He Is Afraid 겁나

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- KiBum-a! - Falei, entrando em seu quarto.

Ele sorriu ao me ver.

- Como está se sentindo? - Perguntei, analisando todos os monitores.
- O appa não quer assinar minha lista de desejos. - Falou, triste. - E nem o Doutor Han.
- Que lista de desejos? - Perguntei, me aproximando, e ele me entregou um papel amarelo.

O mesmo papel que seu pai estava lendo ontem, enquanto chorava.

- O que é isso, KiBum? - Perguntei seriamente, o encarando.
- É um programa para crianças com doenças terminais. - Falou. - Nós escolhemos o que queremos e então eles nos concedem esse desejo.
- Mas você não é uma criança, KiBum! Já é jovem! - Falei, forçando um sorriso.
- Eu creio que o appa não quer assinar isso porque ele tem condições de pagar qualquer coisa que eu quiser. - Falou, seus olhos marejados.
- Ele não quer assinar porque você não precisa disso. Porque você não vai morrer, KiBum! - Soltei.

Eu estava mais triste que poderia estar.

Suspirei e o entreguei o papel.

- Quero que assine, SeRi. - Disse.
- Eu não vou assinar, porque não está morrendo. - Falei o reverenciando e me fui.

Corri até o quarto do JungKook.

Ele assistia no sofá, já estava sentindo-se melhor a ponto de conseguir sentar-se sozinho.

- O que houve? - Perguntou, preocupado.

Sentei-me ao seu lado, encolhendo-me em seus braços.

- Péssima ideia. - Falei. - Péssima ideia te-lo aqui. Pois sempre que algo acontecer e eu precisar de alguém, eu vou correr para você.
- Isso é bom. - Falou. - Digo... se corresse para alguma outra pessoa, seria muito injusto, sim? - Me fez rir, mas não durou muito. - O que aconteceu, Ri-ya?
- Nada que você possa fazer. - Falei.

Era fato.

Jeon JungKook podia tudo. Tinha dinheiro para tudo. Mas não para aquilo. E era a primeira vez ou uma das primeiras vezes que alguém havia dito ao JungKook que ele não podia fazer algo.

Ele segurou meu rosto com suas fortes mãos, encarou meus olhos.

- Tome cuidado, sim? - Falei. - Se algo te acontecer...
- Que ideia idiota, SeRi. - Ele riu e selou meus lábios. - Eu não vou a lugar nenhum.

Selei seus lábios novamente, dessa vez pedindo passagem com a língua.

Ele cedeu tão rapidamente.

Ele estava ali, ele era real, e eu deveria focar nele e apenas nele, mas eu não conseguia.

Apenas não conseguia.

- Estará livre essa noite? - Perguntou.
- Assim que eu terminar com um paciente. - Falei, suspirando. - Quer ir à algum lugar? - O encarei.
- Como se eu pudesse sair daqui. - Bufou.
- Eu nunca disse que era fora daqui, sim? - Selei seus lábios rapidamente e então segui até a porta.
- Não nos meta em encrenca, Kim SeRi. - Riu.
- Como se não me conhecesse, Jeon JungKook. - O encarei por uma última vez, mantendo o sorriso em meu rosto.

Ao olhar para a frente, YoungJoo estava ali.

- Então Jeon JungKook e Kim SeRi ainda estão firmemente juntos? - Sorriu, me abraçando.
- O que faz aqui? - Mudei de assunto.
- Podemos conversar? - Ela perguntou.

Assenti e a segui até a copa.

Sentamos juntas e ela suspirou.

- Eu venho ajudando o JungKook na investigação de BuSan. - Falou. - Eu sei... ele pediu no início que eu não te contasse nada, mas... eu conheço todos aqueles documentos e ele precisava de mim. Mas...
- Mas...? - Eu não sabia o que eu menos queria ouvir.
- Ele está com medo. - Disse. - Eu nunca vi o JungKook com tanto medo antes. Há cerca de 3 meses que venho o ajudando e ele não queria voltar para casa. Dizia que desistiria de tudo se a visse ou o JungKi. Ele sabia que aquilo iria acontecer com ele naquele momento, naquele exato lugar, porque novamente ele foi até o terraço.

The Truth Untold // *• JJK •*Onde histórias criam vida. Descubra agora