Appa 아빠

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— Ya! — Chamei-o, o seguindo até seu quarto. — Jeon JungKook, por favor!
— O quê? — Ele virou-se, alterado, quando já estavamos dentro do quarto.
— Me escute! — Levantei o tom.
— O que quer falar? — Bufou, me mantive em silêncio. — Não sabe o que falar, sim?
— Não, é que... — Comecei.
— Eu apenas pedi para a garota trocar meu curativo. — Defendeu-se.
— Ah... como se ela não tivesse aproveitado para tocar em você! — Bufei.
— Está com ciúmes. — Riu pelo nariz.
— Claro que estou, mas sempre estive e isso nunca me abalou! — Falei, o fazendo ficar confuso. — Eu só... tenho medo. Porque você disse que apenas terminaríamos quando você já estivesse acostumado com minha ausência e com outra pessoa.
— E quando você estivesse gostando de outra pessoa. — Disse, mais baixo. — É isso? Terminamos?
— Você não está negando sobre isso. Você... — Comecei, bufando.
— Nem você. — Disse.

Nos encaramos por alguns segundos, então assenti.

— É... Adeus, então. — Falei, me retirando da sala.

Eu gostava dele, apenas dele.

Mas ele parecia acostumado comigo longe dele.

O tempo passou realmente rápido.

A noite chegou e, enquanto caminhava pelos corredores, avistei Park JiMin.

— Ya! — Chamou-me.
— O que faz aqui? — Perguntei, cochichando, enquanto ele me levava a um lado do corredor.
— Terminou com o JungKook? — Perguntou.
— Ele te disse ou... — Debochei, mas recebi um olhar sério. — Sim. O que faz aqui ainda? Ele já deve ter ido embora.
— Ele disse que não vai. — Falou. — Eu o quero levar, mas ele disse que fez um trato, e que se fosse embora, você também ia.
— Que idiota... — Bufei. — Ele deve ver o JungKi, mande-o para casa.
— Ele pediu que eu trouxesse o JungKi, sim? — Me surpreendeu. — Mas... não trouxe. Quis te consultar primeiro. Devo?
— Não, ele... — Suspirei. — Ele não deve vir para cá!
— Sente falta dele, sim? — Perguntou e ri pelo nariz.
— As chances de alguém descobrir sobre nós, sobre o JungKi, são grandes se ele vier aqui. — Falei.
— Todos já sabem sobre vocês. — Disse, estremeci. — Só não conseguem te reconhecer mais por trás daqueles óculos e de seus cabelos curtos, mas sabem que JungKook não está mais sozinho. Ele fez muito por você, SeRi... ele mudou sua personalidade por você e... vão pensar que JungKook é um mentiroso, desonesto. O que ele faria com nosso dinheiro? Pois se mentiu por ter alguém, provavelmente mente sobre ser corrupto. É o que pensam!
— Está me fazendo sentir-me bem melhor, JiMin. — Revirei os olhos.
— O que quero dizer é... vocês já são quase a mesma pessoa, SeRi. — Riu. — Que ideia idiota de acabar tudo depois de quase cinco anos nessa merda.

Encostei-me na parede e enterrei meu rosto em minhas mãos.

— Eu o amo, mas... Penso que ele esconde muito mais de mim. — Falei, logo meu bip soou.

Encarei o aparelho rapidamente.

KiBum.

— Nos falamos depois. — Falei, o dando as costas e correndo para ver o KiBum.

Ao chegar lá, KiBum estava ao lado de uma das enfermeiras, sorrindo, rindo e conversando.

— O que houve? — Perguntei, confusa.
— Desculpe, Dra.Kim, KiBum me fez te bipar por causa alguma. — Ela disse, com seu sorriso meigo.
— É importante! — Ele disse. — Por favor, Sra.Dae.

A enfermeira se retirou, ainda sorrindo.

— Aish... — Me aproximei dele, sentando-me ao seu lado. — Não vou assimar...
— Você está com o CEO da JJ Industries, sim? — Me encarou, seus olhos puros. Eu não teria coragem de mentir para ele. Apenas assenti, hesitante. — Não precisa dizer se não quiser. Eu vi na TV e...
— Não, é só que... — Ri pelo nariz. — Nós não... estamos mais juntos, sim?
— Isso é uma pena. — Voltou a encostar suas costas na cama. — Digo... sinto pena por ele. Ele foi alguém forte em relação ao que aconteceu em sua infância, digo... sei como é nascer numa família rica. Não temos atenção até que... estamos quase mortos. E ainda te perdeu, pobre garoto... — Me fez rir.
— Ele ainda é forte. — Segurei sua mão.
— Pelo menos sua mãe voltou, sim? Vi nos jornais. — Sorriu. — Gostaria que a minha voltasse também.
— Eu também. — Sorri. — Mas seu pai está aqui, sim?
— Quem está com você, SeRi? — Perguntou, inocentemente.
— Tenho varias pessoas comigo. — Sorri forçadamente, tentando afastar o nó na garganta.
— Eu gostaria de ver a Na SoRi. — Falou.
— Ya, ya, ya. — Levantei-me, quebrando o clima delicado e oportuno de me fazer ceder as ordens de seu pai.
— SeRi, por favor. — Falou.
— Eu... eu vou trazer alguém aqui, sim? Mas não é a SoRi. — O deixei confuso.

The Truth Untold // *• JJK •*Onde histórias criam vida. Descubra agora