Our Dream

Irresistible

Haechan se jogou no chão assim que terminaram a dança. Os outros aplaudiram, mais que satisfeitos com o resultado.

A música.

A coreografia.

Eles venceriam esse show, e melhor ainda.

Mostrariam para OhSeong, que nada nesse mundo é páreo para eles.

— Certo gente – Jeno olha para o relógio da sala – Vamos para casa, se não, algum de vocês pode acabar se machucando caso dancemos mais uma vez.

Alguns "graças a Deus" foram ouvidos pelo moreno, que só conseguiu sorrir.

O rapaz pegou sua mochila em um canto e esperou Renjun, depois, os dois deram as mãos e se despediram dos demais.

— Quando e onde eles ficaram juntos? – Chenle diz fingindo mágoa por Renjun não ter dito nada.

— Eles ainda não estão namorando – Jaemin conta, meio grosso, claramente machucado – Jeno disse que vai pedir esse final de semana. Disse que quer que seja especial.

O mais velho jogou as mochilas nas costas e saiu, cabisbaixo.

— Eu disse algo de ruim? – O chinês pergunta e os outros negam – O que que aconteceu com ele então?

— Muitos rolos Lele – Haechan diz se preparando para ir. Ele fechou a mochila depois de guardar a garrafa d'água e acenou um tchau para os amigos – Até amanhã.

— Até – Jisung diz e quase é atropelado por Mark, que correu atrás de Haechan – Meu Deus!

O coreano quase caiu, mas Chenle o segurou a tempo.

— Tá todo mundo muito estranho hoje – Chenle conclui – Sungie – ele fala e Jisung sorri – Quê?

— Você me chamou de Sungie – o coreano informa, Chenle sente seu rosto corar.

— Não chamei não – o mais velho diz em um tom de birra, jogando as mochilas nas costas e tentando ir embora.

— Chamou sim – Jisung afirma, rindo do jeito tímido que Chenle fica quando faz certas coisas, mesmo os dois já estarem saindo, e conhecerem a família um do outro, o mais velho fica vermelho quando beija a bochecha do mais alto, ou o chama de um jeito fofo.

Agora, o rapaz parecia que ia explodir ao perceber como havia chamado o mais novo.

— Não chamei não! – E saiu correndo. Jisung riu e correu atrás do mais velho.

— Chamou sim hyung! Volte aqui! Eu não recebi meu beijo de despedida!

🍰

Haechan não ia embora, na verdade ele precisava fazer o trabalho de artes que seria tirar foto de uma paisagem que lhe acalmasse.

Por incrível que pareça, havia uma assim na escola.

Sim.

Na escola.

Era atrás do prédio, e sendo um local mais afastado, pouquíssimas pessoas iam até lá, preservando a grama verde e as belas árvores e suas flores. Embora agora, quase nenhuma fosse visível pelo fim da primavera.

O rapaz tirou o celular do bolso e abriu a câmera, focando na paisagem e tirando três fotos.

Porque melhor prevenir do que remediar.

— Hyuck! – Haechan ouve. Só havia uma pessoa na Terra que começou a chamá-lo pelo apelido.

O mais novo se virou para encarar Mark, que se aproximou arfando. Já que perdera de vista o amigo no mar de pessoas que estavam indo embora da escola.

— Você não devia ir para casa descansar? – Haechan pergunta se sentando na grama, aproveitando a brisa fresca que começou a dançar ao seu redor – Você tem um jogo amanhã.

Mark riu encabulado pela observação e se sentou ao lado do amigo.

— É, eu sei, mas tudo bem... – Mark ficou em silêncio depois disso, e Haechan estranhou.

— Você está bem? – O Lee mais novo pergunta e Mark engasga com o ar.

— É só que eu queria perguntar uma coisa... – Ele coça a nuca em um sinal de nervosismo.

— Pergunte ué – Donghyuck se acomoda no lugar e espera pelo questionário. Vindo de Mark, nunca é só uma pergunta.

Mark respira fundo e começa:

— O que aconteceria, se hipoteticamente falando, eu segurasse sua mão? – O canadense solta, sem encarar Haechan.

— Bom – o mais novo sorri – Eu, hipoteticamente falando, iria segurar sua mão também – Mark sorri.

— E se eu, hipoteticamente falando, te chamasse para sair?

— Faríamos o quê? – Haechan encara o mais alto.

— Não sei, o que gostaria de fazer. Hipoteticamente falando é claro – seu rosto corou e Haechan ri baixinho.

— É claro... Eu acho que gostaria de ir ao cinema. Seria legal, hipoteticamente falando, assistir algo com você.

— E você gostaria se eu o levasse para casa?

— Sim – Donghyuck fala com convicção na voz.

— Hipoteticamente falando?

— Não, verdadeiramente falando – Mark encarou o mais novo depois que o mesmo terminou de falar. Então, em um movimento tímido, o canadense segurou na mão esquerda de Haechan, entrelaçando seus dedos, espalhando o calor.

Donghyuck sentiu seu peito esquentar junto com sua mão, ele encarou Mark nos olhos. E ali, de mãos dadas com o mais velho, o rapaz concluiu que Mark Lee é irresistível.

One Direction - Irresistible