Capítulo 15-Formatura

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--Eren, você ainda não está pronto?

Eu ouvia o grito lá de baixo no meu estressado companheiro. Afinal, quase três anos de relacionamento, sendo que nesse tempo uma grande parte eu morei na casa dele, você não pode mais chamar só de namoro.

Nesse momento eu amarrava a gravata borboleta do smoking impecável que Levi havia me dado de presente. Era dia da minha festa de formatura, não só de direito, como da academia de polícia. Havíamos conseguido esconder nosso relacionamento por todo esse tempo, e como agora eu estava já com o diploma em mãos, tcc perfeitamente aprovado e um cargo garantido na policia. Tudo com meus méritos. Sem precisar usar contatos indevidos. Claro, usei contatos para me aproximar de algumas pessoas, mas da mesma forma que todo mundo fazia. Agora, estava orgulhoso de mim mesmo.

Mas, agora, eu e Levi entraríamos de braços dados por aquele salão. Como um casal.

Ouvi Titã latir na porta e arranhar. Animadamente.

Abri ela fazendo carinho na cabeça dele, e o levando para fora do quarto. Ele desceu as escadas abanando o rabo e indo se enroscar nas pernas de Levi. Que só precisou olhar para ele, e ele entendeu que se ele se aproxima-se mais e sujasse de pelos a roupa perfeitamente preta de Levi, ele iria ser punido. Deu meia volta e voltou para mim.

--Como estou?

--Quase atrasado.

Me aproximei arrumando o nó da gravata dele, tentando ser sedutor.

--Quando chegarmos um pouco atrasados, o efeito da surpresa será maior.

--Pff, vamos logo.

Passei a mão na cabeça de Titã, me despedindo. Ele havia virado um pastor alemão lindo. Enorme, que em pé ficava da altura de Levi. Mas, que sabia seus limites. Levi havia praticamente ensinado ele a limpar a casa! O cachorro parecia andar nas pontas dos pés as vezes para não deixar marcas no chão. E quando estava limpando, ele carregava os baldes e panos para Levi.

Fechamos a porta vendo ele se acomodar na cama ao lado do sofá.

--Vamos.

Eu estava bastante ansioso. Levi havia me prometido uma dança caso eu concluísse com honras, e ontem durante a entrega dos diplomas saí com uma das honras, que eu fiz questão de colocar no painel do carro para ele lembrar.

Também fazia pouco mais de dois anos que eu não via meu pai. Minha mãe dava noticias regulares dele. E dizia que tentava convencê-lo a ir falar comigo. Mas, parece que não fazia muito efeito. Por via das dúvidas, mandei convites para os dois. Eu podia jurar que vira ele ontem, mas não tenho certeza.

Depois de um tempo chegamos ao salão de festas, claramente já estava bem cheio, com muitos carro parando, e os manobristas pegando eles.

Levi torceu o nariz, com os olhos voltados diretamente para os pés deles.

--Se o tapete do meu carro ficar sujo, eu processo este lugar.

--Relaxe.

Coloquei minha mão na dele.

--É um dia de festa. E lembre-se da minha dança.

Ele deu um sorriso para mim. Eles haviam se tornado mais constantes depois que o ex dele havia morrido.

--Não esqueci.

O manobrista abriu a porta para mim. Havia uma escada grande que levava até a porta do salão, e uma varanda aberta, um colega me cumprimentou, olhando para o carro curioso.

Me Ensine ProfessorOnde histórias criam vida. Descubra agora