O reNASCIMENTO

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Arizona POV

Vou abrindo meus olhos lentamente e devagar me acostumando com a claridade que incomodava tanto meus olhos sensíveis. Me espreguiço e sinto falta de algo ou melhor, alguém. Vejo que callie não está mais na cama e estranho. Levanto e vou em direção a cozinha, nada. Vou a sala e nada, varanda menos. Quando chego perto do banheiro ouço um grunhido.

-Callie está tudo bem?-bato na porta.

Logo em seguida ouço um barulho de água, como se ela estivesse despejando um balde de água no chão. Talvez ela tivesse vomitando.

-Callie! Está tudo bem?-bato mais forte e começando a me desesperar.

A porta abre e vejo uma callie com as pernas todas molhadas e uma poça no chão.

-Qual é Callie? Não sabe se segurar?- seguro o riso.

Ela me olha e levanta a sobrancelha quase rindo. Ela passa a mão na barriga e em seguida sorri. E oh meu deus, eu estava entendendo.

-Ah meu deus, a s-sua bo-bolsa?-eu gaguejava e sorria feito idiota.

-a minha bolsa estourou.-ela falou num fio de voz claramente emocionada. Eu a abraço e sinto que tenho o mundo a meu favor. Solto ela e vejo sua face fazer uma expressão não muito agradável.

-Será que dá pra ser rápido, as contrações estão aumentando.-ela sorri tentando não parecer incomodada.

-Claro, eu vou pegar a bolsa e vamos pro hospital.-eu digo e saio correndo.

-ARIZONAAAA!-ouço callie gritar e volto, céus, esqueci de pegar ela. Eu definitivamente era nova nisso.

Peguei ela no colo e ave Maria, o mulherzinha pesada! Troquei sua roupa rapidamente e coloquei um casado por cima dela. Peguei a bolsa e fomos em direção ao carro, graças ao bom senso de callie ela decidiu deixar a bolsa da maternidade já pronta. Eu sequer sabia que hora era da manhã, apenas focava em correr com ela para o hospital.

-CARALHO ARIZONA, VAMOS RÁPIDO EU ESTOU COM DOR!-Callie grita e eu sinto que meus tímpanos iriam explodir, sangue latino!

-Calma, eu estou nervosa.-digo me enrolando com o cinto.

-Sai que eu mesma prendo.-ela deu um tapa em minha mão. Ela tinha a respiração totalmente desregulada e sua testa já suava, mas mesmo assim conseguia manter mais a calma que eu.

Uma onde de medo me tomou, minhas mãos suavam e eu estava cada vez mais nervosa. Mas lembrei do que estava em jogo ali, era a vida de minha mulher e de meus filhos, eu não poderia cometer um deslize.

Fui para o volante, fechei a porta e fechei meus olhos por alguns instantes. Eu não podia me desesperar, eu precisava passar calma para ela, eu teria que ter atenção na estrada para que nada acontecesse com todos nós, eu precisava manter minha resiliência nesse instante.

Abri meus olhos e observei a mulher que estava a minha frente, a minha mulher, mãe dos meus filhos, aquela que eu desejaria envelhecer ao lado.

-Amor, eu te amo e eu estou aqui para você, ok? Vai dar tudo certo, você só precisa ter calma e respirar.- falei olhando em seus olhos e ela sorriu, assentiu com a cabeça murmurando um "ok, eu também te amo". Ela notoriamente ficou mais tranquila e aquilo me aliviou.

Pegamos estradas e chegamos no hospital por volta de uns 7 minutos, callie já urrava de dor e seus olhos jorravam lágrimas, eu estava mais calma mas ver minha mulher naquela agonia me fazia ter o sentimento de inutilidade.

Assim que chegamos peguei ela no colo e fomos direto para recepção, eles rapidamente colocaram ela em uma maca e a levaram, eu por sorte poderia ir junto.

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