O amor

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Callie POV

Sinto minhas mãos suarem, minhas pernas bambearem, minha boca secar e meu rosto ficar pálido. Droga, não teria momento mais inoportuno para meus país aparecerem.

-é-é não, vocês n-não atrapalham nada.-arizona diz calma tentando formular alguma frase sem gaguejar enquanto se afasta, eu riria da situação se nesse momento meu pai não estivesse me olhando firmemente.

-Que bom, e como você está meu amor?-minha mãe diz tentando desfazer a tensão que se pôs no local.

-pra falar a verdade estou ótima, na verdade estamos.-sorrio e aliso minha barriga.

-que bom, então.. vamos nos juntar a festa?-minha mãe sugere.

-claro.

Fomos os 4 em direção as pessoas, o silêncio era quase constrangedor, se não fosse por minha mãe eu certamente não aguentaria ficar no meio daqueles olhares fuzilantes entre meu pai e arizona.

-Licença, eu vou pegar um copo d'água.

-claro amor, pegue um pra mim também.-arizona assente e sai quase que correndo dali.

Ficamos os 3 conversando por mais tempo que deveríamos, arizona se juntou a april e seus pais depois do ocorrido e eu sinceramente não a julgo.

Algum tempo depois nos reunimos para abrir os presentes e realizar todas aquelas brincadeiras que eu particularmente adorava. Resultado: eu e arizona todas pintadas por conta das prendas na qual não adivinhamos os presentes. A festa rolou em meio a risadas e muita muita música, afinal, não poderia ser diferente pra nós.

Por volta das 20:00 horas, resolvemos que já era hora de acabar, os convidados já haviam ido embora. Restaram apenas; eu, arizona, april, meus pais e os pais de arizona.

-Gente, me desculpem mas já deu minha hora, foi tudo muito maravilhoso.-april dizia já se despedindo.

-Não, fique pra janta, por favor.-arizona suplicava.

-Sim, fique, nos iríamos adorar.-eu disse tentando á convencê-la.

-Vocês estão malucas se acham que eu vou jantar com os Robbins e os Torres juntos, boa sorte pra vocês.-ela disse em meio a risadas.

-Tudo bem, mas volte assim que puder.-eu disse dando um beijo em seu rosto. Ela se despediu de Ari e de todos, assim partindo para casa.

Resolvemos pedir uma pizza, afinal, estamos todos cansados da festa e se quer tínhamos energia para cozinhar. Enquanto a pizza não chegava, nos reunimos todos para limpar um pouco da bagunça que ficou. Não deu muito trabalho, como éramos em 6 foi bem mais rápido. Assim que terminamos a campainha tocou, a Sra. Robbins foi atender e voltou com 3 caixas de pizza, sim, éramos exagerados.

-Está servido.-mamãe disse assim que a mesa já estava posta.

Os pais se sentaram nas pontas das mesas, as mães uma do lado das outras e eu sentei ao lado de Ari. Que por sinal estava um pouco apreensiva, suas mãos suavam e ela estava inquieta, o que também não passava longe do meu estado.

Pegamos os pratos e começamos a comer enquanto nossas famílias se enrolavam em uma conversa tranquila e aleatória.

[...]

O jantar foi maravilhoso, acompanhado de gargalhadas e histórias, nenhuma gafe ou briga e isso pra mim já era uma grande vitória. Pois, se tratava de sangue Robbins e Torres juntos.

Depois que todos estavam devidamente alimentados, nos despedimos e cada um foi para sua casa, eu e Ari tomamos um banho juntas com direito a alguns carinhos, mas nada além disso, estávamos cansadas e exaustas demais para qualquer atrevimento. Logo que deitamos, pegamos no sono e tivemos uma noite muito longa de sono, afinal, a gente merecia isso.


2 dias depois...

Arizona Pov

Mais um dia em que eu chegava cansada do trabalho, meu novo cargo exigia muito de meu esforço. Eu trabalharia apenas mais alguns dias, pois callie estava prestes a ganhar e eu teria que tirar uma licença para ajudá-la com os gêmeos.

Chego em casa e deixo meu sobretudo sobre o sofá junto com minha bolsa, retiro meus sapatos e vou em direção a cozinha.

-Callie querida?-estranho em não a ver lá.

-Amor?-a chamo mais uma vez.-onde será que se meteu.-murmurro baixinho pra mim mesma.

Entro no quarto e tenho uma grande surpresa, na verdade, era a visão dos céus. Callie estava esparrada pela cama dormindo serenamente, com um top preto e um short de pijama vermelho, seus cabelos pretos e brilhosos davam um contraste surreal com o branco dos lençóis. Eu era a pessoa mais feliz do mundo e não precisava de mais nada além daquela mulher e meus filhos.

Vou pé por pé em direção a cama, tentando fazer o mínimo de barulho possível para não acordá-la. Termino de tirar aquelas roupas pesadas e deito ao lado de minha esposa, ela se aconchega em meu colo e sorri, sinto meu coração acelerar repentinamente. Ela esfregou o rosto em meu pescoço, parecia um gatinho manhoso, estava tão frágil.

-Que bom que chegou, estava com saudades.-ela disse com a voz ainda mais rouca por conta do sono, e se possível ainda mais gostosa de se ouvir.

-Eu também estava morrendo de saudades, deita aqui deita, eu te amo.-a puxo para mais perto e beijo o topo de sua cabeça, seus braços passam ao redor da minha cintura e eu me sinto em casa, sinto que nada e nem ninguém poderia tirar-me a paz que eu sentia ao ter callie comigo, ao tê-la do meu lado, unicamente e exclusivamente para mim. Eu estava leve, simplesmente leve.

Eu a amava com toda a força do meu ser e sequer sabia como isso podia ter acontecido tão rápido, mas eu nem queria entender ou questionar, a sensação de simplesmente estar com ela me tirava da cabeça qualquer dúvida ou incógnita.

Eu só a amava, assim mesmo simples e rasteiro.



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