Let It All Go

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Meu pai voltou correndo e eu, depois de pegar um casaco, fui atrás dele. Minha mãe se contorcia na cama, estava pálida e com muita dor. Meu pai a pegou no colo e descemos as escadas as pressas, entramos no carro e dirigi o mais rápido possível. Olhando pelo retrovisor, vi o carro do Shawn vindo atrás da gente.

Chegamos no hospital desesperados, os médicos apareceram e a levaram para exames. Meu pai e eu ficamos do lado de fora andando em círculos. Minutos depois Shawn apareceu e eu me joguei em seus braços.

-Obrigada por vir!

-Eu não podia deixar você sozinha. - Shawn afirmou. Meu pai olhava para gente sem entender como ele chegou ali tão rápido.

-Olha, eu não sei como você descobriu que estávamos aqui, mas muito obrigado. - ele apertou o ombro do Shawn e depois sentou no sofá de frente para o corredor.

-Ele está apavorado! - comentei, Shawn concordou comigo.

-E você?

-Idem!

No dia seguinte...

Acordei com a movimentação nos corredores do hospital. Abri os olhos devagar e me afastei de Shawn, nós caímos no sono depois que o médico apareceu e disse que minha mãe estava estável e que estavam esperando o resultado dos exames. Nos apertamos no sofá, minha cabeça apoiada em seu ombro enquanto seus braços me rodeavam.

-Shawn. - acordei-o devagar. Aos poucos ele foi despertando e, ao me reconhecer, sorriu.

-Bom dia! Dormiu bem? - perguntou

-Bom dia. Seu ombro é muito confortável. - respondi fazendo-o rir.

-Queria dizer o mesmo desse sofá. - Shawn levantou e se esticou, estalando os ossos. Tirando o celular do bolso, ele verificou as chamadas e exclamou ao perceber a quantidade de ligações perdidas de sua casa. - Eu preciso ir. Meus pais devem estar desesperados.

-Tudo bem, Shawn. Você já fez demais por uma noite.

-Eu volto, prometo. - ele beijou minha testa e saiu.

Minutos depois meu pai apareceu e me disse para ir para casa, avisar meus tios e descansar um pouco. Como se isso fosse possível! Meio relutante, obedeci mas antes parei na padaria de Nádia. Matt estava atendendo alguns clientes e se espantou ao me ver entrar de pijama, com o rosto amassado e descabelada.

-Ellie, o que aconteceu?

-Posso tomar café enquanto te conto? - perguntei, meu amigo concordou com a cabeça e me indicou uma mesa no canto. Minutos depois ele se juntou a mim e trouxe um copo de café e um pedaço do meu bolo favorito. Contei sobre minha mãe e sua ida repentina para o hospital.

-Eu não posso sair agora, mas, mais tarde dou um pulo lá. - afirmou.

-Tudo bem. Mais tarde eu te pago, pode ser?

-É por conta da casa. - Matt beijou minha mão e me levou até a porta.

Assim que cheguei em casa, vi Josephine esmurrando a porta da frente.

-O que está acontecendo? - saltei do carro e fui em sua direção

-Filha da puta! - minha prima apontou um dedo para mim - Estou ligando, gritando, esmurrando essa porta tem mais de uma hora! Onde você estava? Cadê seu pai? Onde você foi de pijama?

-Calma, uma coisa de cada vez! - abri a porta e a levei para sala. - Minha mãe foi parar no hospital na madrugada.

-Ai meu Deus!

One MississipiOnde histórias criam vida. Descubra agora