Segundo Einstein o tempo é relativo. Caitlin achava que o tempo só poderia estar brincando com sua cara, à noite anterior havia sido um desastre catastrófico, Barry já havia lhe ligado diversas vezes e ela apenas o ignora-la, queria ouvir a voz dele, mas sentia que se fizesse isso acabaria desabando. Clarissa ainda não havia batido em sua porta, o que era um pequeno milagre já que a mulher sempre tentava controlar a situação. Clarissa tinha o dom de acalmar até a pior das catástrofes, um furacão diminuiria sua velocidade apenas ao olhar dela.Já Martin, Caitlin sabia que ele tentava ao máximo ser um bom pai, mas às vezes vacilava um pouco. Ele já havia batido em sua porta incansavelmente, buscava uma resposta para o que estava acontecendo, sobre a parcela de culpa no casamento de Barry e Iris, estritamente no fato dele não acontecer. Atualmente Martin estava parado na frente do quarto dela batendo e indagando se ela estava bem. Caitlin ponderou suas opções, ficar na cama e mandar uma mensagem para Lily pedindo para ela mandar seu pai ficar longe da porta, do quarto, dela; ou tentar conversar com Martin, ele sempre havia sido bom em dar conselhos. Embora a primeira opção fosse um tanto tentadora, Caitlin optou por abrir a porta.
-Pensei que fosse passar o dia trancada. - Martin disse ainda parado na porta, ela sabia que ele só entraria se ela permitisse. Se afastou da porta deixando ele sozinho, era como se dissesse que ele podia entrar.
-Adoraria ter essa opção. - murmurou se jogando na cama e escondendo o rosto no travesseiro.
-Não quero te pressionar, minha filha. Mas preciso entender o que aconteceu com você e Iris. Porque, pelo o que entendi, Lucas é filho de Barry, não é? - ela assentiu. - Ok. Então Iris sabia disso e escondeu dele, mas ela fez isso por motivos tolos.
-Ela é tola. Iris sabia que se Barry soubesse de Lucas desde de o início, ele teria ficado comigo e ela teria perdido seu lacaio particular. - resmungou.
Martin se sentou na beirada da cama, esticou o braço e acariciou as costas dela.
-Por que nunca nos contou sobre Barry ser o pai de Lucas?
-Primeiramente, eu não sabia que vocês conheciam ele, e segundo, nós dois ainda tínhamos muita coisa para resolver.
-Tipo o divórcio? - ele indagou como quem já sabia das coisas. Caitlin gemeu se lembrando que ela ainda não estava divorciada e atualmente nem queria estar.
-Lily contou?
-Tudo.
-Como eu disse, tínhamos muito para resolver.
-Então resolva agora, Barry está lá embaixo. - Martin disse e ela rapidamente se sentou na cama. - Ele veio ver ver o Lucas e conversar com você.
-Manda ele embora. - ordenou.
-Ele tem o direito de ver o filho. - ele argumentou.
-E eu tenho o direito de não olhar pra cara dele.
-Caitlin, você está com raiva do Barry ou de você mesma?
-Eu devia ter insistido, devia ter telefonado, voltado lá quando tive chance, mas não, preferi ficar com pena de mim mesma e fuder com a vida de Lucas. - resmungou irritada com tudo.
-Não é sua culpa. Nunca foi. Existem certos momentos que nunca mudaram mesmo que tentássemos. Eu viajo pela linha do tempo, querida. Vivo o passado e futuro constantemente, essa sua escolha é apenas uma em um milhão. Quem assegura que se Barry soubesse de Lucas, ele não iria tentar se casar com Iris mesmo assim ou você não tentaria impedir o casamento.
-Eu não tentei impedir o casamento. - argumento em defensiva.
-Sério? Porque a Caitlin que eu conheço e criei, teria puxado Iris para um canto e conversado seriamente com ela, ao invés de gritar aos quatro ventos que Barry era o pai do filho que você nunca havia falado para ninguém que tinha tido. - as palavras de Martin não eram repressoras, mas Caitlin se sentiu apedrejada. - Barry está lá embaixo com Lucas, vá conversar com ele. E isso não é um pedido, Caitlin.
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Nodus tollens (Revisão)
FanfictionBarry Allen sempre teve um certo controle de sua vida, ele sabia que era impossível ter total controle sobre tudo o que acontecia, não podia controlar o tempo ou os ataques a cidade. Mas ele sabia que a única coisa que não tinha controle era sobre C...