Until

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Park JiMin POVs

Ele não foderia alguém para salvar a pele dele, mas a da SeRi, talvez.

Assim que a garota saiu de meu apartamento, peguei o carro e me dirigi a casa que costumava me acolher quando pequeno.

A casa que o JungKook vivia.

Lembrei-me de quando brincavamos por aquele jardim.

Bati na porta.

A ahjumma Shin, empregada da casa, abriu e sorriu ao me ver, me deixando entrar.

— JungKook não está aqui. — Disse.
— Vim atrás da SoMi. — Falei, ela juntou as sobrancelhas. — Negócios!

Ela sorriu e me deixou entrar.

Nem mesmo bati na porta, entrei na sala onde ela trabalhava.

— Ya, pequeno Park, o que quer aqui? — Bebia um chá.
— Estava apenas... passando. — Falei, dedilhando os móveis do local.
— Você não é muito diferente de seu irmão. — Falou, reparando em mim.

Cerrei os olhos.

— Não conheceu o hyung. — Soltei, ela sorriu e negou.
— Sente-se. — Falou.

Fiz o que disse.

Ela abriu seu notebook e, sorrindo misteriosamente, deu sua atenção para mim.

— Como está o pequeno JungKook? — Perguntou e riu pelo nariz. Comentou baixo. — Ou melhor, não tão pequeno JungKook.

Cerrei os punhos.

— Você sabia que Jeon JungKook e Kim SeRi têm um filho? — Estremeci. Bufei. — Ele tem 4 anos atualmente. 3 anos internacionais, mais precisamente.
— De onde tirou isso? — Ri.
— JungKook me contou. —Falou.

Ela virou-me seu notebook, pude ver o visor.

Era uma filmagem, ela filmara o JungKook em seu quarto.

Ela o tocou, se aproveitou dele, e por um certo momento ele gostara, então ele começou a falar qualquer coisa sem nexo.

Ela perguntava e ele respondia, desnorteado.

Ele lutava contra ela, mas não tinha forças.

Meu sangue fervia a cada ato.

No entanto, ela desistiu, mas JungKook já havia dito tudo.

Tudo porque achou que SoMi era a SeRi.

— Você o dopou. — Falei, a encarando.

Ela sorria e continuava assistindo aquilo.

— Desligue isso! — Falei, empurrando o notebook de qualquer forma.
— Ya! — Ela disse, quando seu café caiu por sobre ele, o desligando.
— Estou te avisando, SoMi, se você abrir a boca sobre Jeon JungKook... — A encarei.
— É tão engraçado como defende aquele imundo, quando tudo o que fez até agora foi ficar correndo como um cachorrinho atrás dele quando a atenção dele estava totalmente na SeRi, Park JiMin. — Disse.
— O quê? — Bufei.
— Pode dizer, JiMin, você tem ciúmes daquele pirralho.
— O que está insinuando?
— Exatamente o que está pensando. Não disse nada... não sei o que sente por ele. — Deu de ombros.
— Ah, o que sinto... — Bufei novamente e a dei as costas. — E... fique longe de meu pai, também! Ele é um desgraçado, e não presta, assim como você, mas ele ainda é meu pai.

Deixei aquela casa.

Me dirigi até o apartamento do JungKook.

Subi sem aviso prévio.

Bati na porta e ele logo abriu.

Passei rapidamente por ele.

— Ya! — Falei, logo paralisei ao ver sua sala cheia de garrafas de SoJu, mas ele não parecia bebado. Estavam fechadas. O encarei. — O que é isso tudo?
— Ontem... eu bebi com a SoMi enquanto conversávamos e agora... agora quero beber tudo isso sozinho porque dessa vez a SeRi nunca vai me perdoar, mas tenho medo de acordar numa cama, totalmente despido, após ter transado com alguém que eu nem lembro, no dia seguinte. — Passou por mim. — Ela disse que eu não poderia mais ver meu filho, o JungKi... ela disse que a deixasse em paz. JiMin... eu não tenho mais nada.
— Ya! — O repreendi. — Está louco? Vai deixar a SeRi ir assim? Depois de 5 anos, desgraçado? Depois de ter feito um filho, formado uma família, encontrado tudo o que sempre quis, a mulher da sua vida?
— Eu a traí! — Disse.
— Odeio acobertar seus erros, mas olhe bem, sim? — Expliquei tudo para ele.

Toda a história.

Como ele fora abusado sexualmente pela própria madrasta apenas para arrancar dele algumas boas palavras que, se jogadas na mídia, arruinaria a empresa.

Ele estava encrencado.

— Um vídeo? — Ele não parecia surpreso. — Aquela vadia...
— Ya... pelo menos ela não te fodeu nem algo do tipo. Vocês não... — Ele me encarou com um olhar de desprezo. — Digo... não faça nada. Nem mesmo pela SeRi, sim? Pode explicar depois de tudo.
— De tudo, o quê, hyung? — JungKook levantou-se, chutando aquelas garrafas e rosnando.

Eu teria a mesma reação se tivesse passado por isso, ou pior.

— Vamos focar no plano, sim? Vou falar com a SeRi e explicar. Mas não tente se aproximar, os dê um tempo! — Pedi, levantando-me.
— Quanto tempo, hyung? — Ele me encarou, seus olhos brilhando, tristes.
— Até que ambos estejam seguros, se possível.

N/A: mais um cap pra voces, voces tao sedentos e eu to com medo MKKKKK

The Truth Untold // *• JJK •*Onde histórias criam vida. Descubra agora