L.D.N

148 10 1
                                    


Acordei com o choro da Sophia vindo do corredor, o que me fez levantar em um pulo e ir até ela. Ela não tinha o costume de procurar ou até mesmo entrar no quarto da nossa mãe, por isso, quando apareci na porta ela estava batendo na porta da biblioteca em frente ao meu quarto e chamando por mim e pela Marina.

– Meu amor, aqui. – Eu disse indo até ela, e ela logo veio de encontro até mim. – O que foi?

– Eu quero dormir aqui – Ela apontou para o meu quarto.

Eu olhei pela janela no final do corredor para me dar conta que ainda estava escuro. Eu sorri a pegando no colo mas me arrependi quando minhas costas reclamaram do peso. Eu a deixei na cama e ela engatinhou até o meio, eu deitei e ela me abraçou encostando a cabeça em meu peito. Eu lhe dei um beijo e procurei meu celular pela mesa de cabeceira.

– Cadê a Ma? – Ela disse quando eu finalmente peguei o celular e o acendi.

Eu a olhei e ela estava com os olhinhos fechados por causa da luz, eu poderia ter inventando um monte de coisas, mas eu simplesmente disse. – Eu não sei amor.

Eu olhei a hora e acabara de passar das 3 da madrugada. Eu suspirei, estava completamente sem sono e parecia o dia e noite mais longos da minha vida.

Sophia dormiu rapidamente e em nenhum momento se desgrudou de mim, eu relaxei meu corpo e a abracei, mas meus pensamentos estavam na Marina e onde ela estaria. Pensei tanto em ligar e pedir para que ela voltasse para casa mas eu tinha certeza que ela voltaria logo. Eu acabei dormindo um tempo depois, mas meu despertador me acordou às seis horas e eu não estava nenhum pouco bem para trabalhar, então dormi até as oito.

Eu liguei pro meu chefe depois de descer com a Sophia e contei mais ou menos o que estava acontecendo.

"Clara, é sério. Você é uma das mais competentes nessa empresa. Eu estou te adiantando essa semana, você está oficialmente de férias. Cuide da sua família" – Ele disse.

"Eu não tenho como te agradecer por isso, muito obrigada, Michael." - Eu disse realmente agradecida.

Desliguei e sorri pra Sophia que estava sentada comendo seu café da manhã.

– Vou ficar com você hoje, princesa. – Eu disse.

Ela sorriu e bateu as mãozinhas balançando as pernas. Rosa estava alimentando-a enquanto eu falava ao telefone.

– Rosa, estou oficialmente sem babá. – Eu disse enquanto me servia um pouco de suco.

– O que aconteceu com a Vanessa? – Ela perguntou me olhando, ignorando a Sophia impaciente querendo mais cereal.

– Ela não virá mais... se ela aparecer por aqui, por favor, diga que ela não tem permissão para entrar.

– Ok, e eu não preciso saber o que está acontecendo?

Eu olhei para a Sophia alheia a toda conversa mas não quis falar na frente dela.

– Ok, Ok, entendi. – Ela disse e sorriu.

Depois do café da manhã, Rosa ligou a tv e Sophia correu se aninhando no sofá com seus brinquedo. Eu contei tudo a Rosa enquanto ela desfazia a mesa do café. Não conseguia ignorar o fato de que quase nove da manhã e a Marina ainda não havia aparecido.

– Normalmente, vocês saem às 7 horas e ela chega antes de vocês saírem. Isso não aconteceu hoje, o que nos leva a pensar que a Marina passou o seu recado. – Rosa disse quando eu já havia lhe contado tudo.

– É.. – Meu sangue ferveu quando eu pensei na possibilidade dela ter contado tudo pessoalmente para a Vanessa.

– Não pense besteira. – Rosa disse dando alguns tapinhas no meu ombro e eu lhe sorri. - Minha filha mais nova está à toa em casa, ela pode ficar com a Sophia na parte da tarde, depois do colégio. Eu olho ela de manhã. Você sabe que pode contar comigo. Mas primeiro aproveite as suas férias, combinamos isso quando chegar a hora de voltar ao trabalho.

Almost FamilyWhere stories live. Discover now