XXII Sufoco

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Pov's Jin

Assim que me acordei, vi Jimin e Namjoon discutindo. Escutei um pouco da conversa, eles falavam sobre mim. Acho que Namjoon está incomodado comigo, afinal, eu realmente estou invadindo sua privacidade. Tanto que eu deveria estar no sofá agora, não na sua cama.

– N-Namjoon...! – Chamei-o, mas, como eu tinha dificuldade para falar, ele não ouviu. – Namjoon!! – Chamei-o mais uma vez e ele escutou, logo veio até mim.

– Oi, Jin, como se sente?

– V-você... está incomodado comigo? – Perguntei a ele, que negou em resposta.

– Você não tem culpa, não escolheu ficar assim.

– Sabe que posso ir embora... você não é obrigado a me aceitar aqui.

– Não, Jin. Quero que você fique. Eu só... tive um momento de ignorância. Me desculpe. – Eu não tinha escutado toda a conversa, não sabia bem o motivo pelo qual ele se desculpava. De qualquer maneira... decidi não perguntar sobre.

– Você não precisa se desculpar. Eu sei que é difícil para você me manter aqui. – Disse, pensando que ele se referia a eu estar ali, na sua casa, na sua cama.

– O quê? Não, Jin. Não é esse o problema. Eu gosto de tê-lo aqui. É só que... não sei se posso, na verdade, se quero pagar uma consulta para você. Sei que é muita ignorância da minha parte, mas saiba que já voltei ao meu normal e vou fazer e ceder o que for necessário para você melhorar.

– Mas, eu não quero isso, Namjoon. Você não vai me bancar. Eu recebo depois de amanhã, apesar de cara, posso pagar uma consulta para mim.

– Se sente melhor agora, Jin? – Jimin perguntou, se aproximando de mim.

– Acho que... sim. – Menti. Aquela dor no meu peito continuava, mas eu não queria atormentá-los ainda mais. Achei nobre Namjoon se propor a me ajudar a me curar. Mas não quero que ele faça algo contra sua vontade por minha causa. Afinal, ele já está fazendo bastante por mim. Gosto dele e não quero me aproveitar da sua boa vontade.

– Que bom, Jin. Quer que eu faça algo para você comer? Quem sabe uma sopa...

– Pode ser, Jimin. – Disse, me sentando na cama. Todo e qualquer movimento que eu fazia era com dificuldade, pois tudo parecia aumentar a dor que eu sentia. Namjoon sentou-se na beira da cama, ao meu lado. Ele observou o meu rosto por alguns instantes e acariciou minha bochecha.

– Você vai melhorar. Vou cuidar de você. – Ele disse, depois se levantou e beijou minha bochecha, a mesma que acariciava. Namjoon saiu do quarto e Jimin entrou. Ele trouxe consigo uma tigela, que tinha um cheirinho delicioso de frango. Jimin pôs um travesseiro no meu colo e colocou um paninho sobre ele, depois... pôs a tigela a minha frente. O meu estômago estava roncando, eu estava com muita fome.

– Obrigado, Jimin. – Agradeci, já pegando a colher de uma das suas mãos. Comi aquela sopa como se fosse a minha primeira refeição em anos. Degustei cada pedaços do frango como se fosse o último da Terra.

– Hmm... estava ótimo. Obrigado, Jimin. – Agradeci a ele, que estava boquiaberto. Acho que ficou surpreso pela rapidez que comi. – Será que... tem mais? – Perguntei, sorridente.

– Não, mas tem pão. Quer? – Ele perguntou, logo assenti, repetidas vezes. Jimin trouxe duas fatias num guardanapinho dobrado. Ele é tão delicado... não lembrava disso.

– Você... ouviu o que ele disse mais cedo? – Ele perguntou, sentando-se próximo a mim.

– Huhum... – Murmurei, já que comia o pão.

Mero Professor (Mpreg)Onde histórias criam vida. Descubra agora