Mero Professor (Mpreg)

XXIX Alyssa

Pov's Jin

Era tarde da noite, Namjoon e Jimin já estavam dormindo há muito tempo. Só faltava JungKook dormir também. Eu não conseguia descansar, já que esse rapazinho não parava de dar chutes. Por mais que eu acariciasse minha barriga e conversasse com ele... JungKook se recusava a ficar quietinho. NamJoon me disse que isso só é sinal de que ele será um mocinho agitado. Mesmo sabendo que isso não era nenhum problema, quis acordar Namjoon.

– Nam... Nam. – Chamei-o, sussurrando.

– Hm...? O que foi, princesa?

– O JungKook não para quieto. – Disse, pegando sua mão e colocando-a sobre minha barriga. Namjoon sorriu ao sentir os chutes de JungKook.

– Acho que ele será jogador de futebol. – NamJoon disse, rindo. Seu sorriso me contagiou. Dei um beijinho na sua testa enquanto ele seguia alisando meu ventre.

– Jin... – Me chamou, buscando os meus olhos.

– Sim? – Perguntei, olhando nos seus olhos.

– Eu amo vocês. – Ele nunca havia dito isso. É claro que Namjoon já me disse que nutria um sentimento forte por mim e pelo bebê, mas nunca disse que nos amava.

– Também te amamos. – Disse, desviando meu olhar enquanto sorria feito um bobo alegre. NamJoon ergueu meu queixo, olhou no fundo dos meus olhos e selou nossos lábios. As batidas do meu coração ficaram mais fortes, assim como os chutes de JungKook. NamJoon mantinha uma de suas mãos sobre o meu ventre e, percebendo o quão forte nosso garotinho chutava, resolveu beijar minha barriga também.

– Você também queria um beijinho do appa, bebê? – Perguntou, olhando para minha barriga enquanto acariciava a mesma. – Conversamos por mais um tempo, até JungKook se acalmar, e acabamos pegando no sono. No dia seguinte, NamJoon me chamou para tomarmos café da manhã juntos. Já sentado à mesa, vi Jimin à minha frente. Ele estava inquieto, parecia incomodado com alguma coisa. – Está tudo bem, Jimin? – NamJoon perguntou, reparando na inquietude dele.

– Não ficou sabendo quem está na cidade, tio? – Jimin perguntou e NamJoon arqueou uma sobrancelha.

– Quem?

– Alyssa, tio.

– Alyssa?! O que ela faz aqui? Não era nem para ela estar na Coreia. – Ele disse, assustado.

– Quem é Alyssa? – Perguntei, sem entender nada. NamJoon suspirou e ele e Jimin se entreolharam.

– Alyssa é uma ex namorada maluca do tio NamJoon.

– Por que maluca?

– Ela fica me perseguindo. Uma vez deixou-se ser atropelada só para levarem-na ao hospital onde trabalho. – NamJoon disse e eu arregalei meus olhos.

– Alyssa é desequilibrada. – Jimin acrescentou.

– Vamos ser otimistas, talvez ela tenha vindo a trabalho. – Namjoon disse.

– No que ela trabalha? – Perguntei.

– Modelo. – Jimin respondeu.

– Ela deve ser linda.

– Ela é. Uma americana alta, de olhos azuis, cabelos longos e loiros. – Jimin disse, lembrando-se da moça.

– É uma pena que o que ela tem de bela tem de louca. Ela é uma garota problema. – NamJoon disse, pondo a mão sobre a própria testa enquanto mantinha o cotovelo sobre mesa.

– Uma Arlequina. – Jimin disse, rindo.

– Ela só tem que entender que eu não sou o Coringa.

Pov's NamJoon

Antes de sair de casa, me despedi de Jimin com um afago em sua cabeça, e de Jin e JungKook com um beijinho. Estava tudo bem, fui dirigindo até o hospital, estacionei o carro e, ao sair do mesmo... vi Alyssa no estacionamento.

Dialogo em inglês

– Olá, doutor. – Ela disse, em tom malicioso.

– Por que não me surpreendo em te ver novamente, Alyssa?

– Por que sabe que fomos feitos um para o outro, Namjoon. Já aceitou o nosso amor eterno?

– Você deveria tirar essa ideia da sua cabeça, estou com outra pessoa agora. – Disse, logo a vi arregalar os olhos e franzir os lábios.

– Você está me traindo com outra, Kim NamJoon.

– Eu não estou te traindo, Alyssa. Nosso relacionamento acabou há pouco mais de dois anos, aceite isso.

– Quem é ela?! – Alyssa perguntou, furiosa.

– É ele, Alyssa. É um homem.

– Você definitivamente ficou louco, NamJoon. Você? Com um homem? – Ela disse e em seguida negou com a cabeça.

– Você não faz mais parte da minha vida, então não te devo satisfação de nada. Agora me dê licença que preciso trabalhar. – Disse, ignorando-a.

– Não adianta negar, NamJoon! Nós fomos feitos um para o outro e nada nem ninguém vai mudar isso. – Ela disse, mas eu apenas abanei com a mão sem parar de andar rumo ao interior do hospital.

Dias mais tarde...

Pov's Jin

6 meses e meio

De uns dias para cá venho me sentindo perseguido, não posso sair de casa para comprar pão que já me sinto observado por alguém. Hoje vou à casa de Hoseok. Ele anda muito doente e me disse que precisava de uma força. Jimin se propôs a cuidar dele, mas eu sabia que o que ele queria mesmo era uma reaproximação entre nós. Me surpreendi ao chegar na casa e ver o Jung um trapo. Eu sabia que ele estava doente, mas não tão doente. Ele chegava a estar pálido.

– Meu Deus, Jung Hoseok. Por que não me chamou antes? Se eu soubesse que você estava assim...

– Só agradeço por você estar aqui agora. – Ele disse, sorrindo fechado, com os olhos semicerrados devido o aparente cansaço que sentia. O acompanhei até sua cama, ele se deitou e eu o cobri.

– Vou providenciar um chá para você. Me espere aqui. – Não demorei muito e levei um chá de camomila quentinho para ele.

– Sente-se aqui comigo. Venha olhar TV. – Ele disse, batendo no colchão. Por um tempo, olhamos um programa infantil muito fofo. Urso sem curso... nossa, que desenho divertido. Hoseok acabou dormindo, então desliguei a TV e repousei ao seu lado.

~*~*~

– Jin! Jin, acorde. – Ouvi a voz de Hoseok, ele parecia desesperado.

– Hm? O que foi.

– Vamos logo! – Ele disse, puxando-me por um dos braços. Assim que chegamos ao corredor, vi que a casa estava tomada por fumaça. Tossíamos compulsivamente. Corremos para sair da casa mas a cozinha estava em chamas e, infelizmente, a porta da mesma era nossa única saída.

– Ho-Hoseok... o que vamos fazer?

– Ali! – Gritou ao ver uma brecha entre as chamas. – Vamos logo, Jin. – Ele disse, segurando minha mão. Quando estava próximo do fim das escadas, infeliz foi o concreto que quase caiu sobre minha cabeça. Gritei desesperado ao sentir minha perna sendo achatada. – Jin! – Hoseok tentou tirar o concreto de cima, mas não era forte o suficiente. Eu chorava e grunhia de dor.

– Hoseok, vá. Chame os bombeiros. – Pedi, enquanto me contorcia de dor. Hoseok assentiu com a cabeça e, depressa, saiu da casa. As chamas se aproximavam cada vez mais. – V-vamos sair dessa, JungKook. – Disse, acariciando minha barriga enquanto tossia compulsivamente.