Callie
A alguns dias atrás, meu pai ganhou uma vaga de emprego em los angeles com muitas oportunidades e benefícios para o futuro da nossa família. Então ele decidiu (sozinho) que teriamos que nos mudar. Mas isso não é nada fácil quando se está apaixonada por alguém que não pode ir junto.
*Na escola*
-arizona, tudo bem?- pergunto sorrindo e ela retribui. Aquelas covinhas eram o meu fim.
-callie... -me dá um beijo no lado esquerdo do rosto.
-está melhor agora.
Olho para aquele sorriso e me lembro do que vinha pela frente, não séria fácil pra ela aceitar. Não foi fácil nem pra mim.
-Arizona? Podemos conversar?-digo franzindo a testa.
Ela nota meu pavor e instantaneamente se assusta também, dando um riso nervoso.
-claro, está tudo bem?
-Podemos sair daqui?- pergunto.
-claro, vamos pra biblioteca, essa hora não há ninguém lá.
Assenti com a cabeça, e fomos até lá em um silêncio constrangedor. Ela puxou uma cadeira pra mim, sempre muito fofa. E se sentou ao meu lado.
-diga- ela falou colocando sua mão sobre a minha e acariciando-a.
Meus olhos imediatame se encheram de lágrimas. E ela tentou me acalmar me abraçando. Doía saber que eu não a veria mais.. alguns instantes depois eu consegui me acalmar, e comecei a contar detalhe por detalhe. Quando terminei seus olhos estavam marejados assim como os meus.
-você vai me deixar, é isso mesmo callie?
-Eu não tenho escolha arizona- digo em meio á um soluço.
-tudo bem, mais prometa que nunca vai se esquecer de mim?
-eu prometo!
Sinto sua mão roçar na minha e imediatamente subir a minha nuca, me puxando para um encostar de lábios, mas ela encerra rapidamente o beijo para falar de novo.
-quanto tempo até você ir?- ela pergunta levantando meu rosto com o dedo indicador. Suspiro pesadamente e digo.
- 4 semanas...
-Ok
[...]
Nessas 4 semanas arizona e eu tentamos ficar o mais próximo possível uma da outra até nosso último momento juntas, a gente sabia que seriam as últimas, então não nos desgrudamos um segundo se quer, em todos os dias ela fez com que eu me sentisse mais especial a cada momento, Mas logo esse tempo foi acabando...
Foi difícil para nós aceitarmos, mas não tínhamos opções, o dia da partida parecia mais perto a cada minuto, e realmente, ele chegou!*no aeroporto*
-Callie..-ela começa-..obrigada por estar comigo em todos esses momentos, eu tenho muita sorte de ter você na minha vida.-ela sorri- e agradeço cada minuto desse tempo que nos conhecemos, eu amo você! E eu espero que você não se esqueça d..-
A puxo para um beijo antes que ela terminasse de falar, pois meus pais não estavam por perto, não foi um beijo com desejo, apenas um beijo que dizia eu amo você pra sempre.. eu queria dizer isso a ela, mas não dava mais tempo, logo minha irmã megan veio me chamar para partirmos. Demos um último abraço e uma lágrima caiu assim que me virei e a deixei sozinha naquele aeroporto. E no momento que entrei naquele avião nada mais importava, a não ser quem esperava por mim la fora...
15 anos depois...
Depois de muito Tempo, eu "superei" arizona, e segui minha vida, achei um marido maravilhoso que sempre me deu toda atenção que eu precisava. Depois de muitos meses finalmente convenci meu marido para voltarmos a Seattle, E eu sabia que não era saldade só da cidade... Mas ele também tinha família lá, então foi mais fácil de convencer, eu amava mark, mas eu não podia negar que meu corpo entrava em combustão toda vez que lembrava de Arizona.
[...]
Quando o avião pousou eu me senti completa depois de tantos anos, a sensação de estar de volta foi a mais incrível que ja senti.
-Callie, você está bem?-mark pergunta.
-Não poderia estar melhor!- olho para ele sorrindo, e roubo um selinho seu.
Fomos para um hotel próximo da minha antiga casa, eu fiz questão de passar à frente da casa em que eu vivi toda minha infância. Mark sempre me disse que sua família era de seattle, mais eu nunca fui fundo ao assunto. Ele queria me apresentar para sua familia, eu estava nervosa, mas ao mesmo tempo queria muito os conhecer.
Fomos para o hotel, chegando lá despejamos nossas malas e fomos direto para a cama, a viajem nos deixou exaustos e aquela semana seria longa. Pois mark e eu tinhamos que decidir onde iríamos comprar nossa casa.
*O dia da reunião em família*
Passei uma maquiagem leve ao rosto, coloquei um vestido azul que ia até a coxa. E uma presilha que prendia a franja para trás no topo de minha cabeça. Entrei no carro e eu e Mark fomos conversando até chegar em um local que não era desconhecido pra mim. Na verdade era bem conhecido e isso me assustou, era onde arizona morava e onde eu ia todo final de semana!
-mark?- olho para ele desesperada, pensando que ele sabia de arizona.-o que nós estamos fazendo aqui?
-aqui é a casa de minha família Callie, algum problema?
-qual o sobrenome da sua família?
-robbins, mas eu sou filho só por parte de mãe. Meu pai me deixou quando era pequeno, ah, torres, eu ja contei isso a vo...
-sim, claro claro- eu o interrompo- eu sei disso. Dou um sorriso forçado a ele.-oh meu deus...-falo mais para mim do que para ele.
-vamos?-ele pergunta.
-vamos.
Mark desceu do carro e deu a volta para abrir a porta pra mim.
-Obrigada- sorrio e desvio o olhar.
Fomos até a porta e tocamos a campainha, sua mãe nos atendeu e se expantou com minha presença.-ah, meu deus!- falou logo que me viu- callie? O que você esta fazendo aqui? Meu deus, quanto tempo...- ela me abraça.
-Pois é, como a senhora está?
-Eu estou bem...
Ela franziu a testa. E logo levantou as sombrancelhas ao entender a situação.
-Você é mulher maravilha do meu filho? Como eu não soube disso antes.
-pois é sra. robbins, nem eu sabia dessa surpresa- dou uma risada nervosa.
-vamos, entrem!- ela sai da porta dando espaço para eu e mark passarmos. Estavam todos lá, a não ser arizona. E por um momento eu agradeci por isso, mais logo a campainha toca novamente e eu imediatamente congelo. Sra. Robbins olha pra mim na mesma hora e fala:
-está tudo bem, ela continua a mesma- ela sorri e se levanta para abrir a porta.Então arizona entra com aqueles olhos da cor do mar e aquelas covinhas que eu sempre amei, elas estava linda com o cabelo na altura do ombro, e com um vestido vermelho que combinava exatamente com a sua pele. Ela comprimenta sua mãe e logo entra para comprimentar o resto da familia, mas ao me ver ela congela, e naquele momento o mundo não existia, eram apenas nós duas. As adolescentes apaixonadas de tantos anos atrás.
-Callie? o que você está fazendo aqui?- ela pergunta ainda pasma com a situação. Eu levantei para comprimentala, e logo que abri a boca pra falar. Ela me agarrou em um abraço que esperei por tanto tempo...
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O Reencontro
FanfictionLaços que se cruzaram por acaso(ou não) do destino, o que fazer? O que sentir?