fúria

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POV Arizona

Acordo 5:45 da manhã, levanto e vou para meu rápido banho, coloco uma roupa mais simples, uma calça jeans e uma blusa de manga longa lilás, nos pés uma bota com o cano alto. Deixo meus cabelos molhados e saio sem nada de maquiagem no rosto.

Vou até a frente de minha casa, em direção ao meu carro que estacionei ali ontem a noite, adentro e dou partida até o hospital mais uma vez, chegando lá prontamente deixaram-me entrar, pois sabiam do que, e de quem se tratava. Cheguei ao quarto de Callie e fiquei a observando como sempre. Nem um som, nem um ruído, nem um movimento, um silêncio agonizante, eu precisava dela, precisava que acordasse, ela estava tão machucada. Não só fisicamente, muito mais mentalmente na verdade. Se eu não conhece tão bem Callie, não à reconheceria, seu rosto estava com uma vermelhidão e em alguns lugares tinha uma camada fina de pele escura, que no caso era as partes que queimaram. Ela não ficaria muito marcada no rosto, a maior parte só estava vermelho, e outras estavam superficialmente "normal". Lembro o porquê de Callie estar assim e imediatamente me sinto culpada. Meus olhos úmidos e meu coração apertado falavam mais alto nesse instante.

Talvez se eu não tivesse entrado na sua vida mais uma vez, e feito você trair ele, você não estaria aqui hoje...

Me desculpe..

Eu não queria que fosse assim, eu juro.

Eu a amo.

Me perdoe...

Lágrimas grossas caiam sobre minha bochecha, eu não conseguia mais conter todo aquele redemoinho de sentimentos, a cada dia que passava, meu amor por Callie crescia, minha sanidade mental diminuía, e meu auto-controle se perdia.

Um mês depois...

Hoje fazia um mês em que Callie estava em coma, ela ainda não teve nenhuma melhora, ela ainda não acordou e nem se quer mexeu uma parte de seu corpo, eu estava ficando cada vez mais agoniada com isso, tinha tanto medo dela não acordar mais. Minha rotina acabou mudando um pouco por conta disso, eu comecei a trabalhar na empresa de meu pai, ele queria que eu assumisse ela, então eu trabalharia duro pra isso. Eu vou visitar Callie no horário da manhã, e no horário da noite, a tarde eu estou na empresa, então quem se encarrega de ficar com ela é minha mãe já que ela é dona de casa.

-Hey!-comprimento mais uma vez a moça do balcão, ela com certeza já estaria enjoada de tanto me ver.

-Pode entrar.-É, ela com certeza está cansada de me ver! Vou em direção ao quarto de Callie rindo de meus pensamentos. Mas paro quando meus olhos encontram o meu único motivo de tentar fazer as coisas dar certo todo dia, ela me motivava, e isso é o sentimento mais lindo do mundo. Largo minha bolsa na poltrona e vou até ela, dou um beijo em sua testa e acaricio seu rosto, ele já estava bem melhor, ela não estava mais vermelha e só tinha algumas partes machucadas, semana passado o cirurgião plástico veio retirar aquelas peles escuras de seu rosto, ela ficou com 3 cicatrizes, uma acima da sobrancelha esquerda, uma do lado direito do nariz, e uma no queixo. Eram pequenas e quase não se notava se não fosse tão de perto, o cirurgião fez o melhor que pôde e resultou de uma forma super positiva.

-Eu gosto tanto de você, sei que está me escutando e não pode responder, mas saiba que eu sempre quis te falar isso, eu sonho com a gente, não é uma paixão passageira, te amei a minha vida toda calliope, e pensar em te perder me assusta, por favor, acorde. Por mim...-abaixo minha cabeça e desabo em lágrimas ao seu lado, fico alguns minutos de cabeça baixa até sentir algo em minha mão, levanto rapidamente minha mão, e um sorriso nasce em meu rosto quando vejo Callie fazendo o máximo de esforço pra mexer seu dedo esquerdo, e logo em seguida abrir seus olhos e tentar se acostumar com a claridade.

-Callie? Ó meu deus! -A abraço fortemente, eu senti tanta saudade disso, é tão bom tê-la de novo! Olho para seu rosto e noto um pequeno desespero em seu rosto, sua pele rapidamente ganha um tom avermelhado, Oh, mas é claro! O tubo, corro até a porta e grito por uma enfermeira.

-AJUDAAAAAA, EU PRECISO DE AJUDAAA!-duas enfermeiras vem correndo até o quarto para saber o que estava acontecendo, aponto para Callie e elas rapidamente tomam posse do que fazer, habilidosamente elas desligam o aparelho e puxam devagar o pequeno cano de sua boca, eu seguida tiram o fio que tinha em seu nariz também.

-Isso é ótimo! Você consegue respirar sozinha! Eu vou chamar o dr. Shepherd e já volto.-a enfermeira saiu toda animada, e eu saí atrás, eu tinha que avisar o dr. Sobre não contar do incêndio à ela! Fomos até o saguão e encontramos ele tomando café.

-Oi dr.-falo meia tímida e ele acena com a cabeça.-A Arizona acabou de acordar -ele levanta as sobrancelhas e sorri.

-Vamos lá então!-ele fala já se levantando e indo para o lado oposto.

-Não, espera, eu preciso lhe informar sobre algo.

-pois diga.-ele falou com o senhor franzido.

-Eu não vou contar a Arizona o que aconteceu com ela.-ele me olha com uma cara surpresa.

-E você vai falar o que pra ela?

-Ia te pedir ajudar sobre isso.-Sorrio timidamente.

-Esqueça, eu acho errado você esconder dela, ela tem o direito de saber e eu jamais ajudaria a fazer isso.-ele fala frio.

-Tudo bem, pode contar então porque eu não vou.-falo emburrada.

-Se esse é o problema, então vamos.-ele saí na minha frente e eu saio logo atrás batendo o pé.

Chegamos na sala e encontramos uma Callie perdida olhando pro teto e analisando alguns detalhes no quarto.

-Oi Callie, prazer, meu nome é dr. Shepherd e eu que fiz sua cirurgia. Vou tentar te explicar mais ou menos, o fogo e a fumaça fizeram que uma parte de seu cérebro fosse meio que derretida. -Callie não tinha expressão, apenas ouvia tudo, seu rosto não mudava- e basicamente você perdeu a memória, talvez você recupere e talvez não, isso pode melhorar com o decorrer do tempo, quando você olhar fotos, vídeos, ou quando sua família contar sob...-ela a corta.

-Onde Mark está?

-Como? -ele para na hora.

-Mark, onde ele está?

-Mark fugiu.-me meto na conversa e seus olhos finalmente me encaram, estavam frios, sem aquele brilho de antes.

-Eu quero vê-lo!-falou simplesmente, ela só pode estar ficando maluca.

-O que?-pergunto perplexa.

-Quero vê-lo!-ela fala rude e quase gritando.-O que estão esperando? Tragam ele.

-Ninguém sabe onde ele está.

-Então saiam!

-Mas callie você prec...-sheperd começa mas logo é cortado.

-EU DISSE PRA SAIR!-ela arremessou um caderno em nossa direção, e seu grito foi tão alto que precisei por as mãos em meus ouvidos de tanta dor.

Porque diabos Callie estava assim? O que aconteceu com seu cérebro? Será que ela lembra de mim? Será que quer ver Mark para xingá-lo, ou... Será que ela está apaixonado por ele de novo?

Não pode ser.

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Geeeeenteeee, eu tô com tanta idéia louca pra por nessa fanfic que eu não sei se vou conseguir encaixar tudo, então talvez eu faça outra.

Ps: Tô postando na terça pq eu n aguentei esperar até quarta.

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