Significado do dicionário:
1. que está ou parece estar em posição oposta à normal;
2. que retornou ao ponto de partida;
3. que voltou a ser aquilo que era.
Play na música quando quiserem, porque o capítulo pede, pede muito, esse sofrimento em forma de hino. Ouçam a vontade o ícone Camila Cabello!!
XXXXX
Uma semana - e meia- havia passado. Mas na cabeça de Juliana já fazia meses que não via sua irmã. O tempo para ela tinha um peso muito maior. O peso da dor. Da angústia. Da espera. O peso de não saber quando irá encontrá-la e se realmente isso irá acontecer. E o pior peso. O da impotência. O de colocar na mão do outro a tomada de decisão. Nesse caso específico. Tudo estava nas mãos de Maria Luisa. Ela só precisava ligar o celular.
Mas o aparelho não estava com ela. Estava com Carlos. Aguardando o momento exato de devolvê-lo a dona.
Voltando a loira, ela estava sentada em seu novo local preferido, com seu novo companheiro preferido. Na varanda com um copo de alguma bebida destilada. Vinho. Uísque. Vodka. O que ela encontrasse primeiro.
- Juliana – a voz do moreno ecoava pela casa a procura dela.
Ele tinha acabado de chegar do trabalho, apesar de não precisar mais do emprego, pois sua vingança já estava quase encerrada, e ele tinha dinheiro o suficiente, pela pensão do pai, e por sua própria economia, ele insistia em ir. Primeiro porque tinha informações privilegiadas sobre o andamento da investigação contra Carlos. A polícia já havia vasculhado a casa dele, o escritório e a empresa. Já haviam espalhado ordem de busca por todo país, e pela fronteira. Segundo porque ele amava a profissão que havia escolhido. Não trocaria a promotoria por nada. Talvez por algo que pudesse utilizar armas, mas isso não o impedia de treinar. Como ele havia feito hoje após sair mais cedo do trabalho.
Mas retornando a casa. Ele sabia que a loira estava na varanda, na mesma posição de todos os dias. Sentada no chão, o diário que ela havia feito no colo, e um copo de bebida nas mãos. Ele só a chamava torcendo para que ela gritasse em resposta de outro cômodo da casa e ele suspiraria de alivio. Mas isso não acontecia há uma semana.
- Trouxe comida pra gente – ele apareceu na varanda e ela tomou um susto e fechou a expressão para ele.
- Não estou com fome – seu olhar voltou para o diário em seu colo e quando ela ia dar mais um gole na bebida, o moreno tirou o copo de sua mão.
- Já chega, não? – ela revira os olhos e suspira.
- Depende, você encontrou minha irmã? – o moreno negou com a cabeça e ela enteou pegar o copo de volta.
- A polícia está procurando Carlos, estava conversando com a Elizabeth e ela acredita que em pouco tempo ele vai ser encontrado – a loira mantém o olhar nele, ainda com raiva.
- Tô pouco me fodendo pro Carlos, quero saber quando vão encontrar minha irmã - o moreno suspirou se abaixando próximo a loira.
-Se encontrarem ele, consequentemente, encontram ela – o moreno acaricia o rosto da loira – E você precisa estar viva e bem para quando isso acontecer.
Juliana o encara e se afasta.
- Estou ótima, não está vendo? – ela aponta para si mesma, com a mesma roupa desde que ele saiu e na mesma posição.
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Coração de pedra
FanfictionÉ quase uma roleta russa, em que a dor é a motivação para o dedo pressionar o gatilho, quem vai sucumbir e soltá-lo primeiro? Então simplesmente, aperte o gatilho.