O Reencontro

Arizona é minha prioridade

POV Callie

Já fazia algumas horas que eu estava esperando no local, cheguei junto com a ambulância, queria acompanhar tudo, fui até a recepção já meio irritada.

-Qual sua urgência senhora?- uma moça alta e loira perguntou simpática.

-Arizona robbins, Arizona é minha prioridade, por favor, eu quero vê-la.-disse fria.

-Ok, só um minuto- vi ela mexendo em alguns papéis ao lado de sua mesa, e logo depois checando algo em seu computador.

-Me desculpe senhora, mas Arizona acabou de sair de uma cirurgia e ainda está dormindo por conta do sedativo, a senhora vai ter que esperar.

-Tudo bem, muito obrigada..-Bom, pelo menos ela está dormindo e está tranquila não é? O que me resta é esperar. Aproveito para ligar para os familiares de arizona tentando ao máximo não preocupa-los.

Algumas horas depois

Eu estava cochilando em uma das cadeiras e sinto uma mão tocar meu ombro.

-Calliope, o que você está fazendo aqui?-Era a Barbara, mãe de Arizona, notei que ela estava mais branca que o normal, talvez por conta da preocupação.

-Oi Bárbara..- falo meia sonolenta ainda- na verdade, eu tava passando pelo local e vi o acidente, eu desci e perguntei pra qual hospital ela iria ser levada, então eu vim atrás da ambulância, cheguei junto a ela.- ela suspirou em desânimo.

-Muito obrigada Calliope, agora você pode ir pra casa.- ela falou já se virando pra ir a recepção.

-Não.- ela virou para mim com uma expressão de dúvida.

-Mas não tem mais nada que possa fazer aqui.

-Mas ela é minha cunhada, eu quero ficar, por favor...- ela sorriu.

-Tudo bem, mas descanse um pouco, qualquer coisa eu te acordo.

-Ok. -sorri e voltei a cadeira em que estava para descansar um pouco mais.

POV Arizona

Me vi em uma sala totalmente branca assim que acordei. De repente sinto um desconforto em minha garganta, um tubo trancava minha respiração e eu apertei um botão vermelho que tinha ao lado da cama, algumas enfermeiras adentraram meu quarto e me pediram calma, elas soltaram aquele tubo de um aparelho que ficava ao lado da cama e o puxaram de minha garganta.

Ei, isso doeu sua vaca!

-Calma moça, eu sei que isso doeu mas isso é um ótimo sinal, você não vai mais precisar desse tubinho aqui pra respirar, consegue fazer isso sozinha.- sorriu simpática.

Tentei falar mas de minha voz nada saiu a não ser um murmúrio.

-Não tente falar, vai doer sua garganta.-assenti com a cabeça em agradecimento.

-de nada, eu vou chamar seu médico aqui e ele vai lhe explicar o que aconteceu.-ela saiu do quarto e logo um homem de cabelos grisalhos e pele negra adentrou o local.

-Olá Arizona Robbins, eu sou Richard Webber, sou eu quem fez sua cirurgia, bom, acredito que você não lembre do que aconteceu então vou lhe recordar, você sofreu um acidente de carro, com o impacto você acabou voando pelo para-brisa, Os estilhaços do vidro perfuraram alguns lugares, nada muito sério, mas eu precisei te sedar para tirar uns que estavam bem perto do seu fígado, arriscando furá-lo. Notei que você também estava com dificuldade na sua respiração, eu vou fazer mais alguns exames pra checar seu pulmão e logo logo você vai pra casa certo?-ele largou o prontuário e me olhou.

-Certo.-disse mais pra mim do que pra ele.

-Eu fiquei sabendo que sua família está aí, posso deixá-los entrar?- Assenti.
Ele saiu e pediu a uma enfermeira que avisasse, minha mãe foi a primeira a vir até mim e me apertar, confesso que doeu bastante.

-Oh.. moça, não faça isso, ela está dolorida e com pontos-Richard avisou preocupado.

-O meu deus, me perdoe filha- ela disse um pouco aflita.

-Tudo bem, é só ir com calma-sorri.

-Ela não está com a voz totalmente recuperada por conta do tubo, por isso está falando baixo.-Meu médico avisou.
Minha mãe assentiu, logo vi outras pessoas no quarto, meu pai e Callie?
Mas que diabos ela está fazendo aqui? E sem o Mark?

-Callie?-perguntei surpresa.

-Pois é, eu cheguei lá antes da ambulância, vi que tinha tido um acidente e reconheci seu carro-imediatamente me lembrei de quem me acompanha.

-APRIL? Cadê ela? Onde ela tá? Ela estava comigo, por que ela não está aqui?

-Ei, calma Arizona, april está no outro quarto, ela só teve um pequeno corte em sua cabeça que já foi fechado, fique tranquila.-O dr. Avisou.
Suspirei em alívio, suspirei forte até demais a ponto de sentir uma pontadinha em um dos cortes que continha pontos.

-Arizona nós vamos fazer mais uns exames e talvez amanhã se você não tiver nada, você está liberada.

-Amém, quero ir pra minha casa! Sem ofenças dr., Mas a minha casa não tem nem comparação-ele riu.

-Eu sei arizona, mas agora eu vou me retirar, e a senhora trate de descansar.

-pode deixar-sorri para ele antes de vê-lo sair.

-Bom -Minha mãe começou- eu vou ficar aqui com você, Callie vá comer algo, depois trocamos.

-Tudo bem sra., Fique bem Ari- ela sorriu e acenou pra mim antes de ir ao refeitório.

-E você vai para casa, não podemos deixar a casa sozinha, eu cuido dela- se referiu a meu pai.

-Tudo bem, você quem manda, tchau filha, fique bem, eu a amo-sorri.

-Eu também o amo pai.- beijou o topo de minha cabeça e sorriu antes de ir embora.
Meus próximos 20 minutos foram resumidos em "você está bem?" Ou "quer que eu chame um médico?".
Admito que era chato ficar em hospital, ainda mais com minha mãe, eu a amava mas ela me cansava as vezes de tanto falar.

Callie retornou ao quarto alguns minutos depois para meu alívio mental.

-Oi.-disse receosa e um pouco tímida calliope tímida? Ok, isso era novo.

-Ah, Calliope você pode dormir aqui com Arizona hoje? Eu estou muito cansada, amanhã nós trocamos, não estou querendo abusar da sua boa vontade mas é que eu ten...

-Claro.-ela cortou minha mãe e eu agradeci.

-Vá descansar, eu cuido dela sim senhora.- sorriu para minha mãe, nos despedimos e ela foi para casa.
Callie se sentou na poltrona que avia a frente da minha cama.
Ficamos quietas por alguns minutos até que me irritei com o silêncio excessivo.

-Ei, você não vai falar nada? Eu estou com tédio!- ela sorriu, sorriu pra mim.. E confesso que meu coração palpitou.

-Oh, me desculpe, e do que você quer falar?

-Bom, qualquer coisa que não seja sobre isso.- girei o dedo apontando para o local que eu me encontrava.

-Tudo bem, então teremos uma longa noite de conversas.- Callie me olhou com brilho nos olhos e um toque de malícia?

-Aposto que sim.-Devolvi no mesmo olhar seja lá o que ela quis dizer com aquilo.

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