disparo

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Callie Pov

Eu acordei com uma sensação boa hoje, sinto que finalmente vou ver a justiça acontecer, apenas uma coisa me incomodava, Arizona. Ela estava tão quieta e parecia ficar agoniada quando me ouvia falando de Mark, não sei se era medo, receio ou outra coisa qualquer, mas de qualquer jeito aquilo me preocupou. Acordei e Arizona ainda dormia, capturei meu celular da cabeceira e vi que tinha mensagem de um número que não me era estranho, mas não estava salvo em minha agenda

-Oi callie, tudo certo para hoje? Vamos nos encontrar em frente a loja de ferramentas da avenida principal, as 14:00 certo? E.M

     -certo!

Suspiro e largo o celular, olho para Arizona e sorrio de seu jeito desengonçado, seu braço estava em torno da minha cintura, seu braço entre meu pescoço e peito, e suas pernas atiradas, ela estava toda torta. Começo a acariciar seu cabelo e ouço ela suspirar e em seguida uma lufada de ar quente em meu pescoço, ela levanta a cabeça e abre só um olho.

-temos que levantar não é?-seu rosto estava amassado e seu cabelo um ninho, mas ainda sim ela continuava linda.

-Sim, precisamos.-ela choraminga e se toca por cima de mim e deposita todo seu peso.

-Você está me esmagando-falo entre algumas risadas e ela para afim de me olhar com um semblante indignado.

-VOCÊ ME CHAMOU DE GORDA?

-Ó meu deus, não, e-eu.. eu não..-ela me corta.

-VOCÊ ME PAGA!-ela fala para logo em seguida sentar em minha cintura, ficando por cima de mim e me enchendo de cócegas.

-Céus, pare.. estou sem ar- eu ria freneticamente, aposto que estava vermelha, Arizona percebeu meu desespero e resolveu parar, ela tinha um sorriso sapeca e a língua presa entre os dentes, perfeita!

Eu estava ofegante e um pouco suada, ela se abaixou em direção a meu rosto, ficou bem próxima de minha boca e quando eu pensei que ela iria me beijar, ela passou o nariz por meu maxilar, parando em meu ouvido.

-Queria que você tivesse suada por outro motivo-ela sussurrou e deu uma fraca lambida em meu lóbulo, um arrepio passou pelo meu corpo e senti meu centro mais quente que o normal.

-Não comece o que não vai terminar.-sussurrei com a minha voz já levemente alterada pra rouquidão.

-tudo bem!-ela morde meu lábio, e levanta de cima de mim, vai caminhando até o banheiro e sinto um leve movimento a mais em seu quadril. Loirinha descarada, me provoca e ainda tem coragem de sair rebolando aquela bunda empinada, vai ter volta.

Arizona demora um pouco mais de 10 minutos no banho, ela sai e logo em seguida eu entro, aquela tarde fazia um pouco mais frio do que o normal.

Descemos para almoçar, Os Sr. e Sra. Robbins estavam preparando o almoço juntos, era bonito de se ver que depois de tanto tempo, o amor deles ainda permanecia intacto.

Almoçamos e nos despedimos dos pais de Arizona que nos desejaram sorte, Bárbara parecida estar tensa, já o sr. Daniel parecida estar tranquilo, até demais...

Quando chegou o horário que combinamos com Eliza, pegamos nossas bolsas e chaves, e saímos de casa. Avisamos os policiais que prometeram nos seguir e estar instalados em todos os cantos.

Demoramos por volta de 20 minutos para achar o local, parecia uma casa normal, nada de novo. Estacionamos na frente do local, e descemos dando de cara com Eliza.

-Oi meninas.-comprimentou sorridente.

Arizona Pov

-Não estamos aqui pra sorrisos Eliza, onde está mark?-seu sorriso morreu no mesmo instante.

-ele está à duas casas daqui, vamos.-ela foi na frente nos guiando.

Era algo como um porão abandonado ou terreno baldio com uma peça pequena, tinha um matagal na frente e se quer tinha alguma iluminação, digno de filme de terror.

-Prontas?-ela disse já com a mão no portão para abrir. Instantaneamente minha mão foi até a de Callie tentando passar algum tipo de conforto, ela apertou de volta, agradecida.

-Pode.-Callie falou firme.

Eliza abriu devagar o portão e seguiu em frente, caminhamos devagar pelo local com medo de algum bicho ou prego aparecer.

Eliza foi a primeira a chegar na porta, por algum motivo preferi que ela fosse na frente, não me sentia confortável para deixá-la atrás da gente.

Callie não parecia estar com medo, muito menos entusiasmada, ela estava neutra, e isso sim me assustava. Não demonstrava se quer uma reação.

Eliza abriu a porta e foi na frente, Callie foi em seguida, algo naquele lugar não estava certo, fiquei na porta e a todo momento segurava o braço de Callie para que ela não fosse.

Eliza parou de caminhar no meio da casa e virou para mim e para Callie. Ela levantou a sobrancelha e em seguida o som de sua risada preencheu o ambiente, e uma áurea estranha percorreu o local e meus instintos protetores seguraram Callie mais firme.

-MARK, ATIRE! -Eliza gritou e por puro impulso empurrei Callie para o chão, caindo por cima de si. Um disparo foi ouvido e meu coração apertou no mesmo instante, ele não podia ter acertado Callie!

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Gente, eu escrevi esse cap a não sei quantos dias atrás e esqueci de postar, scr
(Postando 2 pra compensar)

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