Me acordei com algo úmido e um pouco melequento passando e saindo do meu rosto repetidas vezes. Isso passou e saiu do meu rosto até eu abrir meus olhos e verificar do que se tratava. Assim que os abri, vi um pequeno cachorro branco na beira do sofá em que eu estava deitado. Acariciei sua cabeça e ele me lambeu novamente. Ri baixinho. Ele parece ter gostado de mim... da minha cara pelo menos.
- Olá. Qual o seu nome? - Perguntei, acariciando seu pescoço. - Você também está com fome? - Perguntei, me sentando no sofá. Bati algumas vezes no estofado e ele subiu. - O que você come, hem? Onde seu dono coloca sua ração? -Perguntei, me levantando do sofá para procurar algo para ele comer. Procurei um pote ou saco de ração em cada canto da cozinha, mas em nenhum deles achei. Coloquei minhas mãos nas costas (para alongá-las um pouco) e, sem perceber, acabei deixando o volume de meu abdômen bem evidente. Alongar as minhas costas me trouxe certo alívio, já que eu sentia um pouco de dor nelas. Suspirei e coloquei uma das mãos sobre o, ainda pequeno, volume e o acariciei. - O que acha de eu cozinhar alguma coisa e dar um pouco para você até o seu dono acordar? - Perguntei, ainda acariciando o volume em mim. O cachorrinho inclinou um pouco a cabeça, parecia ter notado algo que não tinha percebido antes. Ele cheirou o meu pé e acabou encostando o nariz, o que me fez rir e sentir cócegas. Ele se afastou um pouco e sentou-se no chão, ficou olhando para mim enquanto abanando o rabinho para lá e para cá. Eu queria abraçá-lo forte de tão fofo que era. Mas apesar de querer isso, eu estava com medo de ele me morder. Comecei a procurar nos armários, alguns ingredientes que precisava para fazer panquecas. Não demorei e achei tudo que precisava em um deles. Peguei os ovos e leite na geladeira, e a farinha, óleo e sal no armário. Bati os ingredientes e, antes de pôr a massa na frigideira, coloquei óleo nela. Não demorou muito e tudo estava pronto. Dei uma panqueca inteira ao cachorrinho, que não parou de me observar e abanar o rabinho por um minuto sequer. Eu só precisava de mel para acompanhar as panquecas. Admito gostar de panquecas com mel. Procurei um pote do mesmo nos outros armários, mas não achei em nenhum deles. Só me restava procurar no que restou... o mais alto armário da cozinha, o mesmo que eu não alcançava nem se ficasse na ponta do pé. Eu não sei por que este armário está há uma distância tão grande do chão, já que o Jimin é menor que eu e, provavelmente, também não alcança. Cogitei subir em uma cadeira, mas decidi não fazer isso. Namjoon pode não gostar da ideia de alguém pondo os pés em uma de suas cadeiras. Então eu fiquei na ponta do pé, vez ou outra pulando na tentativa de alcançar ao menos o puxador do armário. Fiquei cerca de 15 minutos só tentando alcançar aquilo. Me surpreendi ao ver uma mão abrir o armário com facilidade. Me voltei para a pessoa e não me surpreendi ao me deparar com Namjoon, já que sabia que o único capaz de alcançar era ele.
- Bom dia. - Ele disse, esfregando um dos olhos.
- Bom dia, Nam. Dormiu bem?
- Sim. E você?
- Também.
- Você precisa de alguma coisa?
- Eu fiz panquecas, queria um pouco de mel.
- Me acordei com o cheiro...
- Me desculpe, Namjoon, não foi minha intenção.
- Você não tem pelo que se desculpar, Jin. Acho que esse foi o melhor jeito que acordei essa semana.
- Ha... tá. Fico feliz por isso então. - Na verdade, eu ficava era aliviado. Não queria aborrecê-lo de maneira nenhuma. - Eu fiz para você e para o Jimin também. Se você chamá-lo, podemos comer todos juntos.
- Ele já está de pé. O vi indo ao banheiro.
- Alguém falou Jimin? Panquecas?
- O Jin fez panquecas para nós.
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Mero Professor (Mpreg)
FanficKim Seokjin era só um professo de matemática. Mas no último dia de aula do ensino médio, sua vida muda completamente. Dois dos seus alunos (que foram reprovados) lhe convidam para sair, com o argumento de que querem conselhos de alguém sábio. Jin, m...