inconformado da mesma forma, segurando a minha mão entre as dele e fazendo carinho nelas. "Ele não vai levar Yang de você. Você é o que a Yang mais ama neste mundo."

"Eu sei, eu sei, eu só..." As minhas mãos correram para esfregar as minhas pálpebras e bochechas. "Tenho medo, tenho tanto medo." Admiti. "Não sei mais quem Taemin é, do que é capaz."

Jungkook suspirou, mas logo depois o seu corpo ficou tenso ao ouvir o som da porta atrás de nós ser aberta, fazendo nós dois a olharmos.

Antes que a minha mãe pudesse dizer alguma coisa, ou eu, ou Jungkook, Yang Mi saltou do colo da avó para o chão e jogou-se nos braços do Jeon, abraçando os seus ombros e depois passando as pernas para o colo dele.

It Ain't My Fault [jikook/kookmin]Onde histórias criam vida. Descubra agora