Let's be young tonight...

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Alguns minutos após todos irem embora, servi duas taças de vinho e estava a caminho do sofá quando ouvi os passos da Marina descendo as escadas. A casa, que há pouco era uma mistura de vozes e conversas paralelas, agora estava silenciosa, calma. Marina tinha ido colocar a Sophia em seu quarto e voltava com um sorriso lindo no rosto.

- Por que você está sorrindo assim? – Eu disse, entregando uma taça e bebendo um pouco na minha.

Doía quando eu me movimentava, mas eu tentava não deixar isso transparecer em meu rosto.

- Eu estou tão feliz de que você está bem. E eu vi como esse jantar fez bem a você. – Ela se aproximou e beijou o meu pescoço, permanecendo ali por um tempo. Senti-a acariciando o meu pescoço com a ponta do nariz, fazendo-me sentir sua respiração e isso me fez sorrir.

- Eu amo você! – Sussurrei, com os meus olhos fechados.

- É só isso que eu tenho feito, em todos esses anos. Amar você, Clara.

Marina ergueu o rosto e olhou nos meus olhos. O olhar terno e cheio de amor que eu conhecia bem estava mais vivo do que nunca bem ali na minha frente. Ela bebeu um pouco do vinho e pegou a taça que estava em minha mão, colocando na mesa de centro e retornando para onde estava antes. Ela segurou as minhas mãos e as levou diretamente para os seus lábios, onde as beijou carinhosamente. Nossos olhares fixos uns nos outros. Marina virou os meus pulsos para cima e também os beijou, sentindo o cheiro da minha pele demoradamente. Eu fechei os meus olhos sentindo a trilha lenta e deliciosa de beijos pelos meus braços, ora em um, ora no outro.

- Eu não sei viver sem você. – Ela sussurrou entre um beijo e outro. – Não posso. – Mais um beijo. – Não quero. – Outro beijo. – E. Eu. Não. Vou.

Eu havia aberto os olhos para encontrar os dela fixos nos meus. Possessivos. Cuidadosos.

Eu estava em uma condição precária, após ser mantida pela louca da Vanessa naquela situação precária e dopada em um hospital. Mas não podia negar o que essa mulher fazia comigo. Eu a desejava de uma forma inexplicável.

Os beijos que a Marina estava desenhando em meu pescoço, fazia com que gemidos lentos escapassem por meus lábios antes mesmo que eu os pudesse segurar. E ela sabia disso. Apesar de estar sendo cuidadosa como nunca havia sido, ainda assim era delicioso como ela sabia exatamente o que fazer comigo, como me provocar.

Eu deixei a minha cabeça encostar-se à almofada do sofá enquanto ela trilhava mais beijos pela linha do meu maxilar, até os meus lábios, onde deslizou a língua dolorosamente lento. Todo o meu corpo se arrepiou ao contato, e por mais que eu tivesse pressa, Marina não tinha. Ela mordeu o meu lábio inferior e puxou, chupando-o, entre uma risada doce e suave.

- Você está brincando comigo? – Eu disse, notando sua diversão.

- Você é a minha mulher. – Ela disse ao soltar o meu lábio, mas continuou com os lábios nos meus. – Eu posso brincar com você. É tudo meu.

Marina sorria, mas tudo era tão sensual. O ambiente com as luzes baixas no ambiente, os sussurros, as nossas peles arrepiadas...

Ambas estávamos de vestido, o meu azul escuro, simples e sem nenhum decote. Marina, usava um preto, tomara-que-caia que definia perfeitamente sua silhueta, indo até a metade das coxas, mas como ela estava sentada, oferecia-me a visão completa das belas pernas que ela tinha. Ela riu ao me flagrar olhando-as.

- Você também sabe brincar comigo. – Ela sussurrou em meu ouvido e mordeu levemente em seguida o lóbulo da minha orelha, fazendo-me encolher o pescoço sorrindo.

Almost FamilyWhere stories live. Discover now