{LIVRO TRÊS DA SAGA POWER }
Após todo o ocorrido na vida de Kim SeRi e Jeon JungKook, nada acabou.
O que acontece após o fim de uma etapa na vida de um casal?
Ninguém parece saber ou acertar uma só possibilidade, mas a ideia de deduzir o que pode...
Após voltar da reunião na KTH industries com o TaeHyung e Kang SooMi, liguei para o JungSeok hyung, o esperaria em meu apartamento.
Ele havia deixado a cidade, mas estava de volta rapidamente e voltaria para BuSan em seguida.
A campainha tocou, levantei-me para abrir a porta.
— Ya, JungKi está dormindo, faça silêncio, sim? — Falei, quando ele passou por mim.
Me espreguicei e abracei meu peito descoberto enquanto bocejava.
— Não consegue dormir? — Disse, sentando-se no sofá. Neguei. — Parou com isso. Parou com os pesadelos e... — Não tenho mais pesadelos. Chama-se insônia. — Falei, logo o encarei, suspirando. — Desculpa, hyung. — Ya, não se preocupe. Não tenho um filho para me preocupar ainda. — Riu, mas logo pigarreou. — O que foi... — Foi burrice? — Revirei os olhos. — Já disse isso, sim? "Não deveria ter feito um filho, JungKook, você é uma criança ainda", acha que não sei? Mas eu o amo e ele é meu filho, vou criá-lo, vou ama-lo e dar tudo o que meu pai não nos deu. — Amor? — Ele cerrou os olhos. — Tempo? Atenção?
Engoli em seco.
Eu estava errado o tempo todo e queria pedir perdão à SeRi.
— Ya... Pergunte o que quer saber! — Disse.
O expliquei sobre a história dita antes ao JiMin e sobre como minha investigação se desenvolvia ou embaralhava-se.
— JiMin não quis conta-lo porque... é o pai dele, JungKook. — Ele disse, como se fosse óbvio. — Ele não quer ajudar com... com tudo isso. Denunciando seu próprio pai e seus erros. — Como pode o Park ainda estar nisso? Mesmo após a cadeia! — SoMi... — Começou e logo suspirou. — SoMi? — JungKook... eu não tenho certeza, sim? Parece que ela quer mais que apenas o poder de nosso appa. Quem ganhar é quem importa para ela, e a liderança é entre a Park e a JJ. — Aquela vadia... — Comecei, então o JungKi mexeu-se. — Olhe o que vai fazer! — Ele segurou meu braço levemente. — Você é tudo o que tenho, JungKook, olhe onde vai se meter. O JungKi precisa de você, a SeRi precisa de você, até mesmo o JiMin vai precisar de você quando tudo isso acabar. O homem ainda é pai dele, e sua mãe desapareceu junto com o irmão, o que quer que faça, JungKook, nada vai mudar, estamos condenados!
Nos encaramos por um longo tempo, até que ele franziu os lábios e afastou-se.
— Mas você pode tentar. — Deu de ombros e se foi.
O apartamento mergulhou-se num silêncio terrível.
Peguei o JungKi nos braços, delicadamente, e o levei ao meu quarto.
O coloquei na cama e deitei-me ao seu lado.
— Estou fazendo algo certo, sim? Com você? — Acariciei suas bochechas que eram tão volumosas. — Diferente do meu pai, digo. Quando eu tinha sua idade... nessa idade meu pai nem mesmo me olhava, e eu estou te olhando... — Pressionei meus olhos nele e contra sua imagem, como se se eu tirasse meus olhos dele, ele poderia desaparecer.
Ele parecia com a SeRi, seu pequeno nariz e empinado. A pele tão branca que chegava a brilhar, mas seus cabelos eram como os meus.
Era perfeito o fato de um ser humano poder representar meu amor por Kim SeRi.
Representar o amor entre eu e SeRi, e levar nossas características junto.
— Eu te amo, sim? — Beijei o topo de seu nariz e esperava que ambos sentissem, mas um estava dormindo e a outra estava longe de mim, e nunca mais voltaria.
Pela manhã, quando conclui que o sono já não viria, vesti uma camisa qualquer e caminhei até a varanda.
Algo que eu fiz uma vez e ficara ali pra sempre, intocável, me veio à mente.
Eu não faria, nem tinha desejo de fazer, mas minha terapia já estava longe de mim.
Peguei aquele maço de cigarro e coloquei entre meus dentes, acendi a ponta daquilo e traguei.
Não era bom, nem mesmo satisfatório, mas eu precisava de algo assim, que me mostrasse que nenhuma droga poderia ser tão boa ou tão viciante quanto Kim SeRi.
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